“E eu, quando for levantado da terra, todos os homens atrairei a mim.” BKJ - João 12:32
“O amor de Deus manifesta-se ao Universo. São refutadas as acusações que Satanás fez contra Deus. O príncipe deste mundo é expulso. É para sempre removida a mancha que ele atirou sobre o Céu. Os anjos, da mesma maneira que os homens, são atraídos para o Redentor. “E Eu, quando for levantado da Terra”, disse, “todos atrairei a Mim.”. João 12:32. DTN 442.1
“Muita gente estava aglomerada em volta de Cristo ao proferir Ele estas palavras, e um disse: “Nós temos ouvido da lei, que o Cristo permanece para sempre; e como dizes Tu que convém que o Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem? Disse-lhe pois Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo; andai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz”. João 12:34-36. DTN 442.2
“‘E ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nEle’. João 12:37. Eles perguntaram uma vez ao Salvador: “Que sinal pois fazes Tu, para que o vejamos, e creiamos em Ti?” João 6:30. Inúmeros sinais haviam sido dados; mas eles fecharam os olhos e endureceram o coração. Agora, que o próprio Pai falara, e não podiam mais pedir sinais, recusaram ainda crer. DTN 442.3
“Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nEle; mas não o confessaram por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga”. João 12:42. Amavam mais o louvor dos homens do que a aprovação de Deus. Para se livrarem de censura e vergonha, negaram a Cristo, e rejeitaram a oferta da vida eterna. E quantos, através de todos os séculos, têm feito assim! A estes se aplicam todas as palavras de advertência dadas por Cristo: “Quem ama a sua vida perdê-la-á.” “Quem Me rejeitar a Mim”, disse Jesus, “e não receber as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia”. João 12:48. DTN 442.4
Leia João 3:25-36. Como João Batista se compara com Jesus?
“Os discípulos de João foram ter com ele trazendo-lhe as suas queixas, dizendo: ‘Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, de quem tu deste testemunho, eis que esse batiza, e todos vêm a ele’. João possuía as enfermidades comuns da natureza humana. Nessa questão, foi submetido a uma severa provação. Sua influência como profeta de Deus havia sido maior do que a de qualquer outro homem, até o início do ministério de Cristo; mas a fama desse novo mestre estava chamando a atenção de todas as pessoas e, consequentemente, a popularidade de João estava diminuindo. Seus discípulos levaram a João a verdadeira declaração do caso: “Jesus batiza, e todos vêm a Ele". 2SP 136.4
João estava em uma posição perigosa; se ele tivesse justificado o ciúme de seus discípulos com uma palavra de simpatia ou encorajamento em suas murmurações, uma séria divisão teria acontecido. Mas o espírito nobre e altruísta do profeta brilhou na resposta que deu a seus seguidores: - 2SP 137.1
"O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu. Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele. Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está cumprido. É necessário que ele cresça e que eu diminua.” 2SP 137.2
“Se João tivesse manifestado desapontamento ou tristeza por ter sido substituído por Jesus; se tivesse permitido que suas afeições fossem despertadas a seu próprio favor, quando percebeu que seu poder sobre o povo estava diminuindo; se tivesse perdido de vista por um momento sua missão nessa hora de tentação, o resultado teria sido desastroso para o estabelecimento da igreja cristã. As sementes da discórdia teriam sido semeadas, a anarquia teria surgido e a causa de Deus teria definhado por falta de obreiros adequados. 2SP 137.3
“Mas João, independentemente do interesse pessoal, levantou-se em defesa de Jesus, testemunhando sua superioridade como o Prometido de Israel, cujo caminho ele viera preparar. Ele se identificou totalmente com a causa de Cristo e declarou que sua maior alegria estava no sucesso dela. Então, elevando-se acima de todas as considerações mundanas, prestou este notável testemunho - quase a contrapartida do que Jesus havia feito a Nicodemos em sua entrevista secreta:- 2SP 138.1
"'Aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos. E aquilo que ele viu e ouviu isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho. Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro. Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece."' 2SP 138.2
Leia João 1:32-36. O que João Batista disse sobre Jesus que o povo não esperava do tão aguardado Messias?
“Os emissários de Jerusalém haviam perguntado a João: “Por que batizas?” (João 1:25) e esperavam a resposta. Subitamente, ao percorrer seu olhar a multidão, arderam-se-lhe os olhos, a fisionomia iluminou-se, o ser inteiro foi-lhe agitado de profunda emoção. Estendendo a mão, exclamou: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está Alguém a quem vós não conheceis. Este é Aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca”. João 1:26, 27. DTN 85.4
“Era positiva e inequívoca a mensagem a ser levada de volta ao Sinédrio. As palavras de João não se podiam aplicar a nenhum outro senão ao longamente Prometido. O Messias Se achava entre eles! Sacerdotes e principais olharam em torno, com assombro, na esperança de descobrir Aquele de quem João falara. Ele, porém, não era distinguível entre a multidão. DTN 86.1
“Quando, por ocasião do batismo de Jesus, João O designara como o Cordeiro de Deus, nova luz foi projetada sobre a obra do Messias. O espírito do profeta foi dirigido às palavras de Isaías: “Como um cordeiro foi levado ao matadouro”. Isaías 53:7. Durante as semanas seguintes, João estudou, com novo interesse, as profecias e os ensinos quanto ao serviço sacrifical. Não distinguia claramente os dois aspectos da obra de Cristo — como vítima sofredora e vitorioso Rei — mas viu que Sua vinda tinha significação mais profunda do que lhe haviam percebido os sacerdotes ou o povo. Ao ver Cristo entre a multidão, de volta do deserto, esperou confiantemente que Ele desse ao povo um sinal de Seu verdadeiro caráter. Aguardava quase com impaciência ouvir o Salvador declarar Sua missão; no entanto nenhuma palavra foi proferida, não foi dado nenhum sinal. Jesus não correspondeu ao anúncio do Batista a Seu respeito, mas misturou-Se com os discípulos de João, não dando nenhum testemunho visível de Sua obra especial, nem tomando nenhuma providência para Se fazer notado.” DTN 86.2
“Lembrando-se de como João repetira as profecias a respeito do Messias, recordando a cena do batismo de Jesus, os sacerdotes e maiorais não ousaram dizer que o batismo de João era do Céu. Se reconhecessem a João como profeta, como criam que fosse, como poderiam negar seu testemunho de que Jesus de Nazaré era o Filho de Deus? E não podiam dizer que o batismo de João era dos homens por causa do povo que cria que João fosse profeta. Assim, disseram: ‘Não sabemos.’” PJ 143.3
O que Jesus disse que as pessoas não aceitaram? Leia Jo 6:51-71
“Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre.” A esta figura acrescenta Cristo outra. Somente morrendo, podia Ele comunicar vida aos homens, e nas palavras que seguem, aponta Sua morte como o meio de salvação. Diz Ele: ‘E o pão que Eu der é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo.’” DTN 269.1
“Então os rabinos exclamaram, irados: “Como nos pode dar Este a Sua carne a comer?” Fingiram compreender-Lhe as palavras no mesmo sentido literal que lhes dera Nicodemos quando perguntara: “Como pode um homem nascer, sendo velho?” João 3:4. Compreendiam, até certo ponto, o que Jesus queria dizer, mas não estavam dispostos a reconhecê-Lo. Torcendo-Lhe as palavras, esperavam indispor o povo contra Ele. DTN 269.3
Cristo não suavizou Sua simbólica representação. Reiterou a verdade em linguagem ainda mais vigorosa: “Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Porque a Minha carne verdadeiramente é comida, e o Meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele.” DTN 269.3
“Os incrédulos judeus recusaram ver nas palavras do Salvador qualquer significação que não fosse a mais literal. Pela lei cerimonial, eram proibidos de provar sangue, e deram agora à linguagem de Cristo o sentido de um sacrilégio, disputando entre si sobre Suas expressões. Muitos, mesmo dos discípulos, disseram: ‘Duro é este discurso; quem o pode ouvir?’” DTN 270.3
“A prova era demasiado grande. Diminuiu o entusiasmo dos que O tinham querido arrebatar para fazer rei. Este discurso na sinagoga, diziam, abrira-lhes os olhos. Agora estavam desenganados. Em seu espírito, as palavras dEle eram uma positiva confissão de que não era o Messias e nenhuma recompensa terrestre poderia provir de se unirem a Ele. Haviam saudado o poder que possuía de operar milagres; estavam ansiosos de ser libertados de doenças e sofrimentos; não se poderiam, porém, concordar com Sua vida de abnegação. Não se importavam com o misterioso reino espiritual de que falava. O insincero, o egoísta que O tinha buscado, não mais O desejou. Se não consagrava Seu poder e influência a obter sua libertação dos romanos, não queriam ter nada com Ele. DTN 271.4
“Sua decisão nunca mais foi revogada; pois não mais andaram com Jesus.” DTN 272.2
Leia João 5:36-38. O que Jesus disse sobre o Pai?
“Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou. E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer. E a sua palavra não permanece em vós, porque naquele que ele enviou não credes vós.” O testemunho do Pai havia sido dado. 'E Jesus, quando foi batizado, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba, e vindo sobre ele; e eis uma voz do céu, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo'”. ST 13 de novembro de 1893, par. 2 – Tradução Livre
O que o Pai disse sobre Jesus? Mateus 3:17; 17:5; Marcos 1:11; Lucas 3:22; veja também 2Pedro 1:17, 18
“Viram com os próprios olhos e com os próprios ouvidos ouviram coisas que estavam além da compreensão do homem. Eram “testemunhas oculares da Sua majestade” (2 Pedro 1:16) e reconheciam que Jesus era de fato o Messias, de quem haviam testificado patriarcas e profetas, e que como tal O aceitava o Universo celeste. DTN 299.2
“Estando ainda a contemplar a cena sobre o monte, “eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o Meu amado Filho, em quem Me comprazo; escutai-O”. Mateus 17:5. Ao contemplarem a nuvem gloriosa, mais resplandecente do que aquela que ia adiante das tribos de Israel no deserto; ao ouvirem a voz de Deus falando em terrível majestade, fazendo tremer a montanha, os discípulos caíram por terra. Ali permaneceram prostrados, o rosto oculto, até que Jesus Se aproximou e os tocou, dissipando os temores com Sua conhecida voz: “Levantai-vos, e não tenhais medo”. Mateus 17:7. Aventurando-se a erguer os olhos, viram que a glória celestial se dissipara, e as figuras de Moisés e Elias haviam desaparecido. Estavam no monte, a sós com Jesus.” DTN 299.3
Quando Jesus falou aos Judeus que participavam da Festa dos Tabernaculos, qual foi a resposta de muitos da multidão? Leia João 7:37-53
“Dia após dia ensinou Ele ao povo, até o último, “o grande dia da festa”. A manhã desse dia encontrou a multidão fatigada do longo período de festividades. De repente, Jesus ergueu a voz, em acentos que retumbaram através dos pátios do templo: DTN 317.3
“‘Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão de seu ventre’. João 7:37. O estado do povo tornou esse apelo deveras eficaz. Estiveram eles empenhados em contínua cena de pompa e festividade, os olhos ofuscados com luzes e cores, e os ouvidos deleitados com a mais preciosa música; nada, porém, houvera em toda essa série de cerimônias para satisfazer as necessidades do espírito, nada para saciar a sede da alma por aquilo que é imperecível. Jesus os convidava a ir beber da nascente da vida, daquela que se tornaria neles uma fonte que salta para a vida eterna.” DTN 317.3
“A atenção das pessoas ficou presa. Aquela voz clara e penetrante transmitiu suas palavras até os limites mais distantes da congregação. Que efeito elas tiveram? - “Muitos, pois, do povo, ouvindo estas palavras, diziam: Verdadeiramente este é o Profeta. Outros diziam: Este é o Cristo. Mas alguns diziam: Porventura virá o Cristo da Galileia?” A incredulidade surgiu em muitas mentes, porque estavam raciocinando com base em falsas pretensões. Em sua ignorância, haviam recebido boatos e supunham que Jesus havia nascido na Galileia. Mas Ele nasceu em Belém. Alguns dos sacerdotes e líderes o teriam levado, mas não ousaram colocar as mãos sobre ele de maneira tão pública. O povo não tinha a mesma opinião que os sacerdotes e líderes. Estes últimos enviaram oficiais para levar Jesus e deter a voz que estava despertando tanto interesse naquela imensa multidão. Os oficiais entraram na presença do Salvador; ouviram Suas palavras, olharam para Seu rosto, e foi como se estivessem sendo glorificados. Suas palavras falaram diretamente ao coração deles, e eles se esqueceram de sua missão e voltaram sem Jesus. Os sacerdotes e os líderes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” A resposta veio prontamente: 'Nunca homem algum falou como este homem'”. ST 23 de julho de 1896, par. 3 – Tradução Livre
“Os fariseus, ao chegarem à presença de Cristo, sentiram toda essa reverência, todas essas convicções; suas mentes e corações ficaram profundamente comovidos. Com um poder quase irresistível, foi-lhes imposta a convicção de que “nunca homem algum falou como este homem”. Se eles tivessem cedido à influência do Espírito, teriam recebido Jesus e teriam avançado da luz para uma luz maior; mas eles envolveram suas vestes de justiça própria e pisotearam as convicções da consciência. Os fariseus responderam aos oficiais com desdém e desprezo: “Também vós vos enganais? Porventura creram Nele alguns dos príncipes ou dos fariseus? Mas este povo, que não conhece a lei, é maldito.” Aqui estava alguém que era o próprio alicerce das cerimônias judaicas, alguém que fez a lei, alguém que no Monte Sinai proclamou a lei, alguém que conhecia cada fase e princípio da lei. Mas não foi reconhecido pelos líderes de Israel. ST 23 de julho de 1896, par. 5 – Tradução Livre
“Nicodemos, que foi a Cristo à noite, recebeu luz. As lições de Cristo eram como sementes lançadas no coração, para brotar e dar frutos. Foi acesa uma luz que aumentaria e brilharia mais e mais até o dia perfeito. As palavras de Nicodemos tiveram peso entre os líderes e fariseus, pois ele era o principal líder do povo e ocupava uma posição de destaque no Sinédrio. Ele disse: “Porventura a nossa lei julga alguém, antes de o ouvir e de saber o que faz?” Eles lhe responderam com amarga zombaria: “És tu também da Galileia? Examina, e vê, porque da Galileia não saiu profeta algum”. Será que ele não estava examinando as profecias? Será que ele não tinha ouvido o próprio Cristo? Ele poderia ter testemunhado, juntamente com os oficiais enviados para prender Jesus: “Nunca homem algum falou como este homem”. A lição dada naquela noite a Nicodemos foi para ele como uma luz que brilha em um lugar escuro até o dia amanhecer e a estrela do dia surgir no coração. Quem foram os enganados? - Os homens que abafaram a convicção, que desviaram os ouvidos de ouvir a verdade e se voltaram para as fábulas.” ST 23 de julho de 1896, par. 6 – Tradução Livre