Rebelião em um Universo Perfeito

Lição 1, 4º Trimestre de 24 a 30 de Setembro de 2022

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Sábado à Tarde - 24 de Setembro

Texto para Memorizar:

“Como caíste do céu, Ó Lúcifer, filho da manhã! Tu, que foste derrubado ao chão, que enfraqueces as ¬nações!” BKJ – Isaías 14:12


“É impossível explicar a origem do pecado, ou dar uma razão para sua existência. É um intruso, cuja existência nenhuma razão pode ser dada. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo é defendê-lo. Se pudesse ser desculpado, se uma causa fosse mostrada para sua existência, deixaria de ser pecado. Nossa única definição de pecado é aquela dada na palavra de Deus; é 'a transgressão da lei'.” SP4 316.2 (Tradução Livre)

Domingo - 25 de Setembro

Criação, uma Expressão de Amor

1 João 4: 8, 16

O que a certeza de que “Deus é amor” nos diz sobre a natureza de Suas atividades criadoras?

À Sua própria imagem Deus criou Adão, e deu-lhe "domínio soberano sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre toda a coisa rastejante que rasteja sobre a terra.. ." Gênesis 1:26.

Assim, como Ele fez de Adão o primeiro rei sobre o domínio da terra, e todas as criaturas vivas seus súditos, a habilidade natural de Adão para governá-los, e a submissão natural a ele, mostram que toda a criação, homem e animal, aves e répteis, foram divinamente influenciados ou dotados – inspirados. Assim, quando Adão revisou toda a criação animal à medida que passou diante dele, não gastou tempo estudando a natureza das criaturas para identificá-las, mas instantaneamente deu a cada espécie seu nome; eles, por sua vez, imediatamente o reconheceram como seu rei – e deram-lhe submissão. Essa superinteligência (tal como é comprovada em Mateus 10:19) mostra claramente que toda a criação foi influenciada por um poder acima e além do seu próprio. Em resumo, tanto a compreensão de Adão quanto a dos animais veio pela Inspiração.

“Olho para estas flores, e cada vez que as vejo penso no Éden. São uma expressão do amor de Deus por nós. Assim nos dá Ele, neste mundo, um pequenino sabor do Éden. Quer que nos deleitemos nas belas coisas de Sua criação, e que nelas vejamos uma expressão do que Ele deseja fazer em nosso favor.” ME2 356.2

“Todo o mundo natural destina-se a ser um intérprete das coisas de Deus. Para Adão e Eva, em seu lar edênico, a natureza estava repleta do conhecimento de Deus, cheia de instrução divina. Para seus ouvidos atentos ela como que ecoava a voz da sabedoria. A sabedoria falava aos olhos, e era recebida no coração; pois eles entretinham comunhão com Deus por meio de Suas obras criadas. Logo que o santo par transgrediu a lei do Altíssimo, o brilho da face de Deus apartou-se da face da natureza. A natureza está hoje arruinada e contaminada pelo pecado. As lições objetivas de Deus, porém, não estão obliteradas. Mesmo hoje, devidamente estudada e interpretada, ela fala de seu Criador. ... As crianças e jovens, todas as classes de estudantes, necessitam das lições que procedem dessa fonte. Em si mesma a beleza da natureza afasta a alma do pecado e das atrações mundanas, e a leva à pureza, à paz, e a Deus.” CP 186.1, 186.2

“O contato constante com o mistério da vida e o encanto da Natureza, bem como a ternura suscitada com o servir a estas belas coisas da criação de Deus, propendem a despertar o espírito, purificar e elevar o caráter; e as lições ensinadas preparam o obreiro para tratar com mais êxito com outras mentes.” Ed 111.3

“O mesmo poder que mantém a Natureza, opera também no homem. As mesmas grandes leis que guiam tanto a estrela como o átomo, dirigem a vida humana. As leis que presidem à ação do coração, regulando o fluxo da corrente da vida no corpo, são as leis da Inteligência todo-poderosa, as quais presidem às funções da alma. DEle procede toda a vida. Unicamente em harmonia com Ele poderá ser achada a verdadeira esfera daquelas funções. Para todas as coisas de Sua criação, a condição é a mesma: uma vida que se mantém pela recepção da vida de Deus, uma vida exercida de acordo com a vontade do Criador. Transgredir Sua lei, física, mental ou moral, corresponde a colocar-se o transgressor fora da harmonia do Universo, ou introduzir discórdia, anarquia e ruína.” Ed. 99.2

Segunda - 26 de Setembro

Livre-Arbítrio, a Base para o Amor

1 João 4:7-16

O que essa passagem nos diz sobre o livre-arbítrio como uma condição para cultivar o amor?

As pessoas devem saber por si mesmas o que é a Verdade, e por si mesmas devem decidir o que fazer com Ela se quiserem ser admitidos no Reino. Tanto aqueles que precisam ser cercados, ou conduzidos por uma corda ou conduzidos por um bastão para dentro do Reino, como aqueles que constroem a cerca, puxam a corda ou seguram o bastão, encontrarão a porta fechada e ouvirão O Mestre dizer: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim,” Os ministros não são chamados a serem capatazes, nem a consciência dos outros. Eles são chamados para serem mestres da Verdade.

“Hoje existem multidões tão verdadeiramente sob o poder dos maus espíritos como estava o endemoninhado de Cafarnaum. Todos aqueles que voluntariamente se apartam dos mandamentos de Deus estão-se colocando sob o domínio de Satanás. Muito homem brinca com o mal, julgando que o pode deixar quando lhe aprouver; mas é engodado mais e mais, até que se encontra dominado por uma vontade mais forte que a sua própria. Não pode escapar ao seu misterioso poder. Pecado secreto ou paixão dominante o pode reter cativo, tão impotente como se achava o endemoninhado de Cafarnaum.” CBV 92.3

“Todavia, sua condição não é desesperadora. Deus não domina nossa mente sem nosso consentimento; mas toda pessoa é livre para escolher o poder que deseja domine sobre ela. Ninguém caiu tão baixo, ninguém há tão vil, que não possa encontrar libertação em Cristo. O endemoninhado, em lugar de oração, não podia proferir senão as palavras de Satanás; porém, o silencioso apelo do seu coração foi ouvido. Nenhum grito de uma alma em necessidade, mesmo sem ser enunciado em palavras, será desatendido. Os que concordam em entrar em concerto com Deus não são deixados entregues ao poder de Satanás ou à enfermidade de sua própria natureza.” CBV 93.1

“Tirar-se-ia a presa ao valente? Ou os presos justamente escapariam? ... Assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano escapará; porque Eu contenderei com os que contendem contigo e os teus filhos Eu remirei” (Isaías 49:24, 25). CBVc 27.1

Terça - 27 de Setembro

Ingratidão Misteriosa

Ezequiel 28:12-19

O que podemos aprender com esta passagem sobre a origem misteriosa do pecado?

Você reconhece esta descrição [Ezequiel 28:12-19] como sendo a de Lúcifer; no entanto, a profecia é dirigida ao príncipe de Tiro, assim como Isaías 14 associou o rei da Babilônia a Lúcifer. Por isso, devemos entender que tanto "Tiro" quanto "Babilônia" são instigados por Satanás e estão preparados para fazer na terra a mesma obra perversa que Satanás fez originalmente no céu. Mas aqui nos é dito que a derrota de Satanás nesses empreendimentos será completa e vergonhosa.

“Para muitos espíritos, a origem do pecado e a razão de sua existência são causa de grande perplexidade. Vêem a obra do mal, com seus terríveis resultados de miséria e desolação, e põem em dúvida como tudo isso possa existir sob o reinado de um Ser que é infinito em sabedoria, poder e amor. Eis um mistério, para o qual não encontram explicação. E, em sua incerteza e dúvida, tornam-se cegos para verdades plenamente reveladas na Palavra de Deus, e essenciais à salvação. Existem os que, em suas pesquisas concernentes à existência do pecado, se esforçam por esquadrinhar aquilo que Deus nunca revelou; por isso não encontram solução para suas dificuldades; e os que mostram tal disposição para a dúvida e astúcia, aproveitam-se disto como desculpa para rejeitar as palavras das Sagradas Escrituras. Outros, entretanto, deixam de ter uma compreensão satisfatória a respeito do grande problema do mal, devido a terem a tradição e a interpretação errônea obscurecido o ensino da Bíblia relativo ao caráter de Deus, à natureza de Seu governo, e aos princípios que regem Seu trato com o pecado.” GC 492.1

“É impossível explicar a origem do pecado de maneira a dar a razão de sua existência. Todavia, bastante se pode compreender em relação à origem, bem como à disposição final do pecado, para que se faça amplamente manifesta a justiça e benevolência de Deus em todo o Seu trato com o mal. Nada é mais claramente ensinado nas Escrituras do que o fato de não haver sido Deus de maneira alguma responsável pela manifestação do pecado; e de não ter havido qualquer retirada arbitrária da graça divina, nem deficiência no governo divino, para que dessem motivo ao irrompimento da rebelião. O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para a sua existência, deixaria de ser pecado. Nossa única definição de pecado é a que é dada na Palavra de Deus; é: “quebrantamento da lei”; é o efeito de um princípio em conflito com a grande lei do amor, que é o fundamento do governo divino.” GC 492.2

Quarta - 28 de Setembro

O Preço do Orgulho

Isaías 14: 12-15

Quais consequências de longo alcance o orgulho de Lúcifer enquanto estava no céu trouxe ao universo e à Terra?

Entendemos que o nome de Satanás antes de pecar era Lúcifer, e que ele pecou antes de Eva pecar, foi personificado na serpente a qual enganou Eva. Devemos, portanto, considerar o pecado no céu antes de considerarmos o pecado na terra.

Satanás, Segundo nos é dito, não foi o único pecador no céu, pois com ele foi expulso do céu um terço da hoste angelical (Apocalipse 12:4). Estes foram expulsos do Céu porque deram ouvidos às palavras de Lúcifer, ou seja, a um homem no Céu, em vez de dar ouvidos à palavra de Deus. Esta foi a queda dos anjos. O próprio Lúcifer caiu quando ambicionou ser como Deus.

Esses dois pecados – confiança no homem e desejo de exaltar a si mesmo – ainda são os principais elementos do pecado atualmente aqui na terra. Esta foi a pedra de tropeço de Eva e para muitos ainda hoje é a pedra de tropeço. Não, apenas o apetite não foi a causa da queda de Eva. A serpente não disse: “Você deve comer deste fruto, porque é maravilhoso, mais delicioso do que qualquer outro fruto no jardim de Deus”. Mas disse: “Deus sabe que no dia em que dele comerdes, então vossos olhos serão abertos, e vós sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal.”. Gênesis 3:5

Obviamente o fruto a atraiu, mas ela foi tentada pela ideia de ter a oportunidade de ser exaltada ao trono de Deus, de ser exaltada à mesma posição a que o próprio Lúcifer desejava. Lúcifer deve ter acreditado honestamente que ele seria como Deus se os anjos no céu e os homens na terra apenas recebessem ordens dele.

E assim vemos que o Diabo enganou Eva pelos mesmos motivos que enganou a si mesmo e a seus anjos, a única diferença é que ele fez Eva comer da fruta que ele mesmo e seus anjos não comeriam. Consequentemente, Eva também pecou contra seu ser físico ao levar para dentro dela algo que não foi criado para comer, e consequentemente ela morreu. Mas Satanás e seus anjos ainda vivem.

“O orgulho de sua própria glória alimentava o desejo de supremacia. As elevadas honras conferidas a Lúcifer não eram apreciadas como um dom de Deus, e não despertavam gratidão para com o Criador. Ele se gloriava em seu resplendor e exaltação, e aspirava a ser igual a Deus. Era amado e reverenciado pela hoste celestial. Anjos deleitavam-se em executar suas ordens, e, mais que todos eles, estava revestido de sabedoria e glória. Todavia, o Filho de Deus era o reconhecido Soberano do Céu, igual ao Pai em poder e autoridade. Em todos os conselhos de Deus, Cristo tomava parte, enquanto a Lúcifer não era assim permitido entrar em conhecimento dos propósitos divinos. “Por que”, perguntava o poderoso anjo, “deveria Cristo ter a supremacia? Por que é Ele desta maneira mais honrado do que Lúcifer?” GC 495.1

Quinta - 29 de Setembro

A Disseminação da Descrença

Apocalipse 12

O que o capítulo ensina sobre a disseminação da rebelião do céu para a terra?

“E a sua cauda arrastou a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que estava pronta para dar à luz, para devorar o seu filho assim que nascer…

“E houve guerra no céu; Miguel e os seus anjos lutaram contra o dragão, e lutou o dragão e os seus anjos, e não prevaleceram, nem o seu lugar se achou mais no céu.

E o grande dragão foi lançado fora, aquela antiga serpente, chamada de Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi lançado à terra, e os seus anjos foram lançados com ele.

“E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, ele perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. Apocalipse 12: 4, 7-9, 13

Aqui são descritos dois “expulsos” diferentes. Observe que, no primeiro caso, o dragão arrastou os anjos com sua cauda. Mas, você se pergunta, por que não com suas garras? – Simplesmente porque isso indicaria falsamente que Satanás derrotou o Senhor e, consequentemente, arrastou para fora do céu um terço dos anjos. Mas como ele os arrastou com sua cauda, o verdadeiro significado fica claro – que a terça parte dos anjos o seguiram voluntariamente. Eles se agarraram à sua cauda, por assim dizer, enquanto ele liderava o caminho. “Desviaram-se do Pai e de seu Filho, e uniram-se ao instigador da rebelião.” – Testemunhos, v. 3, pág. 114.2. O dragão persuadiu os anjos e eles o seguiram do céu à terra, então ele procurou devorar a Cristo.

Este incidente do versículo 4, o dragão atraindo as estrelas, precedeu o incidente do versículo 9, o Senhor lançando o dragão por terra. A primeira ocorreu antes do Senhor nascer e a segunda depois de Sua ressurreição. Isso é manifestado nos seguintes parágrafos:

Nos dias de Jó, Satanás ainda tinha acesso ao céu, pois nos é dito que “…”houve um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se diante do SENHOR, Satanás veio também entre eles. E o SENHOR disse a Satanás: De onde tu vens? Então Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De ir e de vir sobre a terra, e de nela andar para cima e para baixo.” Jó 1:6, 7.

Satanás, então, não foi expulso do céu imediatamente depois de se rebelar ou mesmo quando fez Adão e Eva pecarem. Em vez disso, deve ter sido depois da época de Jó. Mas para determinar exatamente quando, leremos Apocalipse 12:13: “E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, ele perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem”. Ele, portanto, foi expulso antes de ir perseguir a igreja. Fez isso “no momento em que houve uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.”. Atos 8:1. Este fato é novamente confirmado pelo Espírito de Profecia:

Triunfantemente o Senhor foi arrebatado para Deus e a Seu trono. “…todos ali estão para dar as boas-vindas ao Redentor. Estão ansiosos por celebrar-Lhe o triunfo e glorificar seu Rei... apresenta a Deus o molho movido, aqueles ressuscitados com Ele como representantes da grande multidão que há de sair do sepulcro por ocasião de Sua segunda vinda... Ouve-se a voz de Deus proclamando que a justiça está satisfeita. Está vencido Satanás. Os filhos de Cristo, que lutam e se afadigam na Terra, são “agradáveis [...] no Amado”. Efésios 1:6. Perante os anjos celestiais e os representantes dos mundos não caídos, são declarados justificados…”

“Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o Universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais. Daí em diante sua obra seria restrita. Qualquer que fosse a atitude que tomasse, não mais podia esperar os anjos ao virem das cortes celestiais, nem perante eles acusar os irmãos de Cristo de terem vestes de trevas e contaminação de pecado. Estavam rotos os últimos laços de simpatia entre Satanás e o mundo celestial.” – O Desejado de Todas as Nações, pg. 539, 590, 591

De fato, percebendo que já havia posto um fim à sua acusação dos irmãos no céu, e sabendo que sua permanência mesmo na terra seria muito curta, --- SATANÁS DESCEU COM GRANDE IRA.

Depois que o dragão foi lançado, João ouviu uma voz alta dizendo no céu.

“Agora chegou a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual os acusava dia e noite diante de nosso Deus. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra do seu testemunho; e eles não amaram as suas vidas até a morte. Por isso regozijai-vos ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam a terra e o mar! porque o diabo desceu até vós com grande ira, pois ele sabe que pouco tempo lhe resta.”. Versículos 10-12.

“As acusações de Satanás contra os que buscam ao Senhor não são movidas pelo desprazer pelos pecados deles. Ele exulta nos defeitos do seu caráter; pois sabe que é unicamente por suas transgressões da lei de Deus que ele obtém poder sobre eles.”. – Profetas e Reis, pg. 299.1.

Satanás, como vemos, encoraja o pecador a cometer inconscientemente a transgressão, e assim assegurar sua condenação, não necessariamente na terra, mas no céu. Diante do justo Juiz, Satanás acusa o transgressor de “vestir-se de vestes de escuridão e de contaminação do pecado”. Mas quando o Espírito de Deus incita a reprovação, Ele revela o pecado e repreende o pecador por meio de Sua igreja.

O povo de Deus deve estar sempre alerta à voz do Espírito de Cristo, bem como estar atento para discernir o espírito de Satanás. Quando os dois se chocam, um luta pela obediência à Palavra de Deus, enquanto o outro desculpa o pecado e simpatiza com o pecador. Nesta última maneira sutil, Satanás muitas vezes ganha terreno e conquista o pecador para suas fileiras, pois o pecador naturalmente ama seu pecado. Os fiéis, porém, o vencem “pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho”. Eles “não amaram as suas vidas até a morte”. Apocalipse. 12:11.

“E à mulher foram dadas duas asas de uma grande águia, para que ela pudesse voar para o deserto, ao seu lugar, ali onde é alimentada por um tempo, e tempos, e meio tempo, longe da face da serpente.” Apocalipse 12:14.

Visto que um deserto é exatamente o oposto de um vinhedo, a declaração “para que ela pudesse voar para o deserto” implica enfaticamente que ela deve ter deixado o vinhedo. E foi exatamente isso que ela fez: logo após a ressurreição, a igreja (a mulher) deixou a terra santa (a vinha) e foi para a terra dos gentios (o deserto).

Além desses fatos históricos, temos também o significado bíblico de vinha: “Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá sua planta aprazível. ”. Isáías. 5:7.

Sem dúvida, portanto, o deserto, onde a mulher foi alimentada por um tempo, é a terra dos gentios. E o fato de a mulher ter que fugir da face da serpente em sua terra natal mostra que o dragão fez da terra santa sua sede. Não satisfeito com isso, porém, até a seguiu para o deserto.

“E a serpente lançou da sua boca água como a de uma inundação atrás da mulher, para fazer com que ela fosse carregada pela inundação.”. Apocalipse 12:15.

Na esperança de destruir a mulher, a serpente primeiro a perseguiu. Falhando, porém, em alcançar seu objetivo, de repente inverteu suas táticas. Ele cessou a perseguição e começou a fazer amizade com ela. Mas a que preço para a mulher! Astuciosamente jogou água como uma inundação atrás dela, aparentemente para refrescá-la dando-lhe força e energia, quando na verdade foi um grande esforço para destruí-la.

As palavras figurativas da Inspiração explicam que a cristianização forçada dos gentios e o derramamento deles na igreja durante o século IV da era cristã não foi, na realidade, um ato amigável. Pelo contrário, foi como uma torrente devastadora para afogar o poder salvador do cristianismo. Em outras palavras, a Inspiração predisse o período em que o dragão vestiu os políticos pagãos com uma roupagem de cristianismo e depois os levou a compelir os pagãos não-cristãos a se juntarem à igreja, para que eles pudessem paganizá-la em vez de cristianizá-la.

Em confirmação, citamos uma descrição parcial da obra do Sr. Gibbon: “Pelos decretos de tolerância, ele [Constantino] removeu as desvantagens temporais que até então retardavam o progresso do cristianismo; seus ministros ativos e numerosos receberam uma permissão gratuita, um encorajamento liberal, para recomendar as verdades salutares da revelação por todo argumento que pudesse afetar a razão ou piedade da humanidade. O equilíbrio exato das duas religiões [cristã e pagã] durou apenas um momento... doações populares... A salvação do povo foi comprada com facilidade, se é verdade que, em um ano, doze mil homens foram batizados em Roma, além de um número proporcional de mulheres e crianças, e que um manto branco com vinte moedas de ouro, havia sido prometido pelo imperador a cada convertido.” Esta foi “uma lei de Constantino, que dava liberdade a todos os escravos que deveriam abraçar o cristianismo”. – Gibbon’s Rome, Vol. 2, pp. 273, 274. (Tradução Livre)

“E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e engoliu a inundação que o dragão lançara da sua boca.” Apocalipse 12:16.

A “terra”, é a poderosa arma de Deus, para finalmente ajudar a mulher. É para tragar a “inundação”; isto é, o mesmo meio divino que, de acordo com a parábola, tira o joio e o queima, da mesma forma tira todos os que se juntaram à igreja, mas que ainda são pagãos de coração. E o que acontece então? – As Escrituras fornecem a resposta:

“E o dragão irou-se com a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.”. Apocalipse 12:17.

O termo “remanescente” revela que sua semente é dividida em duas partes: uma é tirada, a outra é deixada. Neemias, por exemplo, explica: “Os remanescentes, que ficaram do cativeiro, lá na província, estão em grande aflição e desprezo;.” Neemias 1:3. Um “remanescente” sempre representa uma parte do todo, seja grande ou pequena.

E observe que o dragão guerreia, não contra um remanescente da “inundação”, mas contra o remanescente de sua semente. Sendo Cristo o filho único da mulher, sua semente são, portanto, os cristãos, aqueles que nasceram na igreja através do Espírito de Cristo. Assim, o ato de levar as primícias ao Monte Sião (Apocalipse 14:1) traz uma condição que faz um remanescente daqueles que ainda são deixados entre os gentios. Neste caso, portanto, eles, os segundos frutos, são o remanescente.

Lembremo-nos de que é depois que a terra tragar a inundação é que o dragão deve se irar contra a mulher, e “fazer guerra ao remanescente de sua semente [não contra ela pessoalmente], os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”. Apocalipse 12:16 17. Claramente, então, não há como escapar da conclusão de que acabar com a inundação de Satanás é sem dúvida a purificação da igreja, a destruição daqueles que se uniram à igreja através da ajuda da serpente. Essa purificação é o que capacita a igreja como um corpo a guardar os mandamentos de Deus e também ter o testemunho de Jesus Cristo, o Espírito de Profecia vivo (Apocalipse 19:10), em seu meio. Esta é sua única esperança, sua única força, sua única libertação. Sob essa luz, o Inspiração agora dá nova vida às palavras.

“Desperta, desperta, veste-te de poder, oh Sião. Veste tuas lindas vestes, ó Jerusalém, a cidade santa. Porque daqui em diante não mais haverá de entrar em ti o incircunciso e o impuro.”. Isaías 52:1

A purificação da igreja, portanto, de fato, não trará o tempo milenar de paz. Mas trará o fim dos ímpios na igreja, e com ela a maior ira de Satanás contra o remanescente, contra aqueles que, enquanto ainda entre os gentios, ousam depois tomar sua posição ao lado do Senhor. Eles serão, no entanto, libertados se eles, por assim dizer, arriscarem suas vidas – se eles tomarem sua posição do lado do Senhor e assim colocarem seus nomes no “livro”. Daniel 12:1.

O dragão não pode guerrear com a mulher, a igreja que é feita das primícias, porque naquele tempo ela estará com o Cordeiro no Monte Sião (Apocalipse 14:1), fora do alcance do dragão.

Friday - September 30

Further Study

“Before the entrance of evil there was peace and joy throughout the universe. All was in perfect harmony with the Creator's will. Love for God was supreme, love for one another impartial. Christ the Word, the Only Begotten of God, was one with the eternal Father,—one in nature, in character, and in purpose,—the only being in all the universe that could enter into all the counsels and purposes of God. By Christ the Father wrought in the creation of all heavenly beings. “By Him were all things created, that are in heaven, ... whether they be thrones, or dominions, or principalities, or powers” (Colossians 1:16); and to Christ, equally with the Father, all heaven gave allegiance. GC 493.1

“The law of love being the foundation of the government of God, the happiness of all created beings depended upon their perfect accord with its great principles of righteousness. God desires from all His creatures the service of love—homage that springs from an intelligent appreciation of His character. He takes no pleasure in a forced allegiance, and to all He grants freedom of will, that they may render Him voluntary service. GC 493.2

“But there was one that chose to pervert this freedom. Sin originated with him who, next to Christ, had been most honored of God and who stood highest in power and glory among the inhabitants of heaven. Before his fall, Lucifer was first of the covering cherubs, holy and undefiled. “Thus saith the Lord God; Thou sealest up the sum, full of wisdom, and perfect in beauty. Thou hast been in Eden the garden of God; every precious stone was thy covering.... Thou art the anointed cherub that covereth; and I have set thee so: thou wast upon the holy mountain of God; thou hast walked up and down in the midst of the stones of fire. Thou wast perfect in thy ways from the day that thou wast created, till iniquity was found in thee.” Ezekiel 28:12-15. GC 493.3

“Lucifer might have remained in favor with God, beloved and honored by all the angelic host, exercising his noble powers to bless others and to glorify his Maker. But, says the prophet, “Thine heart was lifted up because of thy beauty, thou hast corrupted thy wisdom by reason of thy brightness.” Verse 17. Little by little, Lucifer came to indulge a desire for self-exaltation. “Thou hast set thine heart as the heart of God.” “Thou hast said, ... I will exalt my throne above the stars of God: I will sit also upon the mount of the congregation....I will ascend above the heights of the clouds; I will be like the Most High.” Verse 6; Isaiah 14:13, 14. Instead of seeking to make God supreme in the affections and allegiance of His creatures, it was Lucifer's endeavor to win their service and homage to himself. And coveting the honor which the infinite Father had bestowed upon His Son, this prince of angels aspired to power which it was the prerogative of Christ alone to wield.” GC 494.1

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