
"E não houve dia como aquele antes ou depois, em que o SENHOR atentou para a voz de um homem, pois o SENHOR lutou por Israel." BKJ – Josué 10:14
“Deus não deseja a destruição de ninguém. “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis?” Ezequiel 33:11. Durante todo o período da graça Seu Espírito insta com os homens para que aceitem o dom da vida. Somente os que Lhe rejeitam a intercessão serão deixados a perecer. Deus declarou que o pecado precisa ser destruído como um mal nocivo ao Universo. Os que se atêm ao pecado hão de perecer na destruição do mesmo. PJ 60.3
“O Senhor é considerado cruel por muitos por requerer de Seu povo que fizesse guerra com outras nações. Dizem estar isto em contradição com Seu caráter benévolo. Aquele, porém, que fez o mundo, e formou o homem para habitar na Terra, tem ilimitado domínio sobre todas as obras de Suas mãos, e tem o direito de fazer segundo Lhe apraz, e o que Lhe apraz com a obra de Suas mãos. O homem não tem o direito de dizer a Seu Criador: Por que fazes assim? Não há injustiça em Seu caráter. Ele é o governador do mundo, e grande parte de Seus súditos rebelaram-se contra Sua autoridade, e pisaram Sua lei. Ele lhes outorgou bênçãos liberais, e circundou-os de tudo quanto é necessário, e todavia, curvaram-se diante de imagens de pau e de pedra, de prata e de ouro, feitas por suas próprias mãos. Ensinam a seus filhos que esses são os deuses que lhes dão a vida e a saúde, e fazem frutíferas suas terras, e lhes dão riquezas e honra. Zombam do Deus de Israel. Desprezam Seu povo, porque suas obras são justas. “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras.” Salmos 14:1. Deus os suportou até que encheram a medida de sua iniqüidade, e então trouxe sobre eles rápida destruição. Usou Seu povo como instrumento de Sua ira, para punir as nações ímpias, que os haviam afligido, e seduzido à idolatria.” ME2 333.1
Leia Josué 5:13-15. O que esse texto diz sobre o contexto da conquista de Canaã?
“Uma das mais poderosas fortalezas da Terra — a grande e rica cidade de Jericó — encontrava-se precisamente diante deles, a pouca distância apenas de seu acampamento em Gilgal. Nas bordas de uma planície fértil, abundante de ricas e variadas produções tropicais, com seus palácios e templos como habitação de luxo e do vício, apresentava esta orgulhosa cidade, por trás de suas sólidas muralhas, desafio ao Deus de Israel. Jericó era uma das principais sedes do culto idólatra, sendo dedicada especialmente a Astarote, a deusa da Lua. Ali se centralizava tudo que era mais vil e degradante na religião dos cananeus. O povo de Israel, em cuja mente se achavam frescas as lembranças dos resultados terríveis de seu pecado em Bete-Peor, apenas poderia olhar para esta cidade gentílica com repugnância e horror. PP 356.2
“Submeter Jericó era considerado por Josué o primeiro passo na conquista de Canaã. Mas antes de tudo procurou certeza de guia divina; e esta lhe foi concedida. Retirando-se do acampamento a fim de meditar e orar para que o Deus de Israel fosse adiante de Seu povo, viu um guerreiro armado, de grande estatura e presença imponente, “que tinha na mão uma espada nua.” À intimação de Josué: “És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos?” deu-se esta resposta: “Venho agora como Príncipe do Senhor.” A mesma ordem dada a Moisés em Horebe: “Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo” (Josué 5:13-15), revelou o verdadeiro caráter do estranho misterioso. Era Cristo, o exaltado Ser, que estava em pé diante do chefe de Israel. Tomado de assombro, Josué caiu sobre seu rosto e adorou; e ouviu esta segurança: “Tenho dado na tua mão a Jericó e ao seu rei, os seus valentes e valorosos” (Josué 6:2); e recebeu instruções para a tomada da cidade. PP 356.3
Compare Josué 5:14, 15 com 2 Reis 6:8-17; Neemias 9:6 e Isaías 37:16. Quem é o Príncipe do exército do Senhor?
“Obediência a toda palavra de Deus é outra condição de sucesso. As vitórias não são alcançadas por meio de cerimônias ou ostentação, mas mediante a simples obediência ao mais exaltado General, o Senhor Deus do Céu. Aquele que confia nesse Líder jamais conhecerá a derrota. Esta vem em conseqüência da confiança em métodos e planos do homem, deixando o divino em segundo lugar. Obediência era a lição que o Capitão dos exércitos do Senhor procurou ensinar ao extenso exército de Israel — obediência mesmo naquilo em que não podiam ver nenhum sucesso. Quando houver obediência à voz de nosso Líder, Cristo conduzirá Suas batalhas de tal modo que surpreenderá os maiores poderes da Terra. T6 140.1
Josué entendeu que aquela batalha era parte de um conflito muito maior. O que sabemos sobre o grande conflito no qual o próprio Deus está envolvido? Ap 12:7-9; Is 14:12-14; Ez 28:11-19; Dn 10:12-14
“Lúcifer estava invejoso e enciumado de Jesus Cristo. Todavia, quando todos os anjos se curvaram ante Jesus reconhecendo Sua supremacia e alta autoridade e direito de governar, ele curvou-se com eles, mas seu coração estava cheio de inveja e rancor. Cristo tinha sido introduzido no especial conselho de Deus na consideração de Seus planos, enquanto Lúcifer não participara deles. Ele não compreendia, nem lhe fora permitido conhecer, os propósitos de Deus. Mas, Cristo era reconhecido como o soberano do Céu, Seu poder e autoridade eram os mesmos de Deus. Lúcifer pensou em si mesmo como o favorito entre os anjos no Céu. Tinha sido grandemente exaltado, mas isto não despertou nele louvor e gratidão ao seu Criador. Aspirava à altura do próprio Deus. Gloriava-se na sua altivez. Sabia que era honrado pelos anjos. Tinha uma missão especial a executar. Tinha estado perto do grande Criador e o resplendor incessante da gloriosa luz que cercava o eterno Deus tinha brilhado especialmente sobre ele. Pensava como os anjos tinham obedecido a seu comando com prazeroso entusiasmo. Não era seu vestuário belo e brilhante? Por que devia Cristo ser assim honrado ante ele? HR 14.1
“Ele deixou a imediata presença do Pai, insatisfeito e cheio de inveja contra Jesus Cristo. Dissimulando seu real propósito, convocou as hostes angélicas. Introduziu seu assunto, que era ele mesmo. Como alguém agravado, relatou a preferência que Deus dera a Jesus em prejuízo dele. Contou que dali em diante toda a doce liberdade que os anjos tinham gozado estava no fim. Pois não havia sido posto sobre eles um governador, a quem deviam de agora em diante render honra servil? Declarou que os tinha reunido para assegurar-lhes que ele não mais se submeteria à invasão dos direitos seus e deles; que nunca mais ele se prostraria ante Cristo; que assumiria a honra que lhe devia ter sido conferida e que seria o comandante de todos aqueles que se submetessem a segui-lo e obedecer a sua voz. HR 14.2
“Houve controvérsia entre os anjos. Lúcifer e seus simpatizantes porfiavam por reformar o governo de Deus. Estavam descontentes e infelizes porque não podiam perscrutar Sua insondável sabedoria e averiguar o Seu propósito em exaltar Seu Filho e dotá-Lo com tal ilimitado poder e comando. Rebelaram-se contra a autoridade do Filho. HR 15.1
“Então houve guerra no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe do Céu, e Seus anjos leais empenharam-se num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O Filho de Deus e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. Toda a hoste celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça. Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no Céu. Tudo voltara a ser paz e harmonia como antes. Os anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no Céu.” HR 19.1
Você reconhece essa descrição como a de Lúcifer; no entanto, a profecia dirige-se ao príncipe de Tiro, assim como Isaías 14 associou o rei da Babilônia a Lúcifer. Devemos, portanto, entender que tanto “Tiro” quanto “Babilônia” são estimulados por Satanás e foram criados para realizar na Terra a mesma obra iníqua que ele realizou originalmente no céu. Mas aqui se nos diz que a derrota de Satanás nessas empreitadas será completa e vergonhosa.
“Enquanto Satanás estava procurando influenciar as mais altas autoridades no reino da Medo-Pérsia para que não mostrassem favor ao povo de Deus, anjos trabalhavam no interesse dos exilados. Era uma controvérsia na qual todo o Céu estava interessado. Por intermédio do profeta Daniel é-nos dado um lampejo desta poderosa luta entre as forças do bem e as do mal. Durante três semanas Gabriel se empenhou em luta com os poderes das trevas, procurando conter as influências em operação na mente de Ciro; e antes que a contenda terminasse, o próprio Cristo veio em auxílio de Gabriel.” PR 290.3
Leia Êxodo 2:23-25; 12:12, 13; 15:3-11. O que significa dizer que Deus é um guerreiro?
“Esse cântico e o grande livramento que ele comemora, produziram uma impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De século em século era repercutido pelos profetas e cantores de Israel, testificando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam. Aquele cântico não pertence ao povo judeu unicamente. Ele aponta, no futuro, a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que “saíram vitoriosos”, em pé sobre o “mar de vidro misturado com fogo”, tendo as “harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”. Apocalipse 15:2, 3. PP 201.1
“Por amor dos poucos que são leais, cuja felicidade estava exposta à sediciosa influência dos membros rebeldes de sua casa, ele separa da família os filhos insubmissos, ao passo que busca, ao mesmo tempo, levar para mais perto de si os restantes fiéis e leais. Todos honrariam o modo sábio e justo de proceder de tal pai, castigando mui severamente seus filhos insubmissos e rebeldes. ME2 334.2
“Assim tem Deus tratado a Seus filhos. Em sua cegueira, porém, o homem passa por alto as abominações dos ímpios, e deixa despercebida a contínua ingratidão e rebelião e os pecados que desafiam ao Céu, daqueles que espezinham a lei de Deus e afrontam Sua autoridade. E não param aí, mas exultam em subverter Seu povo, e influenciá-los por seus ardis a transgredir e mostrar franco desprezo pelas sábias ordenações de Jeová. ME2 334.3
“Alguns só podem ver a destruição dos inimigos de Deus, que se lhes afigura desapiedada e severa. Não olham o outro lado. Demos, porém, contínuas graças por não ser o homem instável, impulsivo, com toda a sua alardeada benevolência, o que dispõe e controla os acontecimentos. “As misericórdias dos ímpios são cruéis.” Provérbios 12:10. — Spiritual Gifts 4:49-52. ME2 334.4
“Antes do cair da noite, a promessa de Deus a Josué fora cumprida. Toda a hoste do inimigo havia sido entregue em sua mão. Por longo tempo deviam os eventos daquele dia ficar na memória de Israel. “Não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor assim a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel.” “O Sol e a Lua pararam nas suas moradas; andaram à luz das Tuas flechas, ao resplendor do relâmpago da Tua lança. Com indignação marchaste pela terra, com ira trilhaste as nações. Tu saíste para salvamento do Teu povo”. Habacuque 3:11-13. PP 371.1
De acordo com Êxodo 14:13, 14, 25, qual era o plano original e ideal de Deus a respeito do envolvimento dos israelitas na guerra?
“Na verdade, não havia possibilidade de salvamento, a menos que o próprio Deus interviesse para os livrar; mas, tendo sido levados àquela situação em obediência à instrução divina, Moisés não tinha receio das conseqüências. Sua resposta calma e afirmativa ao povo foi: ‘Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis.’” PP 198.4
“Agora, porém, que o exército egípcio se aproximava, esperando deles fazer fácil presa, a coluna de nuvem levantou-se majestosamente para o céu, passou sobre os israelitas, e desceu entre eles e os exércitos do Egito. Um muro de trevas se interpôs entre perseguidos e perseguidores. Os egípcios não mais puderam divisar o acampamento dos hebreus, e foram obrigados a parar. Mas, intensificando-se as trevas da noite, o muro de nuvem se tornou uma grande luz para os hebreus, inundando o acampamento todo de claridade. PP 199.2
“Então a esperança voltou aos corações de Israel. E Moisés alçou a voz ao Senhor. “Então disse o Senhor a Moisés: por que clamas a Mim? dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.” PP 199.3
“O salmista, descrevendo a passagem do mar por Israel, cantou: “Pelo mar foi Teu caminho, e Tuas veredas pelas grandes águas; e as Tuas pegadas não se conheceram. Guiaste o Teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão”. Salmos 77:19, 20. Estendendo Moisés a vara, as águas se dividiram, e Israel entrou para o meio do mar, pisando em terra enxuta, enquanto as águas ficavam de cada lado como um muro. A luz da coluna de fogo de Deus resplandecia nas ondas encimadas de espuma e iluminava o caminho que era talhado como um sulco enorme através das águas do mar, e se perdia na obscuridade da praia oposta. PP 199.4
“‘Os egípcios seguiram-nos e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até o meio do mar. E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o Senhor, na coluna do fogo e da nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvorotou o campo dos egípcios’. Êxodo 14:23, 24. A nuvem misteriosa transformou-se em uma coluna de fogo ante seus olhos espavoridos. Os trovões ribombaram, chamejaram os relâmpagos. “Grossas nuvens se desfizeram em água; os céus retumbaram; as Tuas flechas correram de uma para outra parte. A voz do Teu trovão repercutiu-se nos ares; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu”. Salmos 77:17, 18. PP 199.5
“Os egípcios ficaram tomados de confusão e espanto. Em meio da fúria dos elementos, na qual ouviam a voz de um Deus irado, esforçaram-se por voltar pelo mesmo caminho, e fugir para a praia que haviam deixado. Moisés, porém, estendeu a vara, e as águas acumuladas, sibilando, rugindo, e ávidas de sua presa, uniram-se violentamente, e tragaram o exército egípcio em suas negras profundidades.” PP 199.6
Leia Êxodo 17:7-13; Josué 6:15-20. Que similaridades você encontra entre essas duas narrativas de guerra? E quais são as diferenças?
“Moisés ergueu as mãos na direção do Céu, com a vara de Deus na mão direita, suplicando a ajuda de Deus. Então Israel prevaleceu e afugentou seus inimigos. Quando Moisés baixou as mãos, viu-se que Israel logo perdeu tudo que havia ganho, e estava sendo vencido pelo inimigo. Moisés de novo ergueu as mãos na direção do Céu, e Israel prevaleceu, e o inimigo foi feito recuar. 3SG 258.1. HR 133.2
“Este ato de Moisés, estendendo as mãos para Deus, devia ensinar a Israel que enquanto pusessem em Deus sua confiança e se apegassem a Sua força e exaltassem o Seu trono, Ele lutaria por eles e subjugaria seus inimigos. Contudo, quando perdessem a confiança em Seu poder e confiassem em sua própria força, seriam mesmo mais fracos do que seus inimigos, que não tinham o conhecimento de Deus, e estes haviam de prevalecer sobre eles. Então “Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo ao fio de espada. “Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isso para memória num livro, e repete-o a Josué; porque Eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu. E Moisés edificou um altar, e lhe chamou: O Senhor é minha bandeira. E disse: Portanto, o Senhor jurou, haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração.” Se os filhos de Israel não tivessem murmurado contra o Senhor, Ele não teria permitido que seus inimigos fizessem guerra com eles.” 3SG 258.2. HR 134.1
“Deus tencionava mostrar aos israelitas que a conquista de Canaã não devia ser atribuída a eles. O Príncipe do exército do Senhor venceu Jericó. Ele e Seus anjos estavam empenhados na conquista. Cristo ordenou ao exército celestial que deitasse abaixo os muros de Jericó e preparasse uma entrada para Josué e o exército de Israel. Deus, neste maravilhoso milagre, não apenas fortaleceu a fé de Seu povo no Seu poder de subjugar os inimigos, mas repreendeu sua anterior incredulidade. 4aSG 64.1. HR 181.1
“Jericó desafiara o exército de Israel e o Deus do Céu. Quando contemplaram a hoste de Israel marchando ao redor da cidade uma vez por dia, ficaram alarmados; porém olharam para suas fortes defesas, seus firmes e altos muros, e se sentiram seguros de que resistiriam a qualquer ataque. Entretanto, quando seus firmes muros subitamente tremeram, e caíram com estrépito ensurdecedor, à semelhança do estampido de ruidoso trovão, ficaram paralisados de terror e não puderam oferecer resistência alguma.” 4aSG 64.2. HR 181.2
“O decreto de que Israel não deveria entrar em Canaã antes de passarem quarenta anos, foi um amargo desapontamento para Moisés e Arão, Calebe e Josué; todavia, sem murmurar, aceitaram a decisão divina. Mas aqueles que estiveram a queixar-se do trato de Deus para com eles, e a declarar que voltariam ao Egito, choraram e lamentaram grandemente quando as bênçãos que desprezaram lhes foram tiradas. Haviam-se queixado de coisas irreais, e agora Deus lhes deu motivo para chorar. Houvessem deplorado o seu pecado, quando este se lhes apresentou lealmente, não teria sido pronunciada aquela sentença; mas lamentavam pelo motivo do juízo; sua tristeza não era arrependimento, e não poderia obter a revogação da sentença. PP 283.1
“Passaram a noite em lamentação; porém, com a manhã veio a esperança. Resolveram reparar sua covardia. Quando Deus lhes mandara subir e tomar a terra, tinham-se recusado; e agora que lhes determinava retroceder estavam igualmente rebeldes. Decidiram-se a tomar a terra e possuí-la; poderia ser que Deus lhes aceitasse o trabalho, e modificasse Seu propósito em relação a eles. PP 283.2
“Deus tornara privilégio e dever deles entrar na terra no tempo por Ele designado; mas, pela sua voluntariosa negligência, fora retirada aquela permissão. Satanás conseguira seu objetivo impedindo-os de entrar em Canaã; e agora, em face da proibição divina, insistia com eles para que fizessem a mesma coisa que se haviam recusado a fazer quando Deus a ordenara. Assim o grande enganador alcançou a vitória, levando-os à rebelião pela segunda vez. Não haviam confiado no poder de Deus a operar juntamente com seus esforços ao se apoderarem eles de Canaã; todavia contavam agora com sua própria força para efetuarem o trabalho independente do auxílio divino. “Pecamos contra o Senhor”, exclamaram; “nós subiremos e pelejaremos, conforme a tudo o que nos ordenou o Senhor nosso Deus”. Deuteronômio 1:41. Tão terrivelmente cegos ficaram eles pela transgressão. O Senhor nunca lhes mandara “subir e pelejar”. Não era Seu propósito que adquirissem a terra pela guerra, mas pela obediência estrita às Suas ordens.” PP 283.3