“Pela fé a prostituta Raabe não pereceu com os incrédulos, porque havia acolhido em paz os espias.” BKJ - Hebreus 11:31
“Foi com grande ansiedade e desconfiança em si mesmo que Josué encarou a obra que se achava diante de si; seus temores, porém, foram removidos pela segurança dada por Deus: “Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. [...] Tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.” “Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé vo-lo tenho dado, como Eu disse a Moisés.” Até às montanhas do Líbano à grande distância, até às praias do Mar Grande, e, ao longe, até às margens do Eufrates no Oriente — tudo deveria ser deles.” PP 351.5
“Os israelitas estavam ainda acampados no lado oriental do Jordão, que apresentava a primeira barreira à ocupação de Canaã. “Levanta-te pois agora”, fora a primeira mensagem de Deus a Josué, “passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que Eu dou aos filhos de Israel”. Josué 1:2. Nenhuma instrução foi dada quanto ao modo por que deveriam fazer a passagem. Josué sabia, entretanto, que o que quer que Deus mandasse, Ele daria os meios para que Seu povo o fizesse, e nesta fé o intrépido chefe de pronto iniciou os preparativos para avançarem. PP 352.2
“A essa promessa foi acrescentada a ordem: “Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que Meu servo Moisés te ordenou.” A determinação do Senhor foi: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite”; “não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda”; “porque então farás prosperar o teu caminho, e então prudentemente te conduzirás”. Josué 1:5, 6, 3, 7, 8. PP 352.1
Leia Josué 2:1; Números 13:1, 2, 25-28, 33; 14:1-12. Por que Josué começou a missão de conquistar a Terra Prometida enviando espias?
“Poucos quilômetros além do rio, precisamente defronte do lugar em que os israelitas estavam acampados, achava-se a cidade de Jericó, grande e solidamente fortificada. Esta cidade era virtualmente a chave de todo o território, e apresentaria formidável obstáculo ao êxito de Israel. Josué enviou portanto dois moços como espias a fim de visitarem essa cidade, e verificarem algo quanto à sua população, seus recursos, e a resistência de suas fortificações. Os habitantes da cidade, aterrorizados e cheios de suspeita, estavam constantemente alerta, e os mensageiros estiveram em grande perigo. Foram contudo preservados por Raabe, mulher de Jericó, com perigo de sua própria vida. Como recompensa à sua bondade, deram-lhe a promessa de proteção quando a cidade fosse tomada.” PP 352.3
Os espias voltaram sãos e salvos com a notícia: “Certamente o Senhor tem dado toda esta terra nas nossas mãos, pois até todos os moradores estão desmaiados diante de nós.” Fora-lhes declarado em Jericó: “Temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Seom e a Ogue, que estavam de além do Jordão, os quais destruístes. Ouvindo isto, desmaiou o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos Céus e embaixo na Terra”. Josué 2:10, 11. PP 352.4
Leia João 18:16-18, 25-27; 21:15-19. Quais semelhanças existem entre a segunda chance dada a Israel como nação e a Pedro como indivíduo?
“Foram expedidas ordens a fim de se aprontarem para o avanço. O povo devia preparar um suprimento de alimentos para três dias, e o exército devia estar de prontidão para a batalha. Todos concordaram cordialmente aos planos de seu líder, e asseguraram-lhe sua confiança e apoio: ‘Tudo quanto nos ordenaste faremos, e onde quer que nos enviares iremos. Como em tudo ouvimos a Moisés, assim te ouviremos a ti; tão-somente que o Senhor teu Deus seja contigo, como foi com Moisés’. Josué 1:16, 17.”
‘Depois da ressurreição, três vezes provou Cristo a Pedro. ‘Simão, filho de Jonas’, disse, “amas-Me mais do que estes?’ João 21:15. Pedro agora não se exaltou sobre os irmãos. Apelou Àquele que podia ler o coração. ‘Senhor’, respondeu, ‘Tu sabes tudo; Tu sabes que eu Te amo.’ João 21:17.” PJ 76.4
“Três vezes negara Pedro abertamente o Senhor, e três vezes tirou Jesus dele a certeza de seu amor e lealdade, insistindo naquela penetrante pergunta, seta aguda ao seu ferido coração. Jesus revelou perante os discípulos reunidos a profundeza do arrependimento de Pedro, e mostrou quão completamente humilhado se achava o discípulo outrora jactancioso.” DTN 573.4
Leia Josué 2:2-11; Hebreus 11:31; Tiago 2:25. O que esses textos nos dizem sobre Raabe?
“Raabe era uma prostituta que morava numa casa sobre o muro de Jericó. Ela ocultou dois espias israelitas enviados para verificar as defesas daquela cidade. Por causa de sua bondade para com eles, e sua declaração de crença em Deus, os espias prometeram que a vida de Raabe e seus familiares seria poupada quando ocorresse o ataque a Jericó. FD 23.4
“Deus tinha dito que a cidade de Jericó seria amaldiçoada e que todos haviam de perecer, exceto Raabe e sua família. Estes deviam ser poupados por causa do favor que Raabe dispensara aos mensageiros do Senhor. — Testimonies for the Church 3:264. FD 24.1
“No livramento de Israel, do Egito, espalhou-se amplamente o conhecimento do poder de Deus. Tremeu o povo belicoso da fortaleza de Jericó. “Ouvindo isto”, disse Raabe, “desmaiou o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos Céus, e embaixo na Terra”. Josué 2:11. — Patriarcas e Profetas, 369 (1890). FD 24.2
“Todos os habitantes da cidade [de Jericó], com todo o ser vivo que nela se continha, “desde o homem até à mulher, desde o menino até ao velho, e até ao boi e gado miúdo, e ao jumento”, passaram ao fio da espada. Apenas a fiel Raabe, com sua casa, foi poupada, em cumprimento da promessa dos espias. A cidade foi queimada. — Patriarcas e Profetas, 491. FD 24.3
“Ver, em Mateus 1:1-16, a genealogia de Jesus, descendente de Raabe.” FD 24.4
Leia Josué 2:12-21; Êxodo 12:13, 22, 23. Como esses textos nos ajudam a entender o acordo entre os espias e Raabe?
“Eis que, quando adentrarmos a terra, tu atarás esta corda de fio escarlate na janela pela qual tu nos desceste; e trarás o teu pai, e a tua mãe, e os teus irmãos, e toda a casa do teu pai para a tua morada.” BKJ - Josué 2:18
"E ela disse: Conforme as vossas palavras, assim o seja. E os enviou, e eles partiram, e ela atou a corda escarlate na janela." BKJ - Josué 2:21
“Todos os habitantes da cidade, com todo o ser vivo que nela se continha, “desde o homem até à mulher, desde o menino até ao velho, e até ao boi e gado miúdo, e ao jumento”, passaram ao fio da espada. Apenas a fiel Raabe, com sua casa, foi poupada, em cumprimento da promessa dos espias. A cidade foi queimada; seus palácios e templos, suas magnificentes moradas com todos os seus luxuosos pertences, ricas cortinas e custosos vestuários, foram entregues às chamas. Aquilo que não pôde ser destruído pelo fogo, “a prata, e o ouro, e os vasos de metal, e de ferro”, foi dedicado ao serviço do tabernáculo. O próprio local da cidade foi maldito; Jericó nunca deveria ser reconstruída como fortaleza; ameaçaram-se juízos sobre qualquer que pretendesse restabelecer os muros que o poder divino havia derribado. Esta solene declaração foi feita na presença de todo o Israel: “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; perdendo o seu primogênito a fundará, e sobre seu filho mais novo lhe porá as portas”. Josué 6:21, 24, 26. PP 358.2
“A destruição total do povo de Jericó não era senão um cumprimento das ordens previamente dadas por intermédio de Moisés, concernentes aos habitantes de Canaã: “Quando [...] o Senhor Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás.” “Das cidades destas nações [...] nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida”. Deuteronômio 7:2; 20:16. Para muitos estas ordens parecem ser contrárias ao espírito de amor e misericórdia estipulado em outras partes da Bíblia; mas eram na verdade os ditames da sabedoria e bondade infinitas. Deus estava para estabelecer Israel em Canaã, desenvolver entre eles uma nação e governo que fossem uma manifestação de Seu reino na Terra. Não somente deveriam ser os herdeiros da verdadeira religião, mas deveriam disseminar seus princípios por todo o mundo. Os cananeus haviam-se entregado ao mais detestável e aviltante paganismo; e era necessário que a terra fosse limpa daquilo que de maneira tão certa impediria o cumprimento dos graciosos propósitos de Deus.” PP 358.3
“Quando Deus estava prestes a exterminar os primogênitos do Egito, Ele ordenou aos israelitas que recolhessem os seus filhos espalhados entre os egípcios e os reunissem em suas próprias casas e assinalassem com sangue os umbrais de suas portas, para que o anjo destruidor ao passar visse o sangue e passasse por alto essa casa. Era trabalho dos pais reunir os filhos. Este é seu trabalho, é meu trabalho, é o trabalho de cada mãe que crê na verdade. O anjo deve pôr um sinal na testa de todos os que estão separados do pecado e dos pecadores, e o anjo destruidor virá a seguir, para exterminar por completo tanto adultos como jovens. T5 505.2
Leia Josué 9:1-20. Quais são as semelhanças e diferenças entre a história de Raabe e a dos gibeonitas? Por que elas são relevantes?
"E ela disse aos homens: Eu sei que o SENHOR vos deu a terra, e que o seu terror nos sobreveio, e que todos os habitantes da terra desfalecem por causa de vós. Pois temos ouvido como o SENHOR secou as águas do mar Vermelho para vós, quando saístes do Egito; e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, que estavam do outro lado do Jordão: Seom e Ogue, aos quais destruístes. Assim que ouvimos estas coisas, derreteu-se o nosso coração, nem restou mais coragem em qualquer dos homens, por causa de vós; pois o SENHOR, vosso Deus, ele é Deus em cima no céu e embaixo na terra. Por isso, então, rogo-vos, jurai diante de mim pelo SENHOR, posto que vos demonstrei bondade, que vós também demonstrareis bondade para com a casa de meu pai, e dai-me um sinal verdadeiro; e que vós conservareis vivo o meu pai, e a minha mãe, e os meus irmãos, e as minhas irmãs, e tudo o que eles possuem, e que livrarás da morte as nossas vidas." BKJ - Josué 2:9-13
“De Siquém os israelitas voltaram ao seu acampamento em Gilgal. Aqui foram logo depois visitados por estranha delegação, que desejava entrar em um pacto com eles. Os embaixadores representavam ter vindo de um país distante, e isto parecia confirmar-se pela sua aparência. Suas vestes estavam velhas e gastas, remendadas as suas sandálias, bolorentas as suas provisões, e os couros que lhes serviam de odres de vinho, achavam-se rotos e atados, como que apressadamente reparados em viagem. PP 368.1
“Em seu longínquo país, que diziam estar além das fronteiras da Palestina, declararam eles, seus patrícios ouviram falar nos prodígios que Deus operara pelo Seu povo, e os enviaram para fazer uma aliança com Israel. Os hebreus haviam sido especialmente advertidos contra o fazerem qualquer acordo com os idólatras de Canaã, e surgiu no espírito dos dirigentes dúvida quanto à veracidade das palavras dos estrangeiros. “Porventura habitais no meio de nós”, disseram. A isto os embaixadores apenas replicaram: “Nós somos teus servos.” Mas quando Josué lhes perguntou diretamente: “Quem sois vós, e donde vindes?” reiteraram sua declaração anterior, e acrescentaram como prova de sua sinceridade: “Este nosso pão tomamos quente das nossas casas para nossa provisão, no dia em que saímos para vir a vós, e ei-lo aqui agora já seco e bolorento; e estes odres, que enchemos de vinho, eram novos, e ei-los aqui já rotos; e estes nossos vestidos e nossos sapatos já se têm envelhecido, por causa do mui longo caminho.” PP 368.2
“Tais afirmações prevaleceram. Os hebreus “não pediram conselho à boca do Senhor. E Josué fez paz com eles e fez um concerto com eles, que lhes daria a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento”. Josué 9:14, 15. Assim se estabeleceu o tratado. Três dias depois descobriu-se a verdade. “Ouviram que eram seus vizinhos, e que moravam no meio deles.” Sabendo que era impossível resistir aos hebreus, os gibeonitas recorreram a esse artifício para conservar a vida. PP 368.3
Leia Josué 9:21-27. Como a solução de Josué combinou justiça com graça?
Grande foi a indignação dos israelitas ao saberem do engano que lhes havia sido impingido. Esta indignação aumentou quando, após três dias de viagem, chegaram às cidades dos gibeonitas, próximas do centro do país. “Toda a congregação murmurava contra os príncipes”; mas estes recusaram-se a romper o tratado, embora conseguido pela fraude, porque lhes haviam jurado “pelo Senhor Deus de Israel”. “E os filhos de Israel os não feriram.” Os gibeonitas haviam-se comprometido a renunciar à idolatria, e aceitar o culto a Jeová; e a conservação de sua vida não era uma violação da ordem de Deus para destruir os idólatras cananeus. Portanto os hebreus não se comprometeram pelo seu juramento a perpetrar pecado. E, se bem que o juramento fosse conseguido pelo engano, não deveria ser desrespeitado. O dever a que fica empenhada a palavra de qualquer pessoa, deve ser considerado sagrado, caso não a obrigue à prática de um ato mau. Nenhuma consideração de lucro, desforra, ou de interesse próprio, pode de qualquer maneira afetar a inviolabilidade de um juramento ou compromisso. “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor”. Provérbios 12:22. Aquele que “subirá ao monte do Senhor”, e “estará no Seu lugar santo”, é “aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda”. Salmos 24:3; 15:4. PP 368.4
“Permitiu-se aos gibeonitas que vivessem, mas ficaram como escravos ligados ao santuário, a fim de fazerem todo o trabalho servil. “E, naquele dia, Josué os deu como rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação, e para o altar do Senhor.” Tais condições eles aceitaram com gratidão, cônscios de que haviam estado em falta, e alegres por adquirirem a vida fosse qual fosse o modo. “Eis que agora estamos na tua mão”, disseram a Josué; “faze aquilo que te pareça bom e reto que se nos faça.” Durante séculos seus descendentes estiveram ligados ao serviço do santuário. PP 369.1
“O território dos gibeonitas compreendia quatro cidades. O povo não estava sob o governo de um rei, mas eram governados por anciãos, ou senadores. Gibeom, a mais importante de suas cidades, “era uma cidade grande como uma das cidades reais”, “e todos os seus homens valentes”. Uma prova notável do terror que os israelitas haviam inspirado aos habitantes de Canaã consistia em que o povo de tal cidade tivesse recorrido a um expediente tão humilhante para salvar a vida. PP 369.2
“Mas teria sido melhor aos gibeonitas se houvessem tratado honestamente com Israel. Conquanto sua submissão a Jeová lhes tivesse conseguido a conservação da vidas, a fraude acarretou-lhes somente desgraça e servidão. Deus havia tomado disposições para que todos os que renunciassem ao paganismo, e se unissem a Israel, partilhassem das bênçãos do concerto. Estavam incluídos na designação “o estrangeiro que peregrina entre vós”, e com poucas exceções essa classe deveria desfrutar de favores e privilégios iguais aos de Israel. A instrução do Senhor foi: PP 369.3
“‘E quando o estrangeiro peregrinar contigo na vossa terra, não o oprimireis. Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo’. Levítico 19:33, 34. Com relação à Páscoa e à oferta de sacrifícios, foi ordenado: ‘Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o estrangeiro que entre vós peregrina; como vós, assim será o peregrino perante o Senhor’. Números 15:15. PP 369.3
“Tal era a posição em que os gibeonitas poderiam ter sido recebidos, não fora o engano a que tinham recorrido. Não era pequena humilhação para aqueles cidadãos de uma “cidade real”, sendo “todos os seus homens valentes”, fazerem-se rachadores de lenha e carregadores de água por todas as suas gerações. Haviam eles, porém, adotado a aparência de pobreza com o fim de enganar, e esta se lhes fixou como distintivo de servidão perpétua. Assim, em todas as suas gerações, sua condição servil testificaria do ódio de Deus à falsidade.” PP 369.4
“Partindo de seu acampamento nos bosques de acácia de Sitim, a hoste desceu à margem do Jordão. Todos sabiam, entretanto, que sem auxílio divino não poderiam esperar fazer a passagem. Nesta época do ano, na primavera, a neve que derretia das montanhas havia de tal maneira avolumado o Jordão que o rio transbordou, tornando-se impossível atravessá-lo nos vaus usuais. Deus queria que a passagem de Israel no Jordão fosse miraculosa. Josué, por indicação divina, ordenou ao povo que se santificasse; deveriam remover seus pecados, e livrar-se de toda a impureza exterior; pois “amanhã”, disse ele, “fará o Senhor maravilhas no meio de vós”. A “arca do concerto” deveria abrir o caminho diante das hostes. Quando vissem o sinal da presença de Jeová, levado pelos sacerdotes, mudar-se de seu lugar para o centro do acampamento, e avançar em direção ao rio, deveriam então partir de seu lugar e segui-la. As circunstâncias da passagem foram minuciosamente descritas; e disse Josué: “Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós, e que de todo lançará de diante de vós aos cananeus. [...] Eis que a arca do concerto do Senhor de toda a Terra passa o Jordão diante de vós”. Josué 3:5, 6, 10, 11. PP 353.1
“No momento adequado, iniciou-se o movimento para a frente, indo a arca na vanguarda, aos ombros dos sacerdotes. Determinara-se ao povo ficar mais atrás, de modo que houvesse um espaço vazio de cerca de um quilômetro em redor da arca. Todos, com profundo interesse, estavam atentos ao avançarem os sacerdotes para a margem do Jordão. Viram-nos com a arca sagrada a moverem-se com firmeza para a frente, em direção à corrente encapelada, até que se mergulharam na água os pés dos portadores. Subitamente a correnteza estancou-se do lado de cima, enquanto a torrente continuou a fluir do lado de baixo; e o leito do rio ficou descoberto. PP 353.2
“Ao mando divino os sacerdotes avançaram para o meio do canal, e ali ficaram de pé, enquanto descia a hoste inteira, e atravessava para o lado oposto. Assim impressionou as mentes de todo o Israel o fato de que o poder que deteve as águas do Jordão foi o mesmo que abrira o Mar Vermelho a seus pais, quarenta anos antes. Quando todo o povo havia passado, a arca mesma foi levada para a margem ocidental. Mal alcançara esta um lugar seguro, “e as plantas dos pés dos sacerdotes se puseram em seco” (Josué 4:18), as águas represadas, sendo soltas, arremeteram-se para baixo, como uma inundação irresistível, no canal natural da torrente. PP 353.3
“As gerações vindouras não deveriam ficar sem testemunho deste grande prodígio. Enquanto os sacerdotes que levavam a arca ainda se achavam no meio do Jordão, doze homens previamente escolhidos, um de cada tribo, apanharam cada um uma pedra do leito do rio onde os sacerdotes estavam em pé, e as levaram para a margem ocidental. Estas pedras deviam ser erguidas como um monumento no primeiro lugar de acampamento além do rio. Ordenava-se ao povo contar a seus filhos e filhos de seus filhos a história do livramento que Deus operara em prol deles, conforme disse Josué: “Para que todos os povos da terra conheçam a mão do Senhor, que é forte, para que temais ao Senhor vosso Deus todos os dias”. Josué 4:24. PP 353.4
“A influência deste prodígio, tanto sobre os hebreus como sobre seus inimigos, foi de grande importância. Foi uma segurança para Israel da presença e proteção contínua de Deus — prova de que Ele agiria em prol deles por intermédio de Josué como operara por meio de Moisés. Tal certeza era necessária para fortalecer-lhes o coração, dando eles início à conquista da terra — estupenda tarefa que havia esmorecido a fé de seus pais quarenta anos antes. O Senhor declarara a Josué antes da travessia: “Este dia começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que assim como fui com Moisés assim serei contigo”. Josué 3:7. E cumpriu-se a promessa. “Naquele dia o Senhor engrandeceu a Josué diante dos olhos de todo o Israel; e temeram-no, como haviam temido a Moisés, todos os dias da sua vida”. Josué 4:14. PP 354.1