O Princípio do Evangelho

Lição 1, 3º Trimestre, 29 de Junho a 5 de Julho de 2024.

img rest_in_christ
Compartilhe esta Lição
Download Pdf

Sábado à Tarde, 29 de Junho

Verso para Memorizar:

“Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o evangelho de Deus. Ele dizia: — O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho” (Marcos 1:14, 15).


“‘Enviados pelo Espírito Santo’, Paulo e Barnabé, depois de sua ordenação pelos irmãos em Antioquia, ‘desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre’ (At 13:4). Assim começaram os apóstolos sua primeira viagem missionária. AA 91.1

“Chipre era um dos lugares para onde os crentes tinham fugido de Jerusalém por causa da perseguição que se seguiu à morte de Estêvão. Foi de Chipre que alguns homens tinham viajado para Antioquia, ‘anunciando o Senhor Jesus’ (At 11:20). O próprio Barnabé era “natural de Chipre” (At 4:36); e agora, ele e Paulo, acompanhados por João Marcos, parente de Barnabé, visitavam essa ilha. AA 91.2

“A mãe de Marcos era uma convertida à religião cristã, e seu lar em Jerusalém era um abrigo para os discípulos. Ali estavam sempre certos de serem bem-vindos para ocasiões de repouso. Foi durante uma dessas visitas dos apóstolos ao lar da mãe de Marcos que este propôs a Paulo e Barnabé acompanhá-los em sua viagem missionária.” AA 91.3

Domingo, 30 de Junho

Missionário Fracassado


Leia Atos 12:12. Como Marcos é apresentado no livro de Atos?

"Após a ordenação, Paulo e Barnabé "desceram a Selêucia, e dali navegaram para Chipre". Barnabé era "natural de Chipre" (Atos 4:36, RSV), então ele e Paulo, acompanhados por João Marcos, um parente de Barnabé, visitaram essa ilha. Chipre era um dos lugares para onde os crentes haviam fugido por causa da perseguição após a morte de Estêvão.” TT 89.1 – Tradução Livre

"A mãe de Marcos era convertida, e os apóstolos sempre tinham a certeza de que seriam bem recebidos e descansariam em sua casa em Jerusalém. Durante uma dessas visitas à casa de sua mãe, Marcos propôs a Paulo e Barnabé que ele os acompanhasse em sua viagem missionária. Ele ansiava por se dedicar ao trabalho do evangelho." TT 89.2 – Tradução Livre

Leia Atos 13:1-5, 13. Como João Marcos se uniu a Saulo e Barnabé, e qual foi o resultado disso?

“O próprio Barnabé era ‘natural de Chipre’ (At 4:36); e agora, ele e Paulo, acompanhados por João Marcos, parente de Barnabé, visitavam essa ilha.” AA 91.2

“Chegando a Salamina, os apóstolos ‘anunciavam a Palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. ... E havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado Barjesus, o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, varão prudente. Este, chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a Palavra de Deus. Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (que assim se interpreta o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul’’ (At 13:5-8).”

Segunda, 1º de Julho

Segunda Chance


Leia Atos 15:36-39. Por que Paulo rejeitou João Marcos e por que Barnabé lhe deu uma segunda chance?

“Paulo e seus companheiros continuaram viagem para Perge, na Panfília. Seu caminho era penoso; encontraram dificuldades e privações, e estavam cercados de perigos por todos os lados. Nas vilas e cidades por onde passavam, e ao longo das estradas desertas, estavam rodeados de perigos visíveis e invisíveis. Mas Paulo e Barnabé tinham aprendido a confiar no poder libertador de Deus. O coração deles estava cheio de fervente amor pelas almas a perecer. Como fiéis pastores na busca da ovelha perdida, não abrigavam o pensamento de facilidades ou conveniências próprias. Esquecidos de si mesmos, não fraquejavam quando cansados, famintos ou com frio. Eles tinham em vista um único objetivo - a salvação dos que vagueavam distantes do redil.” AA 92.3

“Foi aqui que Marcos, dominado por temor e desânimo, hesitou por um momento em seu propósito de consagrar-se de todo o coração à obra do Senhor. Pouco habituado a sacrifícios, desanimaram-no os perigos e privações do caminho. Trabalhara com êxito sob circunstâncias favoráveis, mas agora, em meio da oposição e dos perigos que tantas vezes cercam o missionário pioneiro, não suportou as dificuldades como bom soldado da cruz. Devia aprender ainda a enfrentar valorosamente os perigos, perseguições e adversidades. À medida que os apóstolos avançavam, encontrando dificuldades cada vez maiores, Marcos intimidou-se, e perdendo todo o ânimo, recusou-se a prosseguir, retornando a Jerusalém.” AA 92.4

Leia Colossenses 4:10; 2 Timóteo 4:11; Filemom 24; 1 Pedro 5:13. Que detalhes sobre a recuperação de Marcos esses versos mostram?

“Esta deserção fez com que Paulo julgasse por algum tempo desfavoravelmente a Marcos; severamente mesmo. Por outro lado, Barnabé se inclinava a desculpá-lo devido a sua inexperiência. Estava ansioso por que Marcos não abandonasse o ministério, pois nele via qualidades que o habilitariam para ser útil obreiro de Cristo. Anos depois sua solicitude por Marcos foi ricamente recompensada; pois o jovem se entregou sem reservas ao Senhor e à tarefa de proclamar a mensagem do evangelho em campos difíceis. Sob a bênção de Deus e a sábia orientação de Barnabé, ele se tornou um valoroso obreiro.” AA 92.5

“Paulo se reconciliou mais tarde com Marcos, recebendo-o como colaborador. Recomendou-o também aos colossenses, como “cooperador no reino de Deus” e como tendo para ele “sido consolação” (Cl 4:11). Não muito tempo antes de sua morte, Paulo tornou a falar de Marcos como lhe sendo “muito útil para o ministério” (2Tm 4:11). AA 93.1

Terça, 2 de Julho

Mensageiro


Leia Marcos 1:1-8. Quem são os personagens desses versos, e o que eles dizem e fazem?

João foi chamado para fazer uma obra especial; devia preparar o caminho do Senhor, endireitar as Suas veredas. O Senhor não o enviou à escola dos profetas e rabis. Levou-o para fora do ajuntamento dos homens, ao deserto, a fim de que aprendesse da Natureza e do Deus da Natureza. Deus não desejava que ele tivesse o molde dos sacerdotes e príncipes. Foi chamado para fazer uma obra especial. O Senhor foi quem lhe deu sua mensagem. Porventura foi ele aos sacerdotes e príncipes para lhes perguntar se podia proclamar essa mensagem? — Não, Deus o afastou deles, para que não fosse influenciado por seu espírito e ensinamentos. Foi ele a voz do que clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor: endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro serão abatidos; e o que está torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará. E a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente verá que foi a boca do Senhor que isto disse.” Isaías 40:3-5. Esta é exatamente a mensagem que deve ser dada ao nosso povo; estamos perto do fim do tempo e a mensagem é: Preparai o caminho do Rei; tirai as pedras; erguei um estandarte para o povo. O povo deve ser despertado. Não é agora o tempo de clamar: Paz e segurança! Somos exortados a clamar “em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados”. Isaías 58:1. ME1 410.1

Leia Êxodo 23:20; Isaías 40:3; Malaquias 3:1. O que essas três passagens têm em comum?

“Quando Moisés foi escolhido como mensageiro do concerto, a ordem que se lhe deu, foi: “Sê tu pelo povo diante de Deus.” Êxodo 18:19. Obreiros Evangélicos, p. 20. "Cristo, o mensageiro da aliança, trouxe as novas de salvação." -- Obreiros Evangélicos, p. 44

Enquanto os Obreiros Evangélicos aplicam o termo tanto a Moisés quanto a Cristo, o próprio Cristo o aplica a João Batista. Ele disse "às multidões a respeito de João… Mas, então que fostes ver? um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo,que preparará diante de ti o teu caminho. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir." Mat. 11:7, 9, 10, 14.

Como Deus fez alianças tanto faladas quanto escritas com Seu povo antigo de que Ele lhes enviaria Moisés, João e Cristo, eles vieram em cumprimento dessas alianças. E cada um trazendo uma mensagem, cada um em seu próprio tempo foi o Mensageiro da Aliança. No entanto, as palavras de Malaquias deixam claro que o Mensageiro da Aliança é, no sentido mais estrito, o profeta Elias (Mal. 3:1-5; 4:5), o último mensageiro que prepara o caminho do Senhor. (Veja Testemunhos para Ministros, p. 475.)

Em última análise, porém, o título Mensageiro da Aliança pertence ao Espírito Santo.Por exemplo, 1 Pedro 3:18-20 afirma que Cristo pregou aos antediluvianos pelo mesmo "Espírito" que o "vivificou". Mas como Ele pregou pelo Espírito na pessoa de Noé, e não de Si mesmo, Ele assim revelou a verdade de que o Espírito Santo está em todos os Seus mensageiros igualmente.

Assim, "os homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo". 2 Ped. 1:21. Resumidamente, o termo Mensageiro da Aliança significa o Espírito Santo (o Cristo invisível) no representante visível do Céu - seja ele Moisés, João, Cristo, Elias ou algum outro.

Quarta, 3 de Julho

O Batismo de Jesus


Quem esteve presente no batismo de Jesus, e o que ocorreu? Mc 1:9-13

“E Jesus, quando foi batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz do céu dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mateus 3:16

Havendo sido batizado por imersão, e saindo logo da água, Jesus foi imediatamente levado a ser tentado pelo Diabo.

“Então Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E quando ele jejuou quarenta dias e quarenta noites, ele teve fome. E quando veio a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, ordena que estas pedras sejam feitas pães. Mas ele respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus. Então o diabo o levou à cidade santa, e o colocou sobre o pináculo do templo; e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Ele dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e em suas mãos te sustentarão, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente, o diabo o levou a um monte altíssimo, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória. E disse-lhe: Todas estas coisas eu te darei, se prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Tu adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e eis que chegaram anjos e o serviam.”Mateus 4:1-11

Eis o nosso exemplo. Depois do batismo nas águas, as tentações e as vitórias serão também o nosso destino. Jesus, como vêem, enfrentou o Diabo com um "Assim diz o Senhor", com o que estava escrito. Se não nos interessarmos pela Bíblia tanto quanto Ele se interessou por Ela, se não estudarmos para saber o que Ele gostaria que fizéssemos, como, então, poderemos enfrentar nossas tentações e sair vitoriosos? Não é de admirar que muitos, depois do batismo, se desviem do caminho? A mesma coisa que os tornaria fortes na fé, ao verem Deus dando-lhes uma vitória gloriosa, eles evitam, sem saber que depois de uma tempestade de chuva e vento, vem o sol e a calmaria. Jó foi provado até o limite, mas obteve a vitória, e depois recebeu o dobro de todas as suas perdas. Por que não podemos nós?

Tendo obtido a vitória sobre a Sua tentação, Jesus nunca mais foi perturbado pelo Diabo. E Jó e todos os grandes homens de Deus, por experiência, encontraram o mesmo alívio contra Satanás.

Nossa posição contra o pecado, portanto, deve ser definida, sem a menor vacilação. Nós também devemos deixar o Diabo saber que estamos falando sério, se quisermos encontrar a paz.

“Pelo que, deixando os princípios da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, de doutrina sobre batismos, e de imposição de mãos, e sobre ressurreição de mortos e sobre juízo eterno. E isso faremos, se Deus o permitir. Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo que há de vir, se eles caírem, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que eles de novo crucificam para si mesmo o Filho de Deus, expondo-o em uma vergonha aberta.” Hebreus 6:1-6. Reservar-se para o pecado é como cavar sua própria sepultura eterna.

Quinta, 4 de julho

Evangelho Segundo Jesus


Leia Marcos 1:14, 15. Quais são as três partes da mensagem do evangelho que Jesus proclamou?

“Veio Jesus para Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus, e dizendo: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho”. Marcos 1:14, 15. DTN 154.1

“Assim a mensagem evangélica, segundo era anunciada pelo próprio Salvador, baseava-se nas profecias. O “tempo” que declarava estar cumprido, era o período de que o anjo Gabriel falara a Daniel. “Setenta semanas”, dissera o anjo, “estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos”. Daniel 9:24. Um dia, profeticamente, representa um ano. Números 14:34; Ezequiel 4:6. As setenta semanas, ou quatrocentos e noventa dias, representam quatrocentos e noventa anos. É dado um ponto de partida para esse período: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas” (Daniel 9:25), sessenta e nove semanas, ou quatrocentos e oitenta e três anos. A ordem para restaurar e edificar Jerusalém, confirmada pelo decreto de Artaxerxes Longímano (Esdras 6:14; 7:1), entrou em vigor no outono de 457 a.C. Daí, quatrocentos e oitenta e três anos estendem-se ao outono de 27 d.C. Segundo predição dos profetas, esse período devia chegar ao Messias, o Ungido. No ano 27, Jesus recebeu, em Seu batismo, a unção do Espírito Santo, e pouco depois começou Seu ministério. Foi então proclamada a mensagem: ‘O tempo está cumprido.’ DTN 155.3

“Então, disse o anjo: “Ele firmará um concerto com muitos por uma semana [sete anos].” Durante sete anos depois de começar o Salvador Seu ministério, o evangelho devia ser pregado especialmente aos judeus; três anos e meio, pelo próprio Cristo, e depois, pelos apóstolos. “Na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”. Daniel 9:27. Na primavera de 31 d.C., Cristo, o verdadeiro sacrifício, foi oferecido no Calvário. Então o véu do templo se rasgou em dois, mostrando que a santidade e significação do serviço sacrifical desapareceram. Chegara o tempo de cessar o sacrifício terrestre e a oblação.” DTN 156.1

“A semana — sete anos — terminou em 34 d.C. Então, pelo apedrejamento de Estêvão, os judeus selaram afinal sua rejeição do evangelho; os discípulos espalhados pela perseguição “iam por toda parte, anunciando a Palavra” (Atos dos Apóstolos 8:4), e pouco depois, Saulo, o perseguidor, se converteu e tornou-se Paulo, o apóstolo dos gentios.” DTN 156.2

“O tempo da vinda de Cristo, Sua unção pelo Espírito Santo, Sua morte, e a pregação do evangelho aos gentios, foram definidamente indicados. O povo judeu teve o privilégio de compreender essas profecias e reconhecer seu cumprimento na missão de Jesus. Cristo insistia com Seus discípulos quanto à importância do estudo profético. Referindo-Se à profecia dada a Daniel acerca do tempo deles, disse: “Quem lê, entenda”. Mateus 24:15. Depois de Sua ressurreição, explicou aos discípulos, começando por “todos os profetas”, “o que dEle se achava em todas as Escrituras”. Lucas 24:27. O Salvador falara por intermédio de todos os profetas. “O Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir”. 1 Pedro 1:11. DTN 156.3

“Foi Gabriel, o anjo que ocupa a posição imediata ao Filho de Deus, que veio com a divina mensagem a Daniel. Foi Gabriel “Seu anjo”, que Cristo enviou a revelar o futuro ao amado João; e é proferida uma bênção sobre os que lêem e ouvem as palavras da profecia, e observam as coisas ali escritas.” Apocalipse 1:3. DTN 156.4

“‘O Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas.’ Ao passo que ‘as coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus’ (Amós 3:7), ‘as reveladas são para nós e para nossos filhos para sempre’. Deuteronômio 29:29. Deus nos tem dado essas coisas, e Sua bênção acompanhará o estudo reverente das escrituras proféticas, apoiado de oração.” DTN 156.5

Sexta, 28 de Junho

Estudo Adicional

Nós, como estudantes e professores do evangelho, temos há anos enfatizado muito os sinais da segunda vinda de Cristo, mas quase nada sobre os sinais do Reino. Como resultado disso, a cristandade teoricamente misturou os sinais do Reino com os sinais da segunda vinda.

Já que nós, como um povo, conhecemos alguns dos sinais da segunda vinda de Cristo, mas nenhum dos sinais do Reino, é melhor agora concentrarmo-nos nos sinais deste último.

Mateus 13:24-30 – “Apresentou-lhes outra parábola, dizendo: O reino do céu é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto dormiam os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e seguiu o seu caminho. Mas, quando o caule cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Assim, os servos do dono da casa vieram, e disseram a ele: Senhor, tu não semeaste boa semente no teu campo? De onde então vem esse joio? E ele disse-lhes: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, então, que vamos e o colhamos? Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai-os crescer juntos até a colheita; e, no tempo da colheita, eu direi aos ceifeiros: Colhei juntos primeiro o joio, e amarrai-o em fardos para ser queimado, mas o trigo recolhei no meu celeiro.”

Esta parábola do Reino, como você pode notar, contém três períodos de tempo: primeiro, o período de semear a semente – o tempo do ministério de Cristo; segundo, o período de crescimento – o tempo desde a ascensão de Cristo até a colheita; terceiro, o tempo da colheita – um curto período de tempo “no fim do mundo” (Mateus 13:49), o período em que a terra será iluminada com a glória do anjo (Apocalipse 18:1), e no qual todo o povo de Deus será chamado à sair fora da Babilônia (versículo 4). Então, aqueles que não atenderam a esse chamado emergente clamarão: “A colheita passou, o verão está terminado, e nós não estamos salvos.”. Jeremias 8:20. A “colheita”, portanto, é “o fim do mundo”. Versículo 49. Começa na igreja e termina na Babilônia.

O trabalho da colheita, muito claramente, é sinônimo do Juízo que decide quem é o joio e quem é o trigo - quem deve ser queimado e destruído como ervas daninhas nocivas e quem é o trigo precioso a ser admitido no "celeiro", o Reino. Assim, o Juízo é a purificação do santuário (Daniel 8:14), "a casa de Deus", o templo para o qual o Senhor vem repentinamente e purifica Seus servos, os levitas. Aqui está a forma como a última escritura é lida:

Malaquias 3:1-3, 5 “Eis que eu enviarei o meu mensageiro, e ele preparará o caminho diante de mim; e o Senhor, a quem vós buscais, virá de repente ao seu templo; até o mensageiro do pacto, em quem vos deleitais; eis que ele virá, diz o -SENHOR dos Exércitos. Mas quem poderá permanecer no dia da sua vinda? E quem ficará de pé quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do refinador e como o sabão dos lavandeiros. E ele se assentará como refinador e purificador de prata; e ele purificará os filhos de Levi, e os purgará como ouro e como prata, para que eles possam oferecer ao ¬SENHOR uma oferta em justiça… E chegar-me-ei a vós para juízo; e eu serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que oprimem os trabalhadores em seus salários, a viúva e o órfão, e que desviam o estrangeiro do seu direito, e não me temem, diz o ¬SENHOR dos Exércitos.”

Quantas frutos a colheita deve alcançar? - Se os 144.000 são os "primeiros frutos" (Apocalipse 14:4), então deve haver "segundos frutos", porque onde não há segundo, não pode haver primeiro. A palavra "primícias" necessita absolutamente de segundos frutos.

De onde vêm os primeiros frutos e de onde vêm os segundos frutos? - Somos claramente informados de que as primícias são israelitas - todos as doze tribos de Israel (Apocalipse 7:4-8). Israel certamente representa a membresia da igreja no momento em que são selados; o título "Israel" não pode ser interpretado como significando o mundo. As primícias, portanto, são colhidas da própria igreja no momento em que a separação começa. A palavra "selado" significa colocar em um lugar seguro - selado. Isso é exatamente o que o apóstolo Pedro diz:

1 Pedro 4:17, 18 – “Porque já é chegado o tempo em que o julgamento deve começar pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E, se o justo dificilmente se salva, onde aparecerá o ímpio e pecador?”

Agora, se o julgamento começa primeiro na "casa de Deus", na igreja, então terminará no mundo, fora dos círculos da igreja. A parábola da "rede" e o Apocalipse de João trazem esta verdade ainda melhor à tona de forma breve e concisa.

Mateus 13:47-50 – “Novamente, o reino do céu é semelhante a uma rede lançada ao mar, recolhendo de toda a espécie. E, estando cheia, puxam para a praia; e, assentando-se, ajuntam os bons em cestos, mas lançam para longe os ruins. Assim será no fim do mundo; os anjos virão, e separarão os perversos dentre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.”

Claramente, a rede representa a igreja do evangelho na qual tanto o hipócrita como o santo são apanhados. Assim, no tempo da colheita dos primeiros frutos (o julgamento "na casa de Deus") "no fim do mundo" (Mateus 13:49), os anjos separam os maus dentre os justos, não os justos dentre os maus. Mas na colheita dos segundos frutos (o julgamento no mundo), a separação é inversa: os justos são tirados dentre os maus, não os maus dentre os justos, como diz a Revelação: "E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." Apocalipse 18:4. Claramente, o julgamento "na casa de Deus" é a colheita em que os hipócritas como "joio" são queimados, mas como peixes ruins são lançados fora. No julgamento em Babilônia (no mundo), não os maus, mas os bons são tirados e levados para a casa de Deus purificada, onde não há pecado nem pecador, e onde não há perigo das pragas. Esta mesma verdade sobre a casa de Deus vem a nós novamente com estas palavras:

Isaías 66:15, 16, 19, 20 – “Porquanto, eis que o SENHOR virá com fogo, e com suas carruagens como um redemoinho, para executar a sua ira com fúria e a repreensão dele com chamas de fogo. Porque pelo fogo e pela sua espada, o SENHOR pleiteará com toda a carne. E os mortos pelo SENHOR serão muitos. E eu colocarei um sinal entre eles e enviarei aqueles que deles escaparam às nações: para Társis, Pul e Lude, que entesam o arco; para Tubal e Javã; para as ilhas bem de longe, que não têm ouvido minha fama, nem têm visto minha glória. E eles anunciarão minha glória entre os gentios. E eles trarão todos os vossos irmãos para uma oferta ao SENHOR, proveniente de todas as nações, sobre cavalos, e em carruagens, e em liteiras, e sobre mulas e sobre dromedários, para o meu santo monte Jerusalém, diz o SENHOR, como os filhos de Israel trazem uma oferta em um vaso limpo à casa do SENHOR.”

Novamente vemos aqui que aqueles que escapam da matança do Senhor "na casa de Deus" (obviamente as primícias, "os servos de Deus"), são enviados para as nações que não conhecem a Deus, e dali trazem todos os seus irmãos (os segundos frutos) para a casa purificada de Deus, onde não há pecado nem pecador, e onde as pragas da Babilônia, portanto, não caem.

Agora vimos claramente que há primeiros e segundos frutos: um da igreja - os 144.000 filhos de Jacó; e um de todas as nações - a grande multidão que ninguém pode contar (Apocalipse 7:9).

Quem colhe os primeiros frutos se os próprios primeiros frutos colhem os segundos frutos? – Vamos encontrar nossa resposta lendo:

Apocalipse 14:14-19 -- "E eu olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, tendo sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice afiada. E outro anjo saiu do templo, gritando em alta voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice, e ceifa; porque chegou a tua hora de ceifar, porque a colheita da terra está madura. E aquele que estava assentado sobre a nuvem lançou sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada. E outro anjo saiu do templo que está no céu; tendo ele também uma foice afiada. E outro anjo saiu do altar, tendo poder sobre o fogo; e gritou com alta voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Lança a tua foice afiada, e junta os cachos da vinha da terra, porque as suas uvas estão totalmente maduras. E o anjo lançou a sua foice na terra, e juntou a vinha da terra, e lançou-a no grande lagar da ira de Deus."

Aqui nos é dito novamente que há duas colheitas, uma pelo Filho do Homem, e outra por um anjo. A ceifa do Filho do Homem precede a ceifa do anjo. O "Filho do Homem", portanto, recolhe as primícias e o anjo recolhe os segundos frutos. (As videiras, Ele lança no lagar, e não as uvas completamente maduras). O próprio Filho do Homem obviamente colhe as primícias porque seus servos (simbolizados pelo anjo da igreja de laodicéia) não estão em condições de fazer tal trabalho, pois eles mesmos são "miseráveis, e desgraçados, e pobres, e cegos, e nus", e não sabem disso (Apocalipse 3:14-18).

Prevendo o tempo presente, o Espírito de Profecia nos dias de Isaías disse:

Isaías 63:5 -- "E, eu olhei e não havia ninguém para ajudar, e, eu me admirei que não houvesse ninguém para suster. Portanto, meu próprio braço trouxe-me salvação; e minha fúria, que me susteve."

Aqui você pode notar que quando chegou a hora, não havia sequer um entre Seus servos "para suster " o trabalho da colheita, e conseqüentemente o próprio Senhor fez o trabalho sem eles.

Na segunda colheita, no entanto, Ele usa Seus "servos" irrepreensíveis, as "primícias", os 144.000, conforme prefigurado pelo anjo com a foice afiada (Apocalipse 14:17, 18). E assim como há dois frutos e duas colheitas de dois lugares diferentes, a igreja e o mundo, há, como mostrado anteriormente, também duas formas de colheita: primeiro os maus são lançados entre os bons e, por fim, os bons são chamados para fora do meio dos maus.

Esses são alguns dos sinais e eventos que precedem o Reino da glória, a segunda vinda de Cristo.