“A isto ele respondeu: – Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, com todas as suas forças e todo o seu entendimento. E: Ame o seu próximo como você ama a si mesmo” - Lucas 10:27.
“Para sermos candidatos ao Céu temos de satisfazer aos requisitos da lei: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” Lucas 10:27. Só podemos fazer isto ao nos apegarmos, pela fé, à justiça de Cristo. Contemplando a Jesus receberemos no coração um princípio vivo e que se expande, e o Espírito Santo continua a obra, e o crente prossegue de graça em graça, de força em força, de caráter em caráter. Ele se conforma à imagem de Cristo até que, no crescimento espiritual, alcança a medida da plena estatura de Cristo Jesus. Assim Cristo põe fim à maldição do pecado e livra a alma crente de sua ação e efeito.” ME1 395.1
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” Lucas 10:27. Estas palavras resumem todo o dever do homem. Significam a consagração de todo o ser, corpo, alma e espírito, ao serviço de Deus. Como podem os homens obedecer a essas palavras e ao mesmo tempo comprometer-se a apoiar aquilo que priva seus vizinhos da liberdade de ação? E como podem os homens obedecer a essas palavras e formar combinações que roubam às classes mais pobres as vantagens que justamente lhes pertencem, privando-as de comprar ou vender, exceto sob certas condições?” — Carta 26, 1903. ME2 143.4
Leia Lucas 10:25. O que esse intérprete da Lei perguntou e por quê?
“Quando este jovem príncipe foi ter com Jesus, sua sinceridade e fervor conquistaram o coração do Salvador. “Olhando para ele, o amou.” Marcos 10:21. Nele viu alguém que poderia trabalhar como pregador da justiça. Teria recebido este jovem talentoso e nobre tão prontamente como recebera os pobres pescadores que O seguiam. Se devotasse sua aptidão à obra de salvar almas, poderia tornar-se obreiro diligente e bem-sucedido para Cristo.” PJ 213.4
“Precisava, porém, aceitar primeiramente as condições do discipulado. Precisava entregar-se a Deus sem reservas. Ao convite do Salvador, João, Pedro, Mateus e seus companheiros, deixando tudo, levantaram-se e O seguiram. Lucas 5:28. Era requerida a mesma consagração do jovem príncipe. E nisto Cristo não pediu maior sacrifício do que Ele próprio fizera. “Sendo rico, por amor de vós Se fez pobre, para que, pela Sua pobreza, enriquecêsseis.” 2 Coríntios 8:9. O jovem tinha somente que seguir aonde Cristo o precedera.” PJ 213.5
“Zaqueu ficou abismado, num deslumbramento, e silencioso em face do amor e da condescendência de Cristo em rebaixar-Se até ele, tão indigno. Então o amor e a lealdade para com o Mestre que acabava de achar, lhe descerraram os lábios. Resolveu fazer pública sua confissão e arrependimento.” DTN 387.5
Em presença da multidão, “levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.” DTN 387.6
“E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão”. Lucas 19:9.” DTN 387.6
“Quando o jovem rico se retirara de Jesus, maravilharam-se os discípulos de ouvir o Mestre dizer: “Quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!” Exclamaram uns para os outros: “Quem poderá pois salvar-se?” Marcos 10:24, 26. Agora, tinham uma demonstração das palavras de Cristo: “As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus”. Lucas 18:27. Viram como, por meio da graça divina, um rico podia entrar no reino.” DTN 387.7
Leia Mateus 26:56; Atos 17:11; 1Coríntios 15:3; 2Timótio 3:16. Como esses versos nos ajudam a entender a resposta de Jesus para o intérprete em Lucas 10:26?
Lembre-se, também, que quando o jovem rico perguntou o que ele deveria fazer para ter vida eterna, a resposta de Jesus foi: "Guarda os mandamentos." E Sua resposta hoje é a mesma. (Veja Apocalipse 22:14) Quando o jovem perguntou quais mandamentos deveria guardar, o Senhor claramente lhe disse: "Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mateus 19:18, 19
Observe a seguir que a "lei" moral e o "mandamento" são sinônimos. "Não penseis", declarou Ele, "que vim destruir [ou anular] a lei ou os profetas: Não vim para destruir, mas para cumprir [as profecias referentes a Mim e à Minha obra]. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem [e eles ainda existem], nem um jota ou um til não passará da lei, até que tudo seja cumprido. Portanto, qualquer que quebrar um destes mínimos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino do céu; aquele, porém, que os praticar e ensinar, será chamado grande no reino do céu... Ouvistes o que foi dito pelos antigos: Não assassinarás; mas qualquer que assassinar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo: Quem quer que, sem motivo, se irar contra seu irmão, estará sujeito a julgamento; e qualquer que disser a seu irmão: Raca!, estará sujeito ao concílio, e qualquer que lhe disser: És tolo!, estará sujeito ao fogo do inferno. Mateus 5:17-19, 21, 22.
Notemos cuidadosamente que os mandamentos foram escritos pelo próprio Deus em duas tábuas de pedra. A primeira continha os quatro primeiros mandamentos - aqueles que ordenam o amor a Deus - e a segunda continha os seis últimos mandamentos - aqueles que ordenam o amor aos nosso próximo. Essas duas tábuas, com seus dez mandamentos - quatro em uma e seis na outra -, o Senhor os resume em dois mandamentos e declara que são os grandes mandamentos. Todos os dez mandamentos, portanto, são grandes, não há distinção entre um e outro. Portanto, é desses mandamentos que dependem a lei e os profetas - toda a Bíblia - e se esses mandamentos falharem, então toda a Bíblia falhará, e como a Bíblia não pode falhar, os mandamentos também não podem falhar, mas aquele que não se arrepender por tê-los quebrado e não parar de quebrá-los, certamente cairá no fundo do poço.
“Vamos ouvir a conclusão de toda a questão: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer toda a obra a juízo, com cada coisa secreta, quer seja boa, quer seja má.” Ecclesiastes 12:13,14
Qual foi a resposta do intérprete à sua própria pergunta? Lc 10:27, 28
"Milhões de pessoas em nosso mundo estão fazendo a escolha feita pelo jovem governante. São inteligentes, mas não conseguem decidirem-se a ser mordomos honestos com os bens do Senhor. Muitos dizem: "Eu me abençoarei e glorificarei a mim mesmo; serei honrado como um homem acima de todos os outros". Jesus pagou o preço pela redenção deles; por causa deles, Ele se tornou pobre, para que eles pudessem ser ricos; e ainda assim, embora totalmente dependentes Dele em todas as suas posses terrenas, se recusam a fazer a vontade Dele demonstrando amor ao próximo. Não estão dispostos a aliviar as necessidades dos que os rodeiam com os meios que o Senhor colocou em suas mãos para esse fim. Eles se recusam a se apropriar do capital do Senhor para o benefício de outros e se apegam às suas posses. Como o governante, eles recusam o tesouro celestial e escolhem o que é agradável a eles mesmos. Por meio desse egoísmo, eles se mostram indignos das riquezas eternas. Mostram que não são aptos a ocupar um lugar no reino de Deus; se lhes fosse permitido entrar lá, eles, como o grande apóstata, reivindicariam tudo como se o tivessem criado, e estragariam o céu com sua cobiça. RH 14 de Dezembro de 1897, par. 7 - Tradução Livre
"Moisés foi chamado a escolher entre o mundo e Deus. Dois objetos conflitantes foram colocados diante dele. Os tesouros do Egito, a honra de uma coroa temporal e todos os benefícios mundanos envolvidos nessa escolha foram apresentados pelo príncipe deste mundo. O lado oposto foi apresentado pelo Príncipe da Luz, o Redentor do mundo. Ele mostrou a recompensa, as riquezas inescrutáveis de Cristo, e mostrou também o caminho de aflição, abnegação e autossacrifício, que deve ser percorrido por todos os que receberem essa recompensa." RH 14 de Dezembro de 1897, par. 8 – Tradução Livre
"A decisão foi deixada com Moisés. Como um homem de consciência livre, ele tinha a liberdade de escolher. Todo o céu estava interessado no assunto. Qual seria sua escolha - obediência a Deus, com a recompensa eterna da recompensa, ou obediência àquilo que fosse mais agradável à sua própria vontade? 'Pela fé, Moisés, quando chegou à idade adulta, recusou ser chamado filho da filha de Faraó; preferindo sofrer aflição com o povo de Deus, a gozar por algum tempo os prazeres do pecado; considerando o opróbrio de Cristo maior riqueza do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa do galardão'". RH 14 de Dezembro de 1897, par. 9 – Tradução Livre
Leia Mateus 22:37-40. De que modo o que Jesus disse nesses versos se compara à resposta do intérprete em Lucas 10:27, 28?
“O doutor da lei disse: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.” Lucas 10:27. “Respondeste bem”, disse Cristo; “faze isso e viverás.” Lucas 10:28. PJ 204.4
“O doutor da lei não estava satisfeito com a atitude e obras dos fariseus. Estivera estudando as Escrituras com o desejo de aprender sua significação verdadeira. Tinha interesse real na questão, e perguntou com sinceridade: “Que farei?” Lucas 10:25. Em sua resposta a respeito dos reclamos da lei, passou por alto toda a multidão de preceitos cerimoniais e rituais. A estes não deu importância, mas apresentou os dois grandes princípios de que dependem toda a lei e os profetas. O assentimento do Salvador a esta resposta colocou-O em posição vantajosa para com os rabinos. Não podiam condená-Lo por sancionar aquilo que fora proferido por um expositor da lei.” PJ 204.5
“Faze isso e viverás”, disse Cristo. Lucas 10:28. Em Seus ensinos sempre apresentava a lei como uma unidade divina, mostrando que é impossível guardar um preceito e violar outro; porque um mesmo princípio os anima a todos. O destino do homem será determinado pela obediência a toda a lei.” PJ 205.1
“Cristo sabia que ninguém poderia obedecer à lei por sua própria força. Desejava induzir o doutor da lei a um estudo mais esclarecido e minucioso para que achasse a verdade. Somente aceitando a virtude e a graça de Cristo podemos observar a lei. A fé na propiciação pelo pecado habilita o homem caído a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a si mesmo.” PJ 205.2
“O doutor sabia que não guardara nem os primeiros quatro, nem os últimos seis mandamentos. Foi convencido pelas penetrantes palavras de Cristo, mas em vez de confessar o seu pecado, procurou justificar-se. Em vez de reconhecer a verdade, tentou mostrar quão difícil é cumprir os mandamentos. Deste modo esperava rebater a convicção e justificar-se aos olhos do povo. As palavras do Salvador lhe mostraram que a pergunta era desnecessária, pois ele mesmo estava apto para a ela responder. Contudo interrogou novamente, dizendo: “Quem é o meu próximo?” Lucas 10:29 PJ 205.3
Leia Lucas 10:30-37. Como você resumiria o que Jesus quis demonstrar?
“Dando esta lição, Jesus apresentou os princípios da lei de maneira direta e incisiva, mostrando aos ouvintes que eles tinham negligenciado a prática destes princípios. Suas palavras eram tão definidas e acertadas que os ouvintes não podiam achar oportunidade de contestá-las. O doutor da lei não encontrou na lição nada que pudesse criticar. Seu preconceito a respeito de Cristo foi removido. Mas não tinha vencido suficientemente a aversão nacional, para recomendar por nome o samaritano. Ao perguntar Cristo: “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?” Disse: “O que usou de misericórdia para com ele.” Lucas 10:36, 37. PJ 206.2
“Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira.” Lucas 10:37. Mostra o mesmo terno amor para com os necessitados. Assim demonstrarás que guardas toda a lei.” PJ 206.3
“Muitos atualmente cometem erro semelhante. Dividem seus deveres em duas classes distintas. Uma classe consiste em grandes coisas reguladas pela lei de Deus; a outra, nas assim chamadas coisas pequenas, em que o mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 19:19), é passado por alto. Essa esfera de trabalho é deixada ao léu, e sujeita à inclinação e ao impulso. Desse modo o caráter é manchado e a religião de Cristo mal representada.” PJ 207.3
“Homens há que pensam ser humilhante para a sua dignidade o servirem a humanidade sofredora. Muitos olham com indiferença e desdém os que arruinaram seu corpo. Outros desprezam os pobres por diferentes motivos. Estão trabalhando, como crêem, na causa de Cristo, e procuram empreender algo de valor. Sentem que estão fazendo grande obra, e não se podem deter para notar as dificuldades do necessitado e do infeliz. Sim, até pode dar-se que, favorecendo sua suposta grande obra, oprimam os pobres. Podem colocá-los em circunstâncias difíceis e penosas, privá-los de seus direitos ou negligenciar-lhes as necessidades. Apesar disso acham que tudo isto é justificável, porque estão, como cuidam, promovendo a causa de Cristo.” PJ 207.4
“Muitos consentem em que um irmão ou vizinho se debata sob circunstâncias adversas, sem ampará-lo. Porque professam ser cristãos, pode ele ser induzido a pensar que em seu frio egoísmo estão representando a Cristo. Porque pretensos servos do Senhor não são Seus coobreiros, o amor de Deus que deles devia exalar é em grande parte interceptado de seus semelhantes. E muitos louvores e ações de graças do coração e lábios humanos são impedidos de refluir a Deus. Ele é destituído da glória devida ao Seu Santo nome. É espoliado das pessoas pelas quais Cristo morreu, pessoas que anela introduzir em Seu reino, para habitarem em Sua presença pelos séculos infindos.” PJ 207.5
Tanto o jovem rico quanto Nicodemos eram governantes e, embora Nicodemos não fosse tão rico quanto o jovem, ele não era pobre. Mas por que foi pedido a um que distribuísse suas riquezas para os pobres, e ao outro que nascesse de novo? Por que ambos não deveriam pagar o mesmo preço pela salvação? Aqui estão as razões:
Para evitar ser visto na companhia de Jesus, Nicodemos veio a Ele, não de dia, mas secretamente à noite, enquanto o jovem governante veio a Jesus não só abertamente de dia, mas também enquanto uma multidão estava com Jesus. O jovem governante rico era, portanto, o obstáculo básico de Nicodemos, e o obstáculo básico de Nicodemos era seu orgulho. Assim, a enfermidade de um exigia um tipo de tratamento, e a enfermidade do outro exigia outro tipo de tratamento.
Jesus nunca pediu a ninguém que aceitasse Sua religião, mas pediu-lhes que "O seguissem", que fossem um de Seus discípulos. O jovem governante rico não podia seguir o Senhor porque seu coração estava centrado em suas próprias riquezas. E Nicodemos não podia seguir o Senhor porque era orgulhoso demais para ser visto na companhia do impopular e odiado Jesus seguido por humildes pescadores. Para remover os obstáculos, um tinha que se livrar de suas riquezas, e o outro tinha que se livrar de seu orgulho. Para erradicar o orgulho, é preciso nascer de novo, é preciso se tornar um homem novo. Mas para erradicar o amor ao dinheiro, é preciso dar seu dinheiro àqueles que realmente precisam dele.
As Escrituras registram que Abraão era muito rico. No entanto, ele é chamado de "amigo de Deus". A riqueza em si mesma, portanto, pode ser uma bênção, embora mais frequentemente se torne uma maldição. O orgulho, no entanto, nunca é bom.