"E disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que falei a vós do céu. Não fareis comigo deuses de prata, nem fareis para vós deuses de ouro." BKJ - Êxodo 20:22, 23
“O Senhor ordena pelo mesmo profeta: “Liga o testemunho, sela a lei entre os Meus discípulos.” Isaías 8:16. O selo da lei de Deus se encontra no quarto mandamento. Unicamente este, entre todos os dez, apresenta não só o nome mas o título do Legislador. Declara ser Ele o Criador dos céus e da Terra, e mostra, assim, o Seu direito à reverência e culto, acima de todos. Afora este preceito, nada há no decálogo para mostrar por que autoridade a lei é dada. Quando o sábado foi mudado pelo poder papal, o selo foi tirado da lei. Os discípulos de Jesus são chamados para que o restabeleçam, exaltando o sábado do quarto mandamento à sua devida posição como monumento do Criador e sinal de Sua autoridade. GC 452.1
“‘À Lei e ao Testemunho!’ Ao mesmo tempo em que são abundantes as doutrinas e teorias contraditórias entre si, a lei de Deus, é a única regra infalível pela qual todas as opiniões, doutrinas e teorias devem ser provadas. Diz o profeta: ‘Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.’ Isaías 8:20. GC 452.2
Leia Êxodo 21:1-32. Quais regulamentos específicos foram dados a respeito de escravos hebreus, homicídio e lesões corporais?
“Para que pudessem os deveres expressos no Decálogo ser entendidos e impostos mais plenamente, deram-se preceitos adicionais, ilustrando os princípios dos Dez Mandamentos e dando-lhes aplicação.” PP 218.5
“A primeira destas leis referia-se aos servos. Nos tempos antigos, os criminosos eram algumas vezes vendidos como escravos pelos juízes; nalguns casos os devedores eram vendidos pelos seus credores; e a pobreza levava mesmo pessoas a vender a si ou a seus filhos. Um hebreu, porém, não podia ser vendido como escravo para toda a vida. Seu prazo de serviço limitava-se a seis anos; no sétimo deveria ser posto em liberdade. O furto de homens, o assassínio premeditado, e a rebelião contra a autoridade paterna, eram punidos com a morte. Era permitida a manutenção de escravos que não fossem israelitas de nascimento, mas sua vida e pessoa eram estritamente guardadas. O assassino de um escravo devia ser castigado; um agravo infligido a um deles pelo seu senhor, ainda que fosse a perda de um dente, dava o direito à liberdade. PP 219.1
“Os próprios israelitas tinham sido recentemente escravos, e agora que iam ter servos sob suas ordens, deviam guardar-se de alimentar um espírito de crueldade e extorsão, de que haviam sofrido sob os maiorais de tarefas no Egito. A lembrança de sua amarga servidão devia habilitá-los a colocar-se no lugar do servo, levando-os a ser benévolos e compassivos, a tratar os outros como desejariam fossem eles mesmos tratados. PP 219.2
“Os direitos das viúvas e órfãos eram especialmente resguardados, e ordenava-se uma escrupulosa atenção à sua desajudada condição. “Se de alguma maneira os afligirdes”, declarou o Senhor, “e eles clamarem a Mim, Eu certamente ouvirei o seu clamor. E a Minha ira se acenderá, e vos matará à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos”. Êxodo 22:23, 24. Os estrangeiros que se uniam a Israel deviam ser protegidos de mal ou opressão. “Não oprimirás o estrangeiro; pois vós conheceis o coração do estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito”. Êxodo 23:9. PP 219.3
“Era proibido tomar usura do pobre. As vestes ou o cobertor de um homem pobre tomados em penhor, deviam ser-lhes restituídos à tarde. Exigia-se daquele que era culpado de furto restituir o dobro. Ordenava-se o respeito aos magistrados e príncipes, e advertia-se aos juízes contra o perverter o juízo, auxiliando uma causa falsa, ou recebendo suborno. A mentira e a calúnia eram proibidas, e ordenados atos de bondade, mesmo para com inimigos pessoais.” PP 219.4
Leia Êxodo 22:16-31; 23:1-9. Quais questões foram tratadas nessas leis e de que maneiras?
“O oitavo mandamento condena o furto de homens e tráfico de escravos, e proíbe a guerra de conquista. Condena o furto e o roubo. Exige estrita integridade nos mínimos detalhes dos negócios da vida. Veda o engano no comércio, e requer o pagamento de débitos e salários justos. Declara que toda a tentativa de obter-se vantagem pela ignorância, fraqueza ou infelicidade de outrem, é registrada como fraude nos livros do Céu. PP 217.5
“O décimo mandamento fere a própria raiz de todos os pecados, proibindo o desejo egoísta, do qual nasce o ato pecaminoso. Aquele que em obediência à lei de Deus se abstém de condescender mesmo com um desejo pecaminoso daquilo que pertence a outrem, não será culpado de um ato mau para com seus semelhantes.” PP 218.2
Leia Êxodo 23:10-19. Qual era o propósito do sábado e das festas?
“De novo lembrou-se ao povo a sagrada obrigação do sábado. Designaram-se festas anuais, nas quais todos os homens da nação deviam congregar-se perante o Senhor, trazendo-Lhe suas ofertas de gratidão, e as primícias de Sua generosidade. O objetivo de todo este regulamento foi declarado: não procediam esses preceitos do exercício de mera soberania arbitrária; foram todos dados para o bem de Israel. O Senhor disse: “Ser-Me-eis homens santos” (Êxodo 22:31) — dignos de ser reconhecidos por um Deus santo.” PP 219.5
“Havia três assembléias anuais de todo o Israel para adoração no santuário. Êxodo 23:14-16. Siló foi por algum tempo o local para essas reuniões; mas Jerusalém se tornou mais tarde o centro do culto da nação, e ali se congregavam as tribos para as festas solenes.” PP 394.1
“As primeiras destas solenidades, a Páscoa e a festa dos pães asmos, ocorriam em Abibe, o primeiro mês do ano judaico, correspondente ao fim de Março e princípio de Abril. PP 394.3
“A Páscoa era seguida pelos sete dias da festa dos pães asmos. O primeiro e sétimo dia eram dias de santa convocação, nos quais nenhum trabalho servil devia ser feito.” PP 396.1
“Cinqüenta dias depois, a partir da oferta das primícias, vinha o Pentecostes, também chamado a festa da ceifa, e festa das semanas. Como expressão de gratidão pelo cereal preparado como alimento, dois pães assados com fermento eram apresentados diante de Deus. O Pentecostes ocupava apenas um dia, que era dedicado ao culto religioso.” PP 396.2
“No sétimo mês vinha a festa dos tabernáculos, ou da colheita. Esta festa reconhecia a generosidade de Deus nos produtos do pomar, do olival e da vinha.” PP 396.3
Quais métodos Deus desejava usar para conquistar a terra prometida? Êxodo 23:20-33
“Quando a princípio se estiveram preparando para entrar em Canaã, este empreendimento era acompanhado de muito menos dificuldade do que agora. Deus prometera a Seu povo que, se obedecessem à Sua voz, Ele iria adiante deles e por eles combateria; e enviaria também vespões para expelir os habitantes da terra. O temor das nações não tinha sido geralmente suscitado, e pouco preparo fora feito para resistir à sua marcha. Mas, mandando o Senhor agora Israel ir avante, deviam avançar contra adversários vigilantes e poderosos, e contender com exércitos grandes e bem treinados, que tinham estado a preparar-se para resistir a sua aproximação. PP 319.1
“Em suas competições com Ogue e Seom, o povo fora trazido sob a mesma prova debaixo da qual seus pais fracassaram tão assinaladamente. Entretanto, a prova era agora muito mais severa do que quando Deus ordenara a Israel que avançasse. As dificuldades em seu caminho tinham aumentado grandemente desde que se recusaram a avançar, ao ser-lhes mandado assim fazer em nome do Senhor. É assim que Deus ainda prova Seu povo. E, se deixam de resistir à prova, Ele os traz de novo ao mesmo ponto; e a segunda vez a prova será mais rigorosa, e mais severa do que a precedente. Isto continua até que resistam à prova; ou, se ainda são rebeldes, Deus retira deles Sua luz, e os deixa em trevas.” PP 319.2
“Os hebreus lembraram-se agora de como uma vez, anteriormente, ao saírem suas forças para a batalha, foram derrotados, e milhares morreram. Mas tinham ido, então, em oposição direta à ordem de Deus. Haviam saído sem Moisés, o líder designado por Deus, sem a coluna de nuvem, símbolo da presença divina, e sem a arca. Agora, porém, Moisés estava com eles, fortalecendo-lhes o coração com palavras de esperança e fé; o Filho de Deus, encerrado na coluna de nuvem, abria o caminho; e a arca sagrada acompanhava o exército. Esta experiência tem uma lição para nós. O poderoso Deus de Israel é o nosso Deus. NEle podemos confiar; e se Lhe obedecermos as ordens Ele operará em nosso favor de maneira tão assinalada como fez para com Seu antigo povo. Todo aquele que procura seguir o caminho do dever, será às vezes assaltado por dúvidas e incredulidade. O caminho algumas vezes estará tão cheio de obstáculos, aparentemente insuperáveis, que abaterão os que cedem ao desânimo; mas Deus está a dizer a tais: Ide avante! Cumpri vosso dever custe o que custar. As dificuldades que parecem tão enormes, que vos enchem de terror a alma, se desvanecerão ao avançardes no caminho da obediência, confiando humildemente em Deus.” PP 319.3
Leia Mateus 5:38-48. Como Jesus interpretou o significado da lei do “olho por olho, dente por dente”? Como devemos aplicá-la hoje?
“Dia a dia se aprofundava no coração do povo o anseio de sacudir o jugo romano. Especialmente entre os ousados galileus de rijos pulsos, era predominante o espírito de insurreição. MDC 69.2
“Foi com tristeza que Jesus contemplou as faces voltadas para Ele. Observava o espírito de vingança que estampara seus maus traços sobre eles, conhecendo quão veementemente ansiava o povo o poder a fim de esmagar seus opressores. Com tristeza, Ele lhes ordena: ‘Não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.’” MDC 70.1
“Estas palavras não eram senão uma reiteração do ensino do Velho Testamento. É verdade que a regra: “olho por olho, e dente por dente” (Levítico 24:20), era uma providência nas leis dadas por intermédio de Moisés; era, porém, um estatuto civil. Ninguém seria justificado em se vingar a si mesmo; pois tinham as palavras do Senhor: “Não digas: vingar-me-ei.” “Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele.” “Quando cair o teu inimigo, não te alegres.” “Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber.” Provérbios 20:22; 24:29, 17; 25:21, 22. MDC 70.2
“Toda a vida terrestre de Jesus foi uma manifestação deste princípio. Foi para trazer o pão da vida a Seus inimigos, que nosso Salvador deixou Seu lar no Céu. Se bem que se amontoassem sobre Ele calúnias e perseguições desde o berço até à sepultura, estas não Lhe provocaram senão expressões de um amor que perdoa. Por intermédio do profeta Isaías, Ele diz: “As Minhas costas dou aos que Me ferem, e as Minhas faces aos que me arrancam os cabelos: não escondo a Minha face dos que Me afrontam e me cospem.” “Ele foi oprimido, mas não abriu a Sua boca.” Isaías 50:6; 53:7. E, através dos séculos, chega-nos da cruz do Calvário Sua oração pelos que Lhe davam a morte, e a mensagem de esperança ao ladrão moribundo.” MDC 71.1
“Meus amados, não façam justiça com as próprias mãos, mas deem lugar à ira de Deus, pois está escrito: ‘A Mim pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor’” (Rm 12:19, citando Dt 32:35).
Que promessa e mandamento são encontrados nesses versículos? Como eles estão intimamente relacionados?
“Questões relacionadas com a igreja devem ser mantidas dentro de seus próprios limites. Se um cristão é vituperado, ele deve suportá-lo pacientemente; se é defraudado, não deve apelar para os tribunais de justiça. Sofra antes a perda e a injustiça. ME3 299.3
“Deus lidará com o indigno membro de igreja que lesa seu irmão ou a Causa de Deus; o cristão não precisa lutar por seus direitos. Deus lidará com aquele que viola esses direitos. “A Mim Me pertence a vingança; Eu retribuirei, diz o Senhor.” Romanos 12:19. É mantido um relato de todas essas questões, e para todos o Senhor declara que Ele fará a vingança. Trará a juízo todas as obras.” ME3 300.1
Leia Mateus 6:4, 6; 16:27; Lucas 6:23; 2 Timóteo 4:8. O que esses textos nos dizem sobre como Jesus via os princípios de recompensa e punição?
“Aqueles que buscam ao Senhor em segredo, contando-Lhe suas necessidades, e pedindo auxílio, não rogarão em vão. “Teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente.” À medida que fizermos de Cristo nosso companheiro diário, havemos de sentir que as forças de um mundo invisível se encontram todas ao redor de nós; e, pelo contemplar a Jesus, seremos transformados à Sua imagem. Somos transformados pela contemplação. O caráter é abrandado, refinado e enobrecido para o reino celeste. O seguro resultado de nosso trato e convívio com nosso Senhor, será o acréscimo de piedade, de pureza e fervor. Haverá progressiva inteligência na oração. Recebemos assim uma educação divina, o que é ilustrado por uma vida de diligência e zelo. MDC 85.1
“A alma que se volve para Deus em busca de auxílio, de apoio, de poder, mediante diária e fervorosa oração, terá aspirações nobres, percepções claras da verdade e do dever, altos propósitos de ação, e uma contínua fome e sede de justiça. Mantendo comunhão com Deus, seremos habilitados a difundir para os outros, através de nosso convívio com eles, a luz, a paz e a serenidade que reinam em nosso coração. A força obtida na oração a Deus, unida ao perseverante esforço no exercitar a mente na reflexão e no cuidado, prepara a pessoa para os deveres diários, e mantém o espírito em paz em todas as circunstâncias.” MDC 85.2
“Pondo de lado a lei divina não sabem os homens o que estão fazendo. A lei de Deus é a expressão de Seu caráter. Nela estão contidos os princípios de Seu reino. Quem recusa aceitar estes princípios está-se excluindo do conduto por onde fluem as bênçãos de Deus.PJ 162.8
“As gloriosas possibilidades apresentadas a Israel só poderiam ser realizadas pela obediência aos mandamentos de Deus. A mesma elevação de caráter, a mesma plenitude de bênçãos — bênção no espírito, alma e corpo, bênção na casa e no campo, bênção para esta vida e para a vindoura, somente é possível pela obediência. PJ 163.1
“As gloriosas possibilidades apresentadas a Israel só poderiam ser realizadas pela obediência aos mandamentos de Deus. A mesma elevação de caráter, a mesma plenitude de bênçãos — bênção no espírito, alma e corpo, bênção na casa e no campo, bênção para esta vida e para a vindoura, somente é possível pela obediência. PJ 163.2
“Os mensageiros de Deus vêm a nós sob as ordens do Mestre. Vêm, como Cristo o fez, requerendo obediência à Palavra de Deus. Apresenta Ele Seus direitos aos frutos da vinha, os frutos de amor, humildade e serviço abnegado. Como os guias judeus, não são incitados à ira muitos dos lavradores da vinha? Quando são expostas ao povo as reivindicações da lei de Deus, não usam esses mestres sua influência para induzir os homens a rejeitá-la? A tais mestres Deus chama servos infiéis. PJ 163.3
“As palavras de Deus ao antigo Israel encerram uma advertência solene para a igreja moderna e seus guias. De Israel, diz o Senhor: “Escrevi para eles as grandezas da Minha lei; mas isso é para ele como coisa estranha.” Oséias 8:12. E aos sacerdotes e mestres, declara: “O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei, ... visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos.” Oséias 4:6. PJ 163.4
“Permanecerão desatendidas as advertências divinas? Continuarão desaproveitadas as oportunidades para o serviço? Serão os professos seguidores de Cristo impedidos de servi-Lo pelo escárnio do mundo, o orgulho da razão, a conformação aos costumes e tradições humanos? Rejeitarão a Palavra de Deus, como os guias judeus rejeitaram a Cristo? A conseqüência do pecado de Israel está perante nós. Aceitará a igreja moderna a advertência?” PJ 163.5