“Porque Cristo não entrou em um santuário feito por mãos, que são figuras do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora aparecer na presença de Deus por nós.” BKJ – Hebreus 9:24
Após a ascensão do Salvador, o senso da divina presença, plena de amor e luz, permanecia ainda com eles. Era uma presença pessoal. Jesus, o Salvador, que tinha andado com eles, com eles falado e orado, que lhes falara de esperança e conforto ao coração, tinha sido tomado deles para o Céu, quando a mensagem de paz ainda estava em Seus lábios. Enquanto o séquito de anjos, O recebia, dEle lhes vieram as palavras: “Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”. Mateus 28:20. Ele havia ascendido ao Céu na forma humana. Sabiam que, diante do trono de Deus, Ele ainda era seu Salvador e Amigo; sabiam que Sua simpatia era imutável; que Ele estaria para sempre identificado com a humanidade sofredora. Sabiam que Ele estava apresentando diante de Deus os méritos de Seu sangue, mostrando Suas mãos e pés feridos, como lembrança do preço que havia pago por Seus redimidos; e esse pensamento os fortalecia para suportar a injúria por Sua causa. Sua união com Ele era mais forte agora do que quando Ele estava com eles em pessoa. A luz, o amor e o poder de um Cristo sempre presente brilhava por meio deles, de maneira que os homens, contemplando, se maravilhavam. AA 36.4
Quando Cristo foi ressuscitado?
“Cristo ressurgiu dos mortos como as primícias dos que dormem. Era representado pelo molho movido, e Sua ressurreição teve lugar no próprio dia em que o mesmo devia ser apresentado perante o Senhor…” DTN 555.5
Cristo permaneceu na sepultura por duas noites e ressuscitou no domingo, então, como se cumpriu o sinal de Jonas, Mateus 12:39, 40?
...Jesus foi preso no início da manhã de Quinta-feira; julgado diante de Anás enquanto ainda estava escuro (João 18:13); levado diante de Caifás na assembléia do Sinédrio (Seu julgamento oficial) ao amanhecer (Mateus. 26:57; 27:1); depois diante de Pilatos, Sexta-feira, antes do amanhecer - por volta da hora sexta (João 19:14); depois diante de Herodes (Lucas 23:7); depois de volta a Pilatos (Lucas 23:11); e finalmente foi crucificado na manhã do mesmo dia, por volta da hora terceira (Marcos 15:25) - 9:00 da manhã, da época moderna.
Este registro de tempo nos mostra que Sua captura, Suas provações e Sua crucificação foram cuidadosamente e astuciosamente predeterminadas para acontecer à noite e de manhã cedo para evitar qualquer alvoroço, pois "eles temiam o povo". Lucas 20:19.
Ele permaneceu no túmulo por duas noites e ressuscitou no domingo. Os três dias e três noites correspondem ao período de seu primeiro julgamento oficial até o momento de Sua ressurreição. O coração da terra foi erroneamente interpretado como a sepultura, quando, ao invés disso, é, como mostra a experiência de Jonas, um símbolo da prisão de Cristo nas mãos dos pecadores e no túmulo (Mt 20:19; 16:21; 17:22, 23; 27:63; Lc 9:22; 24:21; 18:33; 24:7; - "Assim está escrito, e assim convinha que Cristo sofresse, e ressuscitasse dos mortos no terceiro dia". (Lc 24,46). O sinal dos "três dias e três noites" se cumpriu literalmente desde a manhã de quinta-feira, a hora de Seu julgamento oficial, até a manhã de domingo, quando Ele ressuscitou. O cordeiro pascal, que estava prestes a ser morto quando Jesus estava na cruz, não era o que foi morto no primeiro dia da semana da Páscoa, o décimo quarto dia do mês, mas o que foi morto no décimo sexto dia, o segundo dia das festas.
Qual foi o propósito da ascensão de Cristo ou da jornada para o céu?
Ao trono do Apocalipse 22:1, 2, que vai de eternidade a eternidade, Cristo ascendeu e ali se assentou à direita de Seu Pai (Atos 7:56) até chegar o momento em que, no cumprimento da profecia de Daniel e da revelação de João, algum tempo depois que o poder do chifre pequeno passou a existir, tanto Ele como Seu Pai se moveram para o trono do santuário. Sobre este último, Ele não está assentado como um rei à direita de Deus; em vez disso, Ele permanece tanto como um cordeiro sacrificial (Apocalipse 5:6), quanto como um intercessor (Daniel 7:13) suplicando pelos seres humanos pecadores. Assim, Seu trabalho de mediação começou --- Primeiro no Santo, depois no Santíssimo.
No santuário terrestre, o sumo sacerdote (tipificando Cristo) oficiava primeiro no compartimento sagrado durante todo o ano, depois no dia da Expiação, o dia da purificação do santuário e do julgamento do povo, oficiava no Santíssimo por apenas um dia. Este serviço duplo significa que no santuário celestial, o Sumo Sacerdote, Cristo, deve necessariamente primeiro oficiar no compartimento sagrado até o dia antitípico da Expiação, então durante esse dia, Ele deve oficiar no compartimento Santíssimo, diante do trono. Assim, os serviços terrenos, também, repudiam a idéia de que Cristo entrou no compartimento Santíssimo do santuário celestial imediatamente após Sua ascensão.
Qual foi a experiência de Israel no Monte Sinai?
Na manhã do terceiro dia, volvendo-se os olhares de todo o povo para o monte, o cimo deste estava coberto de uma nuvem densa, que se tornou mais negra e compacta, descendo até que toda a montanha foi envolta em trevas e terrível mistério. Então se ouviu um som como de trombeta, convocando o povo para encontrar-se com Deus; e Moisés guiou-os ao pé da montanha. Da espessa treva chamejavam vívidos relâmpagos, enquanto os ribombos do trovão ecoavam e tornavam a ecoar por entre as montanhas circunvizinhas. “E todo o Monte de Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e o seu fumo subiu como fumo de um forno, e todo o monte tremia grandemente.” “A glória do Senhor era como fogo devorador no cume do monte”, à vista da multidão congregada. “E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira.” Tão terríveis eram os sinais da presença de Jeová que as hostes de Israel tremeram de medo, e caíram prostrados perante o Senhor. Mesmo Moisés exclamou: “Estou todo assombrado, e tremendo”. Hebreus 12:21. PP 214.2
“E então cessaram os trovões; não mais se ouviu a trombeta; a terra ficou calada. Houve um tempo de solene silêncio, e então se ouviu a voz de Deus. Falando da espessa escuridão que O envolvia, encontrando-Se Ele sobre o monte, rodeado de um acompanhamento de anjos, o Senhor deu a conhecer a Sua lei. Moisés, descrevendo esta cena, diz: “O Senhor veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos; à Sua direita havia para eles o fogo da lei. Na verdade ama os povos; todos os Seus santos estão na Tua mão; postos serão no meio, entre os Teus pés, cada um receberá das Tuas palavras”. Deuteronômio 33:2, 3. PP 214.3
“O povo de Israel estava dominado pelo pavor. O terrível poder da fala de Deus parecia tal que o não poderiam suportar seus trêmulos corações. Pois, ao ser apresentada diante deles a grande regra de justiça de Deus, compenetraram-se, como nunca antes, do caráter ofensivo do pecado, e de sua própria culpabilidade à vista de um Deus santo. Recuaram da montanha com medo e espanto. A multidão clamou a Moisés: “Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos”. Êxodo 20:19-21. O líder respondeu: “Não temais, que Deus veio para provar-vos, e para que o Seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis.” O povo, entretanto, permaneceu à distância, olhando com terror a cena, enquanto Moisés “se chegou à escuridade onde Deus estava”. PP 218.4
Que advertência temos nas passagens acima?
“Mas logo depois uma calamidade repentina e terrível caiu sobre a família do sumo sacerdote. À hora do culto, enquanto ascendiam a Deus as orações e louvor do povo, dois dos filhos de Arão tomaram cada um o seu incensário e queimaram incenso fragrante no mesmo, para elevar perante o Senhor um cheiro suave. Mas transgrediram a Sua ordem pelo uso de “fogo estranho”. Números 3:4. Para queimar o incenso apanharam fogo comum em vez do fogo sagrado que o próprio Deus acendera e ordenou fosse usado para tal fim. Por causa deste pecado, saiu fogo do Senhor e os devorou à vista do povo.” PP 256.2
“Abaixo de Moisés e Arão, Nadabe e Abiú eram os mais preeminentes em Israel. Tinham sido honrados de modo especial pelo Senhor, tendo-se-lhes permitido juntamente com os setenta anciãos verem Sua glória no monte. Sua transgressão não deveria, entretanto, desculpar-se ou ser considerada levianamente. Tudo isto tornava mais ofensivo o seu pecado. Porque os homens receberam grande luz, porque tenham como príncipes de Israel subido ao monte, e hajam alcançado o privilégio de ter comunhão com Deus e demorar-se na luz da Sua glória, não se lisonjeiem eles de que podem depois pecar impunemente; de que, visto terem sido de tal maneira honrados, Deus não será rigoroso no castigo de sua iniqüidade. Isto é erro fatal. A grande luz e privilégios concedidos exigem uma retribuição de virtude e santidade correspondente à luz outorgada. Nada menos que isto poderá Deus aceitar. Grandes bênçãos e privilégios nunca devem embalar-nos em segurança ou despreocupação. Nunca devem dar liberdade ao pecado, nem fazer com que os que os recebem entendam que Deus não será exigente com eles. Todas as vantagens que Deus tem dado, são os Seus meios para lançar fervor no espírito, zelo no esforço e vigor no executar Sua santa vontade.” PP 256.3
“Nadabe e Abiú não haviam sido em sua juventude ensinados nos hábitos de domínio próprio. A disposição transigente do pai, sua falta de firmeza pelo que é reto, haviam-no levado a negligenciar a disciplina dos filhos. Havia-lhes permitido seguirem suas próprias inclinações. Hábitos de condescendência própria, durante muito tempo acalentados, alcançaram sobre eles um domínio que mesmo a responsabilidade do mais sagrado ofício não teve poder para quebrar. Não haviam sido ensinados a respeitar a autoridade do pai, nem se compenetravam da necessidade de estrita obediência aos mandos de Deus. A mal-entendida indulgência de Arão com os filhos preparou-os para se tornarem objetos dos juízos divinos.” PP 257.1
Quando a nova aliança entrará em vigor?
Jeremias 31:31-33 – “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que eu farei um novo pacto com a casa de Israel, e com a casa de Judá. Não conforme o pacto que eu fiz com os seus pais no dia em que eu os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito, porquanto eles quebraram meu pacto, embora eu os tenha desposado, diz o Senhor. Porém este será o pacto que eu farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Eu colocarei minha lei no seu íntimo, e a escreverei nos seus corações, e serei o seu Deus, e eles serão meu povo.”
Esta nova aliança, como vêem, deve entrar em vigor no tempo da ajuntamento. Então todo o povo de Deus saberá a diferença entre o bem e o mal. Assim, eles saberão qual é a vontade e o caminho do Senhor. E assim, eles serão capazes de fazer o bem e evitar o mal. Eles se inclinarão naturalmente e alegremente para fazer o bem, assim como agora se inclinam para o mal.
Jeremias 31:34 – “E eles não ensinarão mais cada homem a seu próximo e cada homem a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos conhecerão a mim, desde o menor até o maior deles, diz o Senhor, pois eu perdoarei a sua iniquidade, e não me lembrarei mais do seu pecado.”
Notem que os pecadores e aqueles que são ignorantes de Deus não estarão mais entre o povo de Deus. Certamente, uma mudança está por vir. O presente estado das coisas não continuará por muito tempo, os pecadores serão afastados para sempre. E como devemos estar felizes pois, se nos arrependermos agora, nossos pecados serão perdoados e esquecidos, e ninguém jamais nos lembrará deles!
Quando foi concluída a obra da redenção de Cristo?
“Todo o Céu estava esperando para saudar o Salvador à Sua chegada às cortes celestiais. Ao ascender, abriu Ele o caminho, e a multidão de cativos libertos à Sua ressurreição O seguiu…” DTN 590.1
“…Entra à presença do Pai. Mostra a fronte ferida, o atingido flanco, os dilacerados pés; ergue as mãos que apresentam os vestígios dos cravos. Aponta para os sinais de Seu triunfo; apresenta a Deus o molho movido, aqueles ressuscitados com Ele como representantes da grande multidão que há de sair do sepulcro por ocasião de Sua segunda vinda… dirigira-Se ao Pai. O pacto fora plenamente satisfeito. Agora Ele declara: “Pai, está consumado. Fiz, ó Meu Deus, a Tua vontade. Concluí a obra da redenção. Se a Tua justiça está satisfeita, ‘quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo”. João 19:30;17:24. DTN 590.9
“Ouve-se a voz de Deus proclamando que a justiça está satisfeita. Está vencido Satanás. Os filhos de Cristo, que lutam e se afadigam na Terra, são “agradáveis [...] no Amado”. Efésios 1:6…” DTN 591.1
O que tipifica o dia da colheita final?
“A festa dos tabernáculos não era apenas comemorativa, mas também típica. Não somente apontava para a peregrinação no deserto, mas, como festa da ceifa, celebrava a colheita dos frutos da terra, e indicava, no futuro, o grande dia da colheita final, em que o Senhor da seara enviará os Seus ceifeiros para ajuntar o joio em feixes para o fogo, e colher o trigo para o Seu celeiro. Naquele tempo os ímpios todos serão destruídos… PP 397.2
"Olhei", disse o Apocalipse cerca de 96 d.C., ao ser mostrado o trono no santuário, "e eis que uma porta estava aberta no céu; e a primeira voz que ouvi era como de uma trombeta falando comigo; que disse: Sobe aqui, e te mostrarei as coisas que devem acontecer no futuro.
“E imediatamente eu estava no espírito; e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado no trono. E Aquele que estava assentado era semelhante na aparência à pedra de jaspe e de sardônica; e havia um arco-íris ao redor do trono, pelo que parecia uma esmeralda. E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos, e sobre os assentos eu vi vinte e quatro anciãos assentados, vestidos de vestes brancas, e eles tinham sobre suas cabeças coroas de ouro. E do trono saíam relâmpagos e trovões e vozes; e havia sete lâmpadas de fogo queimando diante do trono, que são os sete Espíritos de Deus. E diante do trono havia um mar de vidro, semelhante ao cristal; e no meio do trono, e ao redor do trono, havia quatro animais cheios de olhos na frente e atrás.”
“E eu olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais, e no meio dos anciãos um Cordeiro em pé, como se tivesse sido morto; tendo sete chifres e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra… E eu olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e o número deles era dez mil, vezes dez mil, e milhares de milhares.” Apocalipse 4:1-6; 5:6, 11.
Aqui apresenta-se uma cena dupla. Por um lado, diante do trono estão as "sete lâmpadas queimando" e o "Cordeiro como se tivesse sido morto", mostrando que o trono foi "colocado" ali para servir no tempo da graça. A luz do candelabro representa a luz da verdade na igreja enquanto o sangue do Cordeiro está expiando pelos seres pecadores. Por outro lado, sobre o trono está o Ancião dos dias, o Juiz, rodeado pelo júri de vinte e quatro anciãos mais as testemunhas angelicais, "dez mil vezes dez mil, e milhares de milhares" deles, mais os quatro animais (que, sendo "redimidos" "de toda tribo, e língua, e povo, e nação" - Apocalipse. 5:8, 9, - são portanto símbolos dos santos,- todos aqueles cujos pecados serão apagados dos livros de registros, - assim como os animais de Daniel 7 são símbolos de todos os reinos que perecerão em seus pecados), com o Cordeiro, nosso Advogado, no meio. Tudo isso mostra um trabalho combinado de mediação e julgamento.
Até agora, vimos que quando João, em visão, viu a porta - o véu - abrir-se para o lugar santíssimo do santuário celestial, foi-lhe permitido olhar para dentro, e as coisas que ele viu, deveriam acontecer " no futuro" a partir de seu tempo; mostrando assim que no momento de sua visão (cerca de 96 D.C.) o lugar santíssimo estava fechado. Além disso, veremos agora pela profecia de Daniel que o trono do julgamento foi estabelecido no lugar santíssimo do santuário celestial depois que o "chifre pequeno" de Daniel 7 apareceu.
"Considerei os chifres", diz o profeta, “e eis que surgiu entre eles um outro pequeno chifre, perante o qual havia três dos primeiros chifres removidos pelas raízes, e eis que neste chifre havia olhos, como olhos de homem, e uma boca falando grandes coisas. Eu observei até que os tronos foram postos, e o Ancião de dias sentou-se, cujas vestes eram brancas como neve, e o cabelo da sua cabeça como pura lã. O seu trono era como a chama ardente e suas rodas como fogo abrasador. Um córrego flamejante fluía e surgia de diante dele; milhares de milhares ministravam a ele, e dez mil vezes dez mil estavam diante dele; o julgamento estava pronto e os livros foram abertos.” Daniel 7:8-10.
Estes versículos revelam que depois que "o julgamento foi estabelecido, e os livros foram abertos", "o Filho do homem", Cristo, foi então "levado" a uma posição, não "à direita de Deus", "o Ancião de dias", mas " diante Dele" (Dan. 7:8-10, 13).
Tanto a visão de João como a de Daniel revelam que o trono no santuário não estava lá desde o início da criação de Deus; ou desde os dias de Moisés; ou ainda desde a hora em que Cristo ascendeu para o alto; ou mesmo desde os dias da Roma pagã; que, de fato, não foi " estabelecido" até depois da queda da Roma pagã, quando surgiu o "chifre pequeno" do animal indescritível - nos dias da Roma Eclesiástica (Dan. 7:7-12, 21, 22). Portanto, em outro lugar que não seja no santuário, está... a Sala do Trono Eterno de Deus.
Visto que o trono do santuário não existia nos dias da igreja cristã primitiva, portanto o trono sobre o qual Estevão viu Cristo à "mão direita de Deus" (Atos 7:56) não poderia estar no santuário, onde está o "mar de vidro", mas sim no Paraíso, de onde corre o "rio da água da vida", e de ambos os lados está a "árvore da vida". Apocalipse 22:1, 2. Muito claramente, portanto, o trono que Estêvão viu é "o trono de Deus e do Cordeiro", o trono permanente e eterno. Ao redor deste glorioso assento não há animais, não há testemunhas, não há júri, e diante dele não há "nenhuma vela", nem sangue a ser oferecido. Em suma, ele está, não no santuário carregado de pecado, mas no Paraíso. É o trono administrativo soberano, a partir do qual o Infinito governa eternamente Seus seres imortais sem pecado!
Portanto, a este trono, que vai de eternidade a eternidade, Cristo ascendeu e ali se assentou à direita de Seu Pai até chegar o momento em que, no cumprimento da profecia de Daniel e da revelação de João, algum tempo depois que o poder do chifre pequeno passou a existir, tanto Ele como Seu Pai se moveram para o trono do santuário. Sobre este último, Ele não está assentado como um rei à direita de Deus; em vez disso, Ele permanece tanto como um cordeiro sacrificial (Apocalipse 5:6), quanto como um intercessor (Daniel 7:13) suplicando pelos seres humanos pecadores. Assim, Seu trabalho de mediação começou --- Primeiro no Santo, depois no Santíssimo.