“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas” Atos 17:24.
“A cidade de Atenas era a metrópole do paganismo. Aqui Paulo não se encontrou com uma população crédula e ignorante, como em Listra, mas com um povo famoso por sua inteligência e cultura. Em todos os lugares estavam à vista estátuas de seus deuses e de heróis divinizados da História e da Poesia, enquanto magnificentes arquiteturas e pinturas representavam a glória nacional e o culto popular de deidades pagãs. O senso do povo estava empolgado com o esplendor e a beleza da arte. De todos os lados santuários, altares e templos representando enorme despesa, exibiam suas formas maciças. Vitórias das armas e feitos de homens célebres eram comemorados pela escultura, relicários e placas. Tudo isto fez de Atenas uma vasta galeria de arte.” AA 125.3
“O apóstolo não se deixou seduzir pelo que viu nesse centro de cultura. Sua natureza espiritual estava tão viva às atrações das coisas celestiais, que a alegria e magnificência das riquezas que nunca perecerão tornavam de nenhum valor aos seus olhos a pompa e o esplendor daquilo que o circundava. Vendo a magnificência de Atenas, ele compreendeu seu poder sedutor sobre os amantes da Arte e da Ciência, e seu espírito ficou profundamente impressionado com a importância da obra que tinha diante de si.” AA 125.5
Leia Atos 17:1-16. O que levou Paulo a Atenas e como reagiu ao que encontrou ali?
“Os judeus incrédulos de Tessalônica, cheios de ciúme e ódio contra os apóstolos, e não satisfeitos com havê-los expulso de sua própria cidade, seguiram-nos até Beréia e levantaram contra eles as paixões excitáveis da classe mais baixa. Temendo que seria exercida violência contra Paulo caso permanecesse ali, os irmãos o enviaram para Atenas, acompanhado de alguns novos conversos Bereanos.” AA 124.5
“Nessa grande cidade, onde Deus não era adorado, Paulo foi opresso por um sentimento de solidão, e anelou a simpatia e o auxílio de seus colaboradores. No que respeita à amizade humana, sentia-se inteiramente só. Em sua epístola aos tessalonicenses, ele exprimiu seus sentimentos nas palavras: “Deixar-nos ficar sós em Atenas” (1Ts 3:1). Obstáculos aparentemente intransponíveis se apresentaram diante dele, fazendo com que se lhe afigurasse quase, sem esperança a tentativa de alcançar o coração do povo.” AA 125.6
“A cidade de Atenas era a metrópole do paganismo. Aqui Paulo não se encontrou com uma população crédula e ignorante, como em Listra, mas com um povo famoso por sua inteligência e cultura. Em todos os lugares estavam à vista estátuas de seus deuses e de heróis divinizados da História e da Poesia, enquanto magnificentes arquiteturas e pinturas representavam a glória nacional e o culto popular de deidades pagãs. O senso do povo estava empolgado com o esplendor e a beleza da arte. De todos os lados santuários, altares e templos representando enorme despesa, exibiam suas formas maciças. Vitórias das armas e feitos de homens célebres eram comemorados pela escultura, relicários e placas. Tudo isto fez de Atenas uma vasta galeria de arte.” AA 125.3
“Entre os que se encontraram com Paulo na praça havia “alguns dos filósofos epicureus e estóicos”; mas estes, e todos os demais que entraram em contato com ele, logo viram que ele tinha um volume de conhecimento superior mesmo ao deles. Sua capacidade intelectual impunha respeito aos letrados, ao passo que seu fervoroso e lógico raciocínio e seu poder de oratória captavam a atenção de todo o auditório. Seus ouvintes reconheciam que ele não era nenhum aprendiz, mas era capaz de enfrentar todas as classes com argumentos convincentes em abono das doutrinas que ensinava. Assim o apóstolo permaneceu invicto, enfrentando seus opositores no próprio terreno deles, contrapondo lógica a lógica, filosofia a filosofia, eloqüência a eloqüência.” 126.2
Leia Atos 17:18-21. De quais diferentes maneiras os pagãos na praça reagiram ao discurso e questionamento de Paulo?
“Seus oponentes pagãos chamavam-lhe a atenção para a sorte de Sócrates, que, por ser pregador de deuses estranhos, tinha sido condenado à morte; e aconselhavam Paulo a não pôr sua vida em perigo enveredando pelo mesmo caminho. Mas os discursos do apóstolo cativavam a atenção do povo, e sua sabedoria sem afetação impunha-lhes admiração e respeito. Ele não foi posto em silêncio pela Ciência nem pela ironia dos filósofos; e convencendo-se de que ele estava disposto a concluir sua missão entre eles, e, apesar dos riscos, a contar sua história, decidiram ouvi-lo com boa disposição.” AA 126.3
“Portanto conduziram-no ao Areópago. Este era um dos locais mais sagrados de toda a Atenas, e suas evocações e reminiscências eram tais que o faziam ser considerado com uma supersticiosa reverência que, na mente de alguns, chegava ao terror. Era neste local que os assuntos relacionados com a religião eram muitas vezes considerados cuidadosamente por homens que funcionavam como juízes finais em todas as questões mais importantes, tanto morais como civis.” AA 126.4
“Ali, afastado do ruído e agitação das ruas apinhadas e do tumulto da discussão promíscua, o apóstolo podia ser ouvido sem interrupção. Ao seu redor reuniram-se poetas, artistas, e filósofos - intelectuais e sábios de Atenas, que a ele assim se dirigiram: “Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto” (At 17:19, 20). AA 126.5
“Nesta hora de solene responsabilidade o apóstolo estava calmo e confiante. Tinha o coração possuído de importante mensagem, e as palavras que lhe caíram dos lábios, convenceram seus ouvintes de que ele não era nenhum paroleiro. “Varões atenienses”, disse ele, “em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse pois que vós honrais, não O conhecendo, é o que eu vos anúncio” (At 17:22, 23). Com toda a sua inteligência e conhecimento generalizado, eram eles ignorantes do Deus que criara o Universo. Alguns todavia ali estavam, que almejavam maior luz. Estavam procurando alcançar o infinito.”AA 126.6
Leia Atos 17:22, 23. O que Paulo estava fazendo na tentativa de alcançar aquelas pessoas com o evangelho?
“Com a mão estendida em direção ao templo apinhado de ídolos, Paulo esvaziou sua alma e expôs a falácia da religião dos atenienses. Os mais sábios dentre seus ouvintes ficaram admirados ao atentarem para a sua argumentação. Mostrou estar familiarizado com suas obras de arte, literatura e religião. Apontando para o estatuário e ídolos deles, declarou que Deus não pode ser assemelhado a formas de imaginação humana. Aquelas imagens esculpidas não podiam, mesmo da maneira mais pálida, representar a glória de Jeová. Fê-los pensar no fato de que aquelas imagens não tinham vida, mas eram controladas pelo poder humano, movendo-se apenas quando as mãos dos homens as moviam; de maneira que os adoradores eram em tudo superiores ao objeto adorado.” AA 126.7
“Paulo levou a mente de seus ouvintes idólatras para além dos limites de sua falsa religião, a uma visão certa da Divindade a que eles denominaram “Deus desconhecido”. Este Ser que ele agora lhes anunciava, era independente do homem, nada necessitando das mãos humanas que Lhe viesse acrescentar poder e glória.” AA 127.2
“O povo foi tomado de admiração pela fervente e lógica apresentação feita por Paulo dos atributos do verdadeiro Deus - Seu poder criador e a existência de Sua soberana providência. Com ardente e férvida eloqüência, o apóstolo declarou: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão pouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas” (At 17:24, 25). Os Céus não eram grandes bastante para conter Deus, quanto mais os templos feitos por mãos humanas.” AA 127.3
Leia Atos 17:24-27. Que abordagem Paulo usou para alcançar aquelas pessoas?
Nesse século de tantas diferenças sociais, quando os direitos dos homens não eram muitas vezes reconhecidos, Paulo expôs a grande verdade da fraternidade humana, declarando que Deus “de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra”. À vista de Deus, todos são iguais; e cada ser humano deve ao Criador suprema obediência. Então o apóstolo mostrou como, mediante todo o trato de Deus com o homem, Seu propósito de graça e misericórdia corre como um fio de ouro. Ele tem determinado “os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós” (At 17:26, 27). AA 127.4
“Apontando os nobres espécimes da humanidade em torno de si, com palavras tomadas de um de seus poetas, Paulo pintou o infinito Deus como um Pai, de quem eram filhos. “NEle vivemos, e nos movemos, e existimos”, declarou ele, “como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também Sua geração. Sendo nós pois geração de Deus, não havemos de cuidar que a Divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.” AA 127.5
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At 17:28-30). Nos séculos de trevas que precederam o advento de Cristo, o divino Soberano passou por alto a idolatria dos gentios; mas agora, por intermédio de Seu Filho, enviara Ele aos homens a luz da verdade; e esperava de todos o arrependimento para a salvação, não somente do pobre e humilde, mas também do altivo filósofo e dos príncipes da Terra. “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou; e disto deu certeza a todos, ressuscitando-O dos mortos.” Como Paulo se referisse à ressurreição dos mortos, “uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez” (At 17:31, 32). AA 127.6
“Terminou assim o trabalho do apóstolo em Atenas, o centro da cultura pagã; pois os atenienses, apegando-se persistentemente a sua idolatria, viraram as costas à luz da verdadeira religião. Quando um povo está inteiramente satisfeito com suas próprias realizações, pouco mais se pode esperar dele. Conquanto presumindo-se de refinamento e instrução, os atenienses estavam se tornando constantemente mais corruptos, e mais satisfeitos com os vagos mistérios da idolatria.” AA 128.1
Leia Atos 17:24-34. Como Paulo continuou a testemunhar?
“Entre os que ouviram as palavras de Paulo estavam alguns a cuja mente as verdades apresentadas levaram a convicção; mas eles não se quiseram humilhar para conhecer a Deus e aceitar o plano da salvação. Nenhuma eloqüência de palavras, nem força de argumentos podem converter o pecador. Somente o poder de Deus pode imprimir a verdade no coração. Aquele que persistentemente se desvia deste poder, não pode ser alcançado. Os gregos buscavam a sabedoria, mas a mensagem da cruz era para eles loucura, porquanto valorizavam sua própria sabedoria mais que a sabedoria que vem do alto.” AA 128.2
“Em sua sabedoria humana e orgulho intelectual se encontra a razão por que a mensagem do evangelho teve comparativamente pouco êxito entre os atenienses. Os sábios segundo o mundo, que vêm a Cristo como pobres e perdidos pecadores, tornar-se-ão sábios para a salvação; mas os que a Ele vêm como pessoas de importância, gabando-se de sua própria sabedoria, deixarão de receber a luz e o conhecimento que só Ele pode dar.” AA 128.3
“Assim enfrentou Paulo o paganismo de seus dias. Seus esforços em Atenas não foram inteiramente em vão. Dionísio, um dos mais preeminentes cidadãos, e alguns outros, aceitaram a mensagem do evangelho e uniram-se completamente aos crentes.” AA 128.4
“Eis que, eu tenho feito tua face forte contra as faces deles, e a tua testa forte contra as testas deles. Como um diamante mais duro do que a pedra, fiz a tua testa; não os temas, nem te assustes com os seus olhares, embora sejam uma casa rebelde. Além disso, ele me disse: Filho do homem, todas as minhas palavras que eu devo falar a ti, recebe-as no teu coração, e ouve com teus ouvidos. E vai, chegue-se àqueles do cativeiro, aos filhos do teu povo, e fala a eles, e lhes diga: Assim diz o Senhor DEUS; quer eles ouçam ou deixem de ouvir.” Ezequiel 3:8-11
Nos dias de Cristo, os que duvidavam da Inspiração atacavam tanto os mensageiros quanto as mensagens da época. Por um lado, encontravam falhas em João Batista porque sua dieta consistia em mel silvestre e gafanhotos (Mateus 3:4). Porque ele "veio, nem comendo, nem bebendo", diziam: "Ele tem um demônio." Mateus 11:18. Por outro lado, porque Cristo "veio comendo e bebendo", o acusavam de ser "um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores" Mateus 11:19. Negando que Ele foi enviado por Deus, questionavam provocativamente: "Com que autoridade fazes essas coisas? Ou quem é aquele que te deu essa autoridade?" Lucas 20:2.
E agora, na Sua igreja nestes últimos dias, Seu Espírito declara: " A profecia se deve cumprir. Diz o Senhor: “Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor.” Alguém deve vir no espírito e no poder de Elias, e quando ele aparecer, poderão os homens dizer: “Sois demasiadamente sinceros, não interpretais as Escrituras na devida maneira. Deixai-me dizer-vos como ensinar vossa mensagem." Testemunhos para Ministros, p. 475.
Para os que duvidam da possibilidade de uma mensagem que contenha nada além da verdade, vem o aviso: "Deus e Satanás nunca trabalham em parceria. Os testemunhos ou levam o sinete de Deus ou o de Satanás. Uma árvore boa não pode produzir frutos corruptos...." - Testimonies, Vol. 5, p. 98. "Acreditamos nas visões", dizem os que duvidam da inspiração, "mas a irmã White, ao escrevê-las, colocou suas próprias palavras, e acreditaremos na parte que achamos que é de Deus, e não daremos atenção à outra."-Testimonies, Vol. 1, p. 234