A Hora da Glória: A Cruz e a Ressurreição

Lição 12, 4º Trimestre, 14 a 20 de Dezembro de 2024.

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Sábado à Tarde, 14 de Dezembro

Texto para Memorizar:

“Disse-lhe, então, Pilatos: Então és tu um rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” BKJ - João 18:37


“Um terremoto assinalara a hora em que Jesus depusera a vida; outro terremoto indicou o momento em que a retomou em triunfo. Aquele que vencera a morte, e a sepultura, saiu do túmulo com o passo do vencedor, por entre o cambalear da terra, o fuzilar dos relâmpagos e o ribombar dos trovões. Quando vier novamente à Terra, comoverá “não só a Terra, senão também o céu”. Hebreus 12:26. “De todo vacilará a Terra como o bêbado, e será movida e removida como a choça”. Isaías 24:20. “E os céus se enrolarão como um livro” (Isaías 34:4); “os elementos, ardendo, se desfarão, e a Terra, e as obras que nela há se queimarão”. 2 Pedro 3:10. “Mas o Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel”. Joel 3:16. DTN 552.4

“Ao morrer Jesus, tinham os soldados visto a Terra envolta em trevas ao meio-dia; ao ressurgir, porém, viram o resplendor dos anjos iluminar a noite, e ouviram os habitantes do Céu cantarem com grande alegria e triunfo: “Tu venceste Satanás e os poderes das trevas; Tu tragaste a morte na vitória” DTN 553.1

“Cristo saiu do sepulcro glorificado, e a guarda romana O contemplou. Seus olhos fixaram-se no rosto dAquele a quem, havia tão pouco, tinham escarnecido e ridicularizado. Neste Ser glorificado, viram o Prisioneiro que tinham contemplado no tribunal, Aquele para quem haviam tecido uma coroa de espinhos. Era Aquele que, sem resistência, estivera em presença de Pilatos e de Herodes, o corpo lacerado pelos cruéis açoites. Era Aquele que fora pregado na cruz, para quem os sacerdotes e os príncipes, cheios de satisfação própria, haviam sacudido a cabeça, dizendo: “Salvou os outros, e a Si mesmo não pode salvar-Se”. Mateus 27:42. Era Aquele que fora deposto no sepulcro novo de José. O decreto do Céu libertara o Cativo. Montanhas amontoadas sobre montanhas em cima de Seu túmulo, não O poderiam haver impedido de sair.” DTN 553.2

Domingo, 15 de dezembro

O que é a Verdade?


Leia João 18:33-38. Sobre o que Pilatos e Jesus conversaram?

Esperando obter dEle a verdade e escapar ao tumulto, Pilatos tomou Jesus à parte e tornou a interrogá-Lo: “Tu és o Rei dos judeus?” Marcos 15:2. DTN 513.1

“Jesus não respondeu diretamente a essa pergunta. Sabia que o Espírito Santo estava lutando com Pilatos, e deu-lhe oportunidade de reconhecer a própria convicção. “Tu dizes isto de ti mesmo”, perguntou, “ou disseram-to outros de Mim?”. João 18:34. Isto é, era a acusação dos sacerdotes, ou o desejo de receber luz de Cristo, que motivava a pergunta de Pilatos? Pilatos compreendeu a intenção de Jesus; mas surgiu o orgulho em seu coração. Não queria reconhecer a convicção que o assaltava. “Porventura sou eu judeu?” disse. “A Tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-Te a mim; que fizeste?” João 18:35. DTN 513.2

“Passara a oportunidade áurea de Pilatos. Todavia, Jesus não o deixou ainda sem luz. Conquanto não respondesse diretamente à pergunta de Pilatos, declarou abertamente a própria missão. Deu a entender a Pilatos que não buscava um trono terrestre. DTN 513.3

“‘O Meu reino não é deste mundo’, disse Ele, ‘se o Meu reino fosse deste mundo, pelejariam os Meus servos, para que Eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o Meu reino não é daqui. Disse-Lhe Pilatos: Logo Tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que Eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz’. João 18:36, 37. DTN 513.4

“Cristo afirmou que Sua palavra era em si mesma uma chave que revelaria o mistério aos que estivessem preparados para recebê-Lo. Ela possuía em si um poder que a recomendava, e isso era o segredo da ampliação de Seu reino de verdade. Desejava que Pilatos compreendesse que unicamente recebendo a verdade e dela se apoderando, poderia ser restaurada sua arruinada natureza. DTN 513.5

“Pilatos teve desejo de conhecer a verdade. Seu espírito estava confundido. Apegou-se ansioso às palavras do Salvador, e o coração agitou-se-lhe num grande anelo de saber o que ela era realmente, e como a poderia obter. “Que é a verdade?” indagou. Mas não esperou a resposta. O tumulto lá fora lembrou-lhe os interesses do momento; pois os sacerdotes clamavam por ação imediata. Saindo para onde estavam os judeus, declarou com veemência: ‘Não acho nEle crime algum’”. João 18:38. DTN 513.6

“Quando a verdade é recebida no coração, inicia a obra de aprimoramento e santificação do recebedor. Aquele que acaricia a verdade não sentirá que não tem necessidade de maior esclarecimento, mas reconhecerá, à medida que cumpre a verdade em sua vida prática, que necessita de contínua luz a fim de poder aumentar em conhecimento. Ao introduzir a verdade em sua vida, perceberá sua real ignorância e compreenderá a necessidade de ter uma educação mais completa, para que saiba como usar sua capacidade com o máximo proveito.” CE 137.2

Segunda, 16 de Dezembro

Eis o Homem!


Leia João 18:38–19:5. Como Pilatos tentou persuadir o povo a pedir a libertação de Jesus?

Saindo para onde estavam os judeus, declarou com veemência: ‘Não acho nEle crime algum’”. João 18:38. DTN 513.6

“Essas palavras de um juiz pagão foram uma demolidora repreensão à perfídia e falsidade dos príncipes de Israel, que acusavam o Salvador. Ao ouvirem os sacerdotes e anciãos isso de Pilatos, sua decepção e cólera não tiveram limites. Haviam tramado e esperado longamente essa oportunidade. Ao verem a perspectiva de Jesus ser solto, pareciam prontos a despedaçá-Lo. Acusavam Pilatos em altas vozes, e ameaçaram-no com a censura do governo romano. Culparam-no de não querer condenar a Jesus que, afirmavam, Se erguera contra César. DTN 513.7

“Ouviram-se então vozes iradas, declarando que a sediciosa influência de Jesus era bem conhecida por todo o país. Diziam os sacerdotes: “Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui”. Lucas 23:5. DTN 514.1

“Por essa altura, não tinha Pilatos nenhuma idéia de condenar Jesus. Sabia que os judeus O haviam acusado, movidos por ódio e preconceitos. Sabia qual era seu dever. A justiça exigia que Jesus fosse imediatamente solto. Mas Pilatos temia a má vontade do povo. Recusasse ele entregar-lhes Jesus, erguer-se-ia um tumulto, e isso ele temia enfrentar. Ao ouvir que Cristo era da Galiléia, decidiu mandá-Lo a Herodes, governador daquela província, o qual se achava então em Jerusalém. Com esse procedimento pensava transferir a responsabilidade do julgamento para Herodes. Julgou também que era boa oportunidade de pacificar uma velha questão existente entre ele e Herodes. E assim aconteceu. Os dois magistrados tornaram-se amigos depois do julgamento do Salvador.” DTN 514.2

“Endurecido como estava, não ousou Herodes ratificar a condenação de Cristo. Desejava livrar-se da terrível responsabilidade, e mandou Jesus de volta para o tribunal romano. DTN 516.5

“Pilatos ficou decepcionado e muito desgostoso. Quando os judeus voltaram com o Preso, perguntou-lhes impaciente o que queriam que ele fizesse. Lembrou-lhes que já interrogara Jesus, e não achara nEle crime algum; disse-lhes que tinham trazido queixas contra Ele, mas não eram capazes de provar uma única. Mandara Jesus a Herodes, o tetrarca da Galiléia e compatriota seu, mas também ele não encontrara nEle coisa alguma digna de morte. “Castigá-Lo-ei pois”, disse Pilatos, “e soltá-Lo-ei”. Lucas 23:16. DTN 516.6

“Aí mostrou Pilatos sua fraqueza. Declarara que Jesus era inocente e, no entanto, estava disposto a fazê-lo açoitar para pacificar os acusadores. Sacrificaria a justiça e o princípio, a fim de contemporizar com a turba. Isso o colocou desvantajosamente. A turba contou com sua indecisão, e clamou tanto mais pela vida do Preso. Se a princípio Pilatos houvesse ficado firme, recusando-se a condenar um homem que considerava inocente, teria quebrado a fatal cadeia que o ligaria em remorso e culpa enquanto vivesse. Houvesse posto em ação suas convicções do direito, e os judeus não teriam ousado ditar-lhe a conduta. Cristo teria sido morto, mas a culpa não repousaria sobre ele. Mas Pilatos dera passo após passo na violação de sua consciência. Escusara-se a julgar com justiça e eqüidade, e viu-se agora quase impotente nas mãos dos sacerdotes e príncipes. Sua vacilação e indecisão foram a ruína dele.” DTN 517.1

Terça, 17 de Dezembro

Está Consumado!


“Assim que Jesus foi pregado à cruz, ergueram-na homens vigorosos, sendo com grande violência atirada dentro do lugar para ela preparado. Isso produziu a mais intensa agonia ao Filho de Deus. Pilatos escreveu então uma inscrição em hebraico, grego e latim, colocando-a no madeiro, por sobre a cabeça de Jesus. Rezava: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.” Essa inscrição irritou os judeus. Haviam gritado no pátio de Pilatos: “Crucifica-O”! “Não temos rei senão o César”. João 19:15. Tinham declarado que, quem quer que reconhecesse outro rei, era traidor. Pilatos escreveu o sentimento que haviam expresso. Nenhuma ofensa era mencionada, a não ser que Jesus era Rei dos Judeus. A inscrição era um virtual reconhecimento da fidelidade dos judeus ao poder romano. Declarava que qualquer que pretendesse ser Rei de Israel, seria por eles julgado digno de morte. Os sacerdotes se haviam enganado. Quando estavam tramando a morte de Cristo, Caifás declarara conveniente que um homem morresse pela nação. Agora se revelava sua hipocrisia. A fim de eliminar a Cristo, prontificaram-se a sacrificar a própria existência nacional. DTN 527.3

“Os sacerdotes viram o que tinham feito, e pediram a Pilatos que mudasse a inscrição. Disseram: “Não escrevas Rei dos Judeus; mas que Ele disse: Sou Rei dos Judeus.” Mas Pilatos estava indignado contra si mesmo por causa de sua anterior fraqueza, e desprezou inteiramente os invejosos e astutos sacerdotes e príncipes. Respondeu friamente: “‘O que escrevi, escrevi’. João 19:21, 22. DTN 527.4

“Um poder mais alto que Pilatos ou os judeus dirigia a colocação daquela inscrição por sobre a cabeça de Jesus. Na providência divina, devia ela despertar reflexão e o exame das Escrituras. O lugar em que Cristo estava crucificado achava-se próximo da cidade. Milhares de pessoas de todas as terras se encontravam em Jerusalém naquele tempo, e a inscrição que declarava Jesus de Nazaré o Messias lhes chamaria a atenção. Era uma verdade palpitante, transcrita por mão guiada por Deus. DTN 527.5

Citește Ioan 19:28-30. Ce înseamnă ultimele cuvinte „S-a isprăvit”?

“Enquanto o olhar de Jesus vagueava pela multidão que O cercava, uma figura Lhe prendeu a atenção. Ao pé da cruz se achava Sua mãe, apoiada pelo discípulo João. Ela não podia suportar permanecer longe de seu Filho; e João, sabendo que o fim se aproximava, trouxera-a de novo para perto da cruz. Na hora de Sua morte, Cristo lembrou-Se de Sua mãe. Olhando-lhe o rosto abatido pela dor, e depois a João, disse, dirigindo-Se a ela: “Mulher, eis aí o teu filho”; e depois a João: “Eis aí tua mãe”. João 19:26, 27. João entendeu as palavras de Cristo, e aceitou o encargo. Levou imediatamente Maria para sua casa, e daquela hora em diante dela cuidou ternamente. Ó piedoso, amorável Salvador! por entre toda a Sua dor física e mental angústia, teve solícito cuidado para com Sua mãe! Não possuía dinheiro com que lhe provesse o conforto; achava-Se, porém, entronizado na alma de João, e entregou-lhe Sua mãe como precioso legado. Assim providenciou para ela aquilo de que mais necessitava — a terna simpatia de alguém que a amava porque ela amava a Jesus. E, acolhendo-a como santo legado, estava João recebendo grande bênção. Ela lhe era uma contínua recordação de seu querido Mestre.” DTN 531.4

Leia João 19:28-30. O que significam as palavras que Jesus disse antes de morrer: “Está consumado”?

“Ao irromper dos lábios de Cristo o grande brado: “Está consumado” (João 19:30), oficiavam os sacerdotes no templo. Era a hora do sacrifício da tarde. O cordeiro, que representava Cristo, fora levado para ser morto. Trajando o significativo e belo vestuário, estava o sacerdote com o cutelo erguido, qual Abraão quando prestes a matar o filho. Vivamente interessado, o povo acompanhava a cena. Mas eis que a Terra treme e vacila; pois o próprio Senhor Se aproxima. Com ruído rompe-se de alto a baixo o véu interior do templo, rasgado por mão invisível, expondo aos olhares da multidão um lugar antes pleno da presença divina. Ali habitara o shekinah. Ali manifestara Deus Sua glória sobre o propiciatório. Ninguém, senão o sumo sacerdote, jamais erguera o véu que separava esse compartimento do resto do templo. Nele penetrava uma vez por ano, para fazer expiação pelos pecados do povo. Mas eis que esse véu é rasgado em dois. O santíssimo do santuário terrestre não mais é um lugar sagrado. DTN 535.4

“Tudo é terror e confusão. O sacerdote está para matar a vítima; mas o cutelo cai-lhe da mão paralisada, e o cordeiro escapa. O tipo encontrara o antítipo por ocasião da morte do Filho de Deus. Foi feito o grande sacrifício. Acha-se aberto o caminho para o santíssimo. Um novo, vivo caminho está para todos preparado. Não mais necessita a pecadora, aflita humanidade esperar a chegada do sumo sacerdote. Daí em diante, devia o Salvador oficiar como Sacerdote e Advogado no Céu dos Céus. Era como se uma voz viva houvesse dito aos adoradores: Agora têm fim todos os sacrifícios e ofertas pelo pecado. O Filho de Deus veio, segundo a Sua palavra: “Eis aqui venho (no princípio do Livro está escrito de Mim), para fazer, ó Deus, a Tua vontade”. Hebreus 10:7. “Por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. Hebreus 9:12. DTN 535.5

Quarta, 18 de Dezembro

O Túmulo Vazio


Qual é a revelância para nós do que é retratado em João 20:1-7?

“As mulheres que foram ao sepulcro, não partiram todas do mesmo lugar. Maria Madalena foi a primeira a chegar ao local; e ao ver que a pedra fora retirada, correu para anunciá-lo aos discípulos. Entrementes, chegaram as outras mulheres. Havia uma luz em volta do sepulcro, mas o corpo de Jesus não se achava ali. Enquanto andavam em torno, viram de repente não se encontrarem sós. Um jovem de vestes brilhantes estava sentado junto ao túmulo. Era o anjo que rolara a pedra. Tomara a forma humana, a fim de não atemorizar essas discípulas de Jesus. Todavia, brilhava-lhe ainda em torno a glória celestial, e as mulheres temeram. Voltaram-se para fugir, mas as palavras do anjo lhes detiveram os passos. “Não tenhais medo”, disse ele; “pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar em que o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos Seus discípulos que já ressuscitou dos mortos”. Mateus 28:5-7. De novo olharam elas para o sepulcro, e tornaram a ouvir as maravilhosas novas. Outro anjo, em forma humana, ali está, e diz: “Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite”. Lucas 24:5-7. DTN 557.3

“Ressuscitou! Ressuscitou! As mulheres repetem e tornam a repetir as palavras. Não há, pois, necessidade de especiarias para unção. O Salvador está vivo, e não morto. Recordaram-se então de que, falando em Sua morte, Ele dissera que ressurgiria. Que dia é este para o mundo! Apressadas, afastam-se as mulheres do sepulcro e “com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos Seus discípulos”. Mateus 28:8. DTN 557.4

Leia João 20:7-10. João viu que o lenço que cobria o rosto de Jesus estava dobrado. Por que esse fato é importante?

“Maria não ouvira as boas-novas. Foi ter com Pedro e João, levando a dolorosa mensagem: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde O puseram”. João 20:13. Os discípulos correram para o túmulo, e acharam ser como Maria dissera. Viram o sudário e o lenço, mas não acharam o Senhor. Havia, no entanto, mesmo ali o testemunho de Sua ressurreição. As roupas do sepultamento não estavam atiradas com negligência, a um lado, mas cuidadosamente dobradas, cada uma num lugar à parte. João “viu, e creu”. Ainda não compreendia a escritura que dizia dever Cristo ressuscitar dos mortos; mas lembrou-se então das palavras do Salvador, predizendo Sua ressurreição. DTN 558.1

“Fora o próprio Cristo que colocara com tanto cuidado as roupas com que O sepultaram. Quando o poderoso anjo baixara ao sepulcro, uniu-se-lhe outro que estivera com seu grupo, montando guarda ao corpo do Senhor. Enquanto o anjo do Céu removeu a pedra, o outro entrou no sepulcro e desembaraçou o corpo de Jesus de seu invólucro. Foram, porém, as próprias mãos do Salvador que dobraram cada peça, pondo-as em seu lugar. Ao Seu olhar, que guia semelhantemente a estrela e o átomo, nada há sem importância. Ordem e perfeição se manifestam em toda a Sua obra.” DTN 558.2

Quinta, 19 de Dezembro

Jesus e Maria


Leia João 20:11-13. Qual situação mostra que Maria Madalena ainda não entendia o significado do túmulo vazio?

“Maria acompanhara João e Pedro ao sepulcro; quando voltaram a Jerusalém, ela permaneceu. Contemplando a tumba vazia, o coração encheu-se-lhe de dor. Olhando para dentro, viu os dois anjos, um à cabeceira, outro aos pés do lugar em que Jesus jazera. “Mulher, por que choras?” perguntaram-lhe. “Porque levaram o meu Senhor”, disse ela, “e não sei onde O puseram”. João 20:13. DTN 558.3

“Então ela se voltou para se afastar, mesmo dos anjos, pensando em encontrar alguém que lhe dissesse o que fora feito com o corpo de Jesus. Outra voz a ela se dirigiu: “Mulher, por que choras? Quem buscas?” Através das lágrimas que lhe empanavam os olhos, Maria viu a figura de um homem e, pensando que fosse o hortelão, disse: “Senhor, se tu O levaste, dize-me onde O puseste, e eu O levarei.” Se o sepulcro desse rico era julgado um lugar de sepultamento demasiado honroso para Jesus, ela própria proveria um local para Ele. Havia um sepulcro que a voz do próprio Jesus deixara vago, aquele em que Lázaro jazera. Não poderia ela achar ali uma sepultura para seu Senhor? Sentiu que cuidar desse precioso corpo crucificado ser-lhe-ia uma grande consolação em sua mágoa.” DTN 558.4

Leia João 20:14-18. O que mudou tudo para Maria?

“Mas então, em Sua voz familiar, lhe diz Jesus: “Maria!” Agora sabia que não era um estranho que se dirigia a ela e, voltando-se, viu diante de si o Cristo vivo. Em sua alegria, esqueceu que Ele fora crucificado. Saltando para Ele, como para abraçar-Lhe os pés, disse ela: “Raboni”. João 20:16. Cristo, porém, ergueu a mão, dizendo: Não Me detenhas, “porque ainda não subi para Meu Pai, mas vai para Meus irmãos, e dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus”. João 20:17. E Maria pôs-se a caminho para ir ter com os discípulos, com a jubilosa mensagem.” DTN 558.4

Sexta, 20 de Dezembro

Estudo Adicional

“Enquanto o Salvador Se achava na presença de Deus, recebendo dons para Sua igreja, pensavam os discípulos no sepulcro vazio, e lamentavam-se e choravam. O dia em que todo o Céu vibrava de alegria, era para os discípulos de incerteza, confusão e perplexidade. Sua incredulidade no testemunho levado pelas mulheres é uma prova de quão baixo lhes caíra a fé. As notícias da ressurreição de Cristo eram tão diversas do que haviam antecipado, que as não podiam crer. Eram demasiado boas para serem verdade, pensavam. Haviam ouvido tanto das doutrinas e das chamadas científicas teorias dos fariseus, que era vaga a impressão produzida no espírito deles quanto à ressurreição. Mal sabiam o que podia significar a ressurreição dos mortos. Eram incapazes de conceber o grande fato. DTN 559.2

“‘Ide’, disseram os anjos às mulheres, “dizei a Seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis, como Ele vos disse”. Mateus 28:7. Esses anjos estiveram com Cristo, como guardas, durante Sua existência terrestre. Testemunharam-Lhe o julgamento e a crucifixão. Ouviram Suas palavras aos discípulos. Isso se demonstrava por sua mensagem aos mesmos, e os deveria haver convencido da veracidade do que lhes era transmitido. Essas palavras só poderiam provir dos mensageiros de seu Senhor ressuscitado. DTN 559.3

“‘Dizei a Seus discípulos, e a Pedro’, disseram os anjos. Desde a morte de Cristo, Pedro se achava sucumbido pelo remorso. Sua vergonhosa negação de seu Senhor, e o olhar de amor e de angústia do Salvador achavam-se sempre diante dele. De todos os discípulos, fora o que mais pungentemente sofrera. A Pedro é dada a certeza de que seu arrependimento fora aceito e seu pecado perdoado. É mencionado nominalmente. DTN 559.4

“‘Dizei a Seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis’. Marcos 16:7. Todos os discípulos haviam abandonado a Jesus, e o chamado para se encontrarem com Ele outra vez os inclui a todos. Ele não os rejeitou. Quando Maria Madalena lhes disse que vira o Senhor, repetiu o convite para o encontro na Galiléia. E pela terceira vez lhes foi enviada a mensagem. Depois de haver ascendido ao Pai, Jesus apareceu às outras mulheres, dizendo: “Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os Seus pés, e O adoraram. Então Jesus lhes disse: Não temais; ide dizer a Meus irmãos que vão a Galiléia, e lá Me verão”. Mateus 28:10. DTN 559.4

“A primeira obra de Cristo na Terra, depois de Sua ressurreição, foi convencer os discípulos de Seu inalterável amor e terna solicitude para com eles. Para lhes dar testemunho de que era seu Salvador vivo, de que quebrara as cadeias do túmulo, e não mais podia ser retido pelo inimigo, a morte; para revelar que tinha o mesmo coração de amor de quando andava com eles como seu amado Mestre, apareceu-lhes por várias vezes. Queria estreitar ainda mais em torno deles os laços de amor. Ide, dizei a Meus irmãos, disse Ele, que Me encontrem na Galiléia. DTN 560.1

“Ao ouvirem essa combinação, feita de maneira tão positiva, os discípulos começaram a pensar nas palavras de Cristo, predizendo-lhes Sua ressurreição. Mesmo então, no entanto, não se regozijaram. Não podiam expulsar de si as dúvidas e perplexidades. Mesmo quando as mulheres declararam haver visto o Senhor, os discípulos não queriam crer. Julgavam-nas sob a influência de uma ilusão.” DTN 560.2