"E Moisés disse ao povo: Não temais, aquietai-vos e vede a salvação do SENHOR, que ele hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vistes, nunca mais tornareis a ver. O SENHOR lutará por vós, e tereis vossa paz." BKJ - Êxodo 14:13, 14
“‘Então disse o Senhor a Moisés: por que clamas a Mim? dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.’ PP 199.3
“O salmista, descrevendo a passagem do mar por Israel, cantou: “Pelo mar foi Teu caminho, e Tuas veredas pelas grandes águas; e as Tuas pegadas não se conheceram. Guiaste o Teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão”. Salmos 77:19, 20. Estendendo Moisés a vara, as águas se dividiram, e Israel entrou para o meio do mar, pisando em terra enxuta, enquanto as águas ficavam de cada lado como um muro. A luz da coluna de fogo de Deus resplandecia nas ondas encimadas de espuma e iluminava o caminho que era talhado como um sulco enorme através das águas do mar, e se perdia na obscuridade da praia oposta. PP 199.4
"Desperta, desperta, ganhe força, ó braço do SENHOR. Desperta, como nos dias antigos, nas gerações dos tempos antigos. Não és tu aquele que cortou Raabe e feriu o monstro marinho? Não és tu aquele que tem secado o mar, as águas do grande abismo; que tem feito das profundezas do mar um caminho para os resgatados atravessarem? BKJ - Isaías 51:9, 10
Quão ilógico seria Deus tentar acordar a Si mesmo, como se Ele, ou Seu próprio braço, estivesse dormindo! Este versículo mostra que Ele chama o Movimento do Êxodo de Seu braço. Com razão, pois Deus realiza Sua obra por meio de Seus servos. Seus servos, portanto, são Seu braço, e eles julgarão (governarão) o povo, e o povo confiará neles.
Leia Êxodo 12:31-36. Que pedido estranho o Faraó fez e por que, mesmo dando permissão para que todos saíssem?
“Agora, estando aquele seu orgulho, que afrontava aos Céus, humilhado até o pó, “chamou a Moisés e Arão, de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide, e abençoai-me também a mim”. Os conselheiros do rei igualmente, e o povo, rogavam aos israelitas que partissem, “apressando-se para lançá-los da terra; porque diziam: Todos seremos mortos”. PP
“As maravilhosas providências relacionadas com o libertamento de Israel do cativeiro egípcio e com sua posse da terra prometida, tinham levado muitos dos pagãos a reconhecerem o Deus de Israel como o Supremo Dominador. “Os egípcios saberão”, tinha sido a promessa, “que Eu sou o Senhor, quando estender a Minha mão sobre o Egito, e tirar os filhos de Israel do meio deles”. Êxodo 7:5. Até mesmo o orgulhoso Faraó foi constrangido a reconhecer o poder de Jeová. “Ide, servi ao Senhor”, suplicou ele a Moisés e Arão, “e abençoai-me também a mim”. Êxodo 12:31, 32. PP 190.2
“Ao avançarem as multidões de Israel verificaram que o conhecimento das poderosas obras do Deus dos hebreus tinha-os precedido, e que alguns entre os pagãos tinham conhecimento de que Ele era o verdadeiro Deus. Na ímpia Jericó o testemunho de uma mulher pagã foi: “O Senhor vosso Deus é Deus em cima nos Céus, e embaixo na Terra”. Josué 2:11. O conhecimento de Jeová que assim tinha vindo a ela, provou ser sua salvação. Pela fé “Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos”. Hebreus 11:31. E sua conversão não foi um caso isolado da misericórdia de Deus para com os idólatras que reconheceram Sua divina autoridade. No meio da terra um povo numeroso — os gibeonitas — renunciou ao seu paganismo, unindo-se com Israel e partilhando as bênçãos do concerto.” PR 190.3
Leia Êxodo 13:1-16. Os primogênitos israelitas foram poupados, pela graça de Deus, durante a praga final. Por que o Senhor deu essa ordem e o que ela significa para nós hoje?
“Em comemoração a este grande livramento, uma festa devia ser observada anualmente pelo povo de Israel, em todas as gerações futuras. “Este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” Ao observarem esta festa nos anos futuros, deviam repetir aos filhos a história deste grande livramento, conforme lhes ordenou Moisés: “Direis: Este é o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.” Ademais, os primogênitos tanto de homens como de animais deviam ser do Senhor, podendo ser reavidos apenas por meio de resgate, em reconhecimento de que, quando os primogênitos do Egito pereceram, os de Israel, se bem que graciosamente preservados, estiveram, com justiça, expostos à mesma sorte se não fora o sacrifício expiatório. “Todo o primogênito Meu é”, declarou o Senhor; “desde o dia em que feri a todo o primogênito na terra do Egito, santifiquei para Mim todo o primogênito em Israel, desde o homem até ao animal: Meus serão”. Números 3:13. Depois da instituição do culto do tabernáculo, o Senhor escolheu para Si a tribo de Levi para a obra do santuário, em lugar dos primogênitos do povo. “Eles, do meio dos filhos de Israel, Me são dados”, disse Ele. “Em lugar [...] do primogênito de cada um dos filhos de Israel, para Mim os tenho tomado”. Números 8:16. Exigia-se ainda, entretanto, de todo o povo, em reconhecimento da misericórdia de Deus, pagar certo valor pelo resgate do filho primogênito. Números 18:15, 16. PP 192.2
Moisés havia proclamado em toda a terra que, em cada morada onde não fosse encontrado sangue na ombreira da porta, naquela mesma noite, o primogênito de cada uma dessas moradas morreria.
Aqueles que desobedeceram à ordem divina estavam, no dia seguinte, ocupados lamentando e enterrando seus mortos, enquanto os que obedeceram ao mandamento marchavam alegremente e com ordem para fora das cidades. Sim, apenas aqueles que foram capazes de obedecer foram libertos da escravidão. Portanto, é necessário que aprendamos a obedecer se quisermos receber o selo de Deus em nossas testas.
“Quando Deus estava prestes a exterminar os primogênitos do Egito, Ele ordenou aos israelitas que recolhessem os seus filhos espalhados entre os egípcios e os reunissem em suas próprias casas e assinalassem com sangue os umbrais de suas portas, para que o anjo destruidor ao passar visse o sangue e passasse por alto essa casa. Era trabalho dos pais reunir os filhos. Este é seu trabalho, é meu trabalho, é o trabalho de cada mãe que crê na verdade. O anjo deve pôr um sinal na testa de todos os que estão separados do pecado e dos pecadores, e o anjo destruidor virá a seguir, para exterminar por completo tanto adultos como jovens. T5 505.2
Leia Êxodo 13:17-22; 14:1-12. Como Deus guiou os israelitas quando eles deixaram o Egito, e o que aconteceu depois?
“Com os lombos cingidos, sapatos nos pés, e cajado à mão, o povo de Israel permanecera em pé, silenciosos, com respeitoso temor, mas expectantes, aguardando o mandado real que lhes ordenaria saíssem. Antes que a manhã raiasse, estavam a caminho. Durante as pragas, quando a manifestação do poder de Deus acendera a fé no coração dos escravos, e lançara o terror sobre seus opressores, os israelitas gradualmente se haviam reunido em Gósen; e, apesar da precipitação da sua fuga, algumas disposições já haviam sido tomadas para a necessária organização e direção das multidões em movimento, sendo estas divididas em grupos, sob dirigentes designados para isso.” PP 196.1
“O povo levou também consigo “ovelhas, e vacas, e uma grande quantidade de gado”. Isto era propriedade dos israelitas, que nunca venderam suas posses ao rei, como fizeram os egípcios. Jacó e seus filhos haviam trazido consigo rebanhos e gado para o Egito, onde tinham aumentado grandemente. Antes de deixar essa terra, o povo, por instrução de Moisés, exigiu uma recompensa pelo seu trabalho que não fora pago; e os egípcios estavam por demais desejosos de se livrarem da presença deles para que lho recusassem. Os cativos saíram carregados dos despojos de seus opressores.” PP 196.3
“Através de um caminho assustador e semelhante a um deserto, jornadeavam eles. Já começavam a considerar para onde sua marcha os iria levar; estavam tornando-se cansados com o caminho dificultoso, e em alguns corações começou a surgir receio de perseguição pelos egípcios. Mas a nuvem ia adiante, e a seguiam. E agora determinou o Senhor a Moisés passar ao lado de um desfiladeiro rochoso, e acampar-se junto do mar. Foi-lhe revelado que Faraó os perseguiria, mas que Deus seria honrado em seu livramento.” PP 197.4
“Os hebreus estavam acampados ao lado do mar, cujas águas apresentavam uma barreira aparentemente intransponível diante deles, enquanto, ao Sul, uma áspera montanha lhes obstruía o avançamento. Subitamente viram a distância a armadura luzente e os carros a moverem-se, pressagiando a guarda avançada de um grande exército. Aproximando-se a força, os exércitos do Egito logo foram vistos em plena perseguição. O terror encheu os corações de Israel. Alguns clamavam ao Senhor, mas a grande maioria ia apressadamente a Moisés com suas queixas: ‘Não havia sepulcros no Egito, para nos tirares de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, que nos tens tirado do Egito? Não é esta a palavra que te temos falado no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? pois que melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto’”. Êxodo 14:10-22. PP 198.3
Leia Êxodo 14:13-31. Apesar da falta de fé, o que Deus fez pelos filhos de Israel?
“Moisés ficou grandemente perturbado por seu povo manifestar tão pouca fé em Deus, apesar de terem repetidamente testemunhado a manifestação de Seu poder em favor deles. Como poderiam acusá-lo dos perigos e dificuldades de sua situação, quando ele havia seguido o mando expresso de Deus? Na verdade, não havia possibilidade de salvamento, a menos que o próprio Deus interviesse para os livrar; mas, tendo sido levados àquela situação em obediência à instrução divina, Moisés não tinha receio das conseqüências. Sua resposta calma e afirmativa ao povo foi: ‘Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis.’” PP 198.4
“Agora, porém, que o exército egípcio se aproximava, esperando deles fazer fácil presa, a coluna de nuvem levantou-se majestosamente para o céu, passou sobre os israelitas, e desceu entre eles e os exércitos do Egito. Um muro de trevas se interpôs entre perseguidos e perseguidores. Os egípcios não mais puderam divisar o acampamento dos hebreus, e foram obrigados a parar. Mas, intensificando-se as trevas da noite, o muro de nuvem se tornou uma grande luz para os hebreus, inundando o acampamento todo de claridade. PP 199.2
“Então a esperança voltou aos corações de Israel. E Moisés alçou a voz ao Senhor. ‘Então disse o Senhor a Moisés: por que clamas a Mim? dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.’” PP 199.3
“‘Os egípcios seguiram-nos e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até o meio do mar. E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o Senhor, na coluna do fogo e da nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvorotou o campo dos egípcios’. Êxodo 14:23, 24. A nuvem misteriosa transformou-se em uma coluna de fogo ante seus olhos espavoridos. Os trovões ribombaram, chamejaram os relâmpagos. “Grossas nuvens se desfizeram em água; os céus retumbaram; as Tuas flechas correram de uma para outra parte. A voz do Teu trovão repercutiu-se nos ares; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu”. Salmos 77:17, 18. PP 199.5
“Os egípcios ficaram tomados de confusão e espanto. Em meio da fúria dos elementos, na qual ouviam a voz de um Deus irado, esforçaram-se por voltar pelo mesmo caminho, e fugir para a praia que haviam deixado. Moisés, porém, estendeu a vara, e as águas acumuladas, sibilando, rugindo, e ávidas de sua presa, uniram-se violentamente, e tragaram o exército egípcio em suas negras profundidades.” PP 199.6
Leia Êxodo 15:1-21. Qual é o conteúdo do cântico de Moisés?
“O Senhor operou maravilhosamente pela salvação de Seu povo. Criou uma via de escape no meio do Mar Vermelho. As águas empilharam-se como um sólido muro, e se abriu uma senda de libertação para as hostes de Israel que seguiam a liderança de Moisés. CT 112.4
“Em perseguição a Israel, os vastos exércitos do Egito aventuraram-se a atravessar o mar pelo mesmo caminho. Uma negra nuvem estava diante deles, mas ainda assim avançaram. Quando o exército inteiro — “todos os cavalos de Faraó, seus carros e cavalarianos” (Êxodo 14:23) — estavam no próprio leito do mar, disse o Senhor a Moisés: “Estende a mão sobre o mar.” Êxodo 14:26. Israel havia passado em terra seca, mas ouviam os brados dos exércitos em perseguição. Ao estender Moisés a mão sobre o mar, as águas acumuladas que haviam ficado como um grande muro, voltaram ao seu curso natural. De todos os homens do Egito, naquele vasto exército, nem um sequer escapou. Pereceram todos, em sua determinação de seguir seu próprio caminho, recusando o caminho de Deus. Aquela ocasião foi o fim de seu tempo de graça.” CT 112.6
“Quando rompeu a manhã, esta revelou às multidões de Israel tudo que restava do seu poderoso adversário: os corpos, vestidos de malha, arremessados à praia. Do mais terrível perigo restara um completo livramento. Aquela vasta e indefesa multidão — escravos não acostumados à batalha, mulheres, crianças e gado, com o mar diante de si, e os poderosos exércitos do Egito fazendo pressão na retaguarda — vira seu caminho aberto através das águas e os inimigos submersos no momento do esperado triunfo. Apenas Jeová lhes trouxera livramento, e para Ele volveram os corações com gratidão e fé. Sua emoção encontrou expressão em cânticos de louvor. O Espírito de Deus repousou sobre Moisés, que dirigiu o povo em uma antífona triunfante de ações de graças, a primeira e uma das mais sublimes que pelo homem são conhecidas.” PP 200.1
“Semelhante à voz do grande abismo, surgiu das vastas hostes de Israel aquela sublime tributação de louvor. Deram-lhe início as mulheres de Israel, indo à frente Miriã, irmã de Moisés, ao saírem elas com tamboril e danças. Longe, por sobre o deserto e o mar, repercutia o festivo estribilho, e as montanhas ecoavam as palavras de seu louvor: “Cantai ao Senhor, porque sumamente Se exaltou”. PP 200.13
“Esse cântico e o grande livramento que ele comemora, produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testificando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam. Aquele cântico não pertence ao povo judeu unicamente. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que “saíram vitoriosos”, em pé sobre o “mar de vidro misturado com fogo”, tendo as “harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”. Apocalipse 15:2, 3.” PP 201.1
Deus, em Sua sabedoria, trouxe Israel ao Mar Vermelho para seu próprio bem, e embora não pudessem vê-lo à Sua maneira, Ele não obstante, por causa do Seu Nome dividiu o mar, levou-os a salvo, e ao mesmo tempo, pelo mesmo milagre, destruiu os inimigos deles!
Se Moisés tivesse duvidado do poder e da liderança de Deus tanto quanto o povo que estava com ele, que efeito teria tido sua vara ao golpear o mar? Nenhum. Se o julgamento do Infinito fosse igual ao julgamento do finito, então o exército de Faraó teria matado ou escravizado novamente Israel.
Suas poderosas libertações deveriam, portanto, estabelecer para sempre nossa confiança em Deus, e deveriam permanecer como memoriais eternos de que a sabedoria dos homens é loucura para com Deus, e que a fé nEle realmente remove montanhas e mares, também.
Não obstante esses exemplos, os homens ainda esperam que Deus aja de acordo com o julgamento deles, e é por isso que às vezes Ele usa crianças em Sua obra em vez de homens sábios e prudentes.
A multidão hebraica sabia muito bem que estava sendo conduzida até o mar, seguindo a nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite. Ainda assim, nenhuma dessas maravilhas parece ter deixado uma impressão duradoura neles. Existe o perigo de que nós também esqueçamos o caminho pelo qual o Senhor nos conduziu.
Hoje, assim como nos dias de Moisés, muitos estão repetindo os pecados daquele povo: Alguns estão em chamas em um dia e congelados no outro. Outros louvam a Deus aos gritos enquanto seu navio navega suavemente, mas quando o mar se agita e as ondas começam a bater contra eles, só enxergam um homem no leme e, em vez de esperar que Deus acalme o mar, começam a procurar um local para pular fora. Outros ainda tentam constantemente se promover por meio de críticas contínuas contra aqueles que carregam todo o peso da carga. Assim é que deve haver entre nós hoje — duvidadores antítipos, reclamadores, caçadores de cargos e críticos, que admitem uma grande verdade num dia e a esquecem no seguinte — ainda assim esperam ser selados com o selo de Deus e estar com o Cordeiro no Monte Sião!