Não tema, porque Eu estou com você; não fique com medo, porque Eu sou o seu Deus. Eu lhe dou forças; sim, Eu o ajudo; sim, Eu o seguro com a mão direita da Minha justiça” (Isaías 41:10).
“A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e calcou a pés a Sua lei. Tenebrosos são os registros da miséria humana que a Terra tem testemunhado durante seus longos séculos de crime. Ao contemplá-los confrange-se o coração e o espírito desfalece. Terríveis têm sido os resultados da rejeição da autoridade do Céu. Entretanto, cena ainda mais tenebrosa se apresenta nas revelações do futuro. Os registros do passado — o longo cortejo de tumultos, conflitos e revoluções, a “armadura daqueles que pelejavam com ruído, e os vestidos que rolavam no sangue” (Isaías 9:5) — que são, em contraste com os terrores daquele dia em que o Espírito de Deus será totalmente retirado dos ímpios, não mais contendo a explosão das paixões humanas e ira satânica! O mundo contemplará então, como nunca dantes, os resultados do governo de Satanás.” GC 36.2
Leia Lucas 19:41-44; Mateus 23:37, 38; João 5:40 Qual foi a atitude de Jesus para com Seu povo e a resposta deste à Sua graça? O que isso revela sobre Deus?
“O próprio Filho de Deus foi enviado para instar com a cidade impenitente. Foi Cristo que trouxe Israel, como uma boa vinha, do Egito. Salmos 80:8. Sua própria mão havia lançado fora os gentios de diante deles. Plantou-a “em um outeiro fértil.” Seu protetor cuidado cercara-a em redor. Enviou Seus servos para cultivá-la. “Que mais se podia fazer à Minha vinha”, exclama Ele, “que Eu lhe não tenha feito?” Posto que quando Ele esperou que “desse uvas, veio a produzir uvas bravas” (Isaías 5:1-4), ainda com esperança compassiva de encontrar frutos, veio em pessoa à Sua vinha, para que porventura pudesse ser salva da destruição. Cavou em redor dela, podou-a e protegeu-a. Foi incansável em Seus esforços para salvar esta vinha que Ele próprio plantara.” GC 19.2
“Olhando através dos séculos futuros, via o povo do concerto espalhado em todos os países, semelhantes aos destroços de um naufrágio em praia deserta. Nos castigos prestes a cair sobre Seus filhos, não via Ele senão o primeiro gole daquela taça de ira que no juízo final deveriam esgotar até às fezes. A piedade divina, o terno amor encontraram expressão nestas melancólicas palavras: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Mateus 23:37. Oh! se houveras conhecido, como nação favorecida acima de todas as outras, o tempo de tua visitação e as coisas que pertencem à tua paz! Tenho contido o anjo da justiça, tenho-te convidado ao arrependimento, mas em vão. Não é meramente a servos, enviados e profetas que tens repelido e rejeitado, mas ao Santo de Israel, teu Redentor. Se és destruída, tu unicamente és a responsável. “E não quereis vir a Mim para terdes vida.” João 5:40. GC 21.2
“Os discípulos ficaram cheios de espanto e admiração ante a profecia de Cristo acerca da subversão do templo, e desejavam compreender melhor o significado de Suas palavras. Riquezas, trabalhos e perícia arquitetônica haviam durante mais de quarenta anos sido liberalmente expedidos para salientar os seus esplendores. Herodes, o Grande, nele empregara prodigamente tanto riquezas romanas como tesouros judeus, e mesmo o imperador do mundo o tinha enriquecido com seus dons. Blocos maciços de mármore branco, de tamanho quase fabuloso, proveniente de Roma para este fim, formavam parte de sua estrutura; e para eles chamaram os discípulos a atenção do Mestre, dizendo: “Olha que pedras, e que edifícios!” Marcos 13:1. GC 24.3
“A estas palavras deu Jesus a solene e surpreendente resposta: “Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.” Mateus 24:2. GC 25.1
Leia Mateus 24:15-20. Que instrução Jesus deu ao Seu povo para ¬salvá-lo da vindoura destruição de Jerusalém?
“Jesus declarou aos discípulos que O escutavam, os juízos que deveriam cair sobre o apóstata Israel, e especialmente o castigo retribuidor que lhe sobreviria por sua rejeição e crucifixão do Messias. Sinais inequívocos precederiam a terrível culminação. A hora temida viria súbita e celeremente. E o Salvador advertiu a Seus seguidores: “Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, atenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes.” Mateus 24:15, 16; Lucas 21:20. Quando os símbolos idolátricos dos romanos fossem erguidos em terra santa, a qual ia um pouco além dos muros da cidade, então os seguidores de Cristo deveriam achar segurança na fuga. Quando fosse visto o sinal de aviso, os que desejavam escapar não deveriam demorar-se. Por toda a terra da Judéia, bem como em Jerusalém mesmo, o sinal para a fuga deveria ser imediatamente obedecido. Aquele que acaso estivesse no telhado, não deveria descer à casa, mesmo para salvar os tesouros mais valiosos. Os que estivessem trabalhando nos campos ou nos vinhedos, não deveriam tomar tempo para voltar a fim de apanhar a roupa exterior, posta de lado enquanto estavam a labutar no calor do dia. Não deveriam hesitar um instante, para que não fossem apanhados pela destruição geral.” GC 25.4
“Nenhum cristão pereceu na destruição de Jerusalém. Cristo fizera a Seus discípulos o aviso, e todos os que creram em Suas palavras aguardaram o sinal prometido. “Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos”, disse Jesus, “sabei que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam.” Lucas 21:20, 21. Depois que os romanos, sob Céstio, cercaram a cidade, inesperadamente abandonaram o cerco quando tudo parecia favorável a um ataque imediato. Os sitiados, perdendo a esperança de poder resistir, estavam a ponto de se entregar, quando o general romano retirou suas forças sem a mínima razão aparente. Entretanto, a misericordiosa providência de Deus estava dirigindo os acontecimentos para o bem de Seu próprio povo. O sinal prometido fora dado aos cristãos expectantes, e agora se proporcionou a todos oportunidade para obedecer ao aviso do Salvador. Os acontecimentos foram encaminhados de tal maneira que nem judeus nem romanos impediriam a fuga dos cristãos. Com a retirada de Céstio, os judeus, fazendo uma surtida de Jerusalém, foram ao encalço de seu exército que se afastava; e, enquanto ambas as forças estavam assim completamente empenhadas em luta, os cristãos tiveram ensejo de deixar a cidade. Nesta ocasião o território também se havia desembaraçado de inimigos que poderiam ter-se esforçado para lhes interceptar a passagem. Na ocasião do cerco os judeus estavam reunidos em Jerusalém para celebrar a festa dos Tabernáculos, e assim os cristãos em todo o país puderam escapar sem ser molestados. Imediatamente fugiram para um lugar de segurança — a cidade de Pela, na terra de Peréia, além do Jordão.” GC 30.2
Leia Sl 46:1; Is 41:10 e Sl 46:1; Is 41:10 O que a Bíblia diz sobre o cuidado de Deus? Veja também Hebreus 11:35-38
"Aquele que entrega sua alma a Jesus não precisa desanimar. Temos um Salvador todo-poderoso. Ao olhar para Jesus, o Autor e Consumador da fé, podemos dizer: ' Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.'" ST 3 de janeiro de 1906, par. 3 – Tradução Livre
"Não pense que a vida cristã está livre de tentações. Todo cristão sofrerá tentações. Tanto o cristão quanto aquele que não aceita Cristo como seu líder passarão por provações. A diferença é que este último está servindo a um tirano, fazendo seu trabalho pesado, enquanto o Cristão está servindo Àquele que morreu para lhe dar a vida eterna. Não encare a provação como algo estranho, mas como o meio pelo qual devemos ser purificados e fortalecidos. "Tende por motivo de toda alegria quando cairdes em várias tentações." Tiago declara: "Sabendo isto: que a prova da vossa fé produz a paciência". ST 3 de janeiro de 1906, par. 4 – Tradução Livre
Quais foram os desafios que a igreja do NT enfrentou e como ocorreu seu crescimento? Leia At 2:41; 4:4, 31; 5:42 e 8:1-8
“Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja primitiva, os irmãos amavam-se uns aos outros. “Comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos dos Apóstolos 2:46, 47. Aqueles cristãos primitivos eram poucos em número, sem riquezas ou honras, mas exerciam poderosa influência. Deles irradiava a luz do mundo. Eram um terror aos malfeitores, onde quer que eram conhecidos seu caráter e doutrinas. Por isso eram odiados pelos ímpios e perseguidos até à morte.” T5 239.3
“A norma de santidade é hoje a mesma que nos dias dos apóstolos. Nem as promessas nem as reivindicações de Deus perderam coisa alguma de sua força. Mas qual é o estado do professo povo do Senhor, em comparação com a igreja primitiva? Onde está o Espírito e o poder de Deus que, naquele tempo, acompanhava a pregação do Evangelho? Ai, “como se escureceu o ouro! como se mudou o ouro fino e bom!” Lamentações 4:1. T5 240.1
“Os apóstolos encontraram na igreja os que professavam piedade, ao mesmo tempo em que secretamente acariciavam a iniqüidade. Ananias e Safira desempenharam o papel de enganadores pretendendo fazer sacrifício total a Deus, quando cobiçosamente estavam retendo uma parte para si. O Espírito da verdade revelou aos apóstolos o caráter real desses impostores, e os juízos de Deus livraram a igreja dessa detestável mancha em sua pureza. Esta assinalada evidência do discernidor Espírito de Cristo na igreja foi um terror para os hipócritas e malfeitores. Não mais poderiam permanecer em ligação com aqueles que eram, em hábitos e disposição, invariáveis representantes de Cristo; e, quando as provações e perseguições sobrevieram a Seus seguidores, apenas os que estavam dispostos a abandonar tudo por amor à verdade desejaram tornar-se Seus discípulos. Assim, enquanto durou a perseguição, a igreja permaneceu comparativamente pura. Mas, cessando aquela, acrescentaram-se conversos que eram menos sinceros e devotados, e abriu-se o caminho para Satanás tomar pé.” GC 44.1
Que princípios aprendemos sobre cristianismo autêntico em diferentes situações relatadas em Atos? Atos 2:44-47; 3:6-9; 6:1-7
“Qual foi o resultado do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes? - As boas novas de um Salvador ressuscitado foram levadas até os confins do mundo habitável. O coração dos discípulos estava repleto de uma benevolência tão plena, tão profunda, tão abrangente, que os levou a ir até os confins da Terra, testificando: ‘Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo’. Ao proclamarem a verdade como ela é em Jesus, os corações se renderam ao poder da mensagem. A igreja viu conversos chegando a ela de todas as direções. Os desviados foram reconvertidos. Pecadores se uniram aos Cristãos em busca da pérola de grande preço. Aqueles que haviam sido os mais ferrenhos oponentes do evangelho tornaram-se seus defensores. Cumpriu-se a profecia de que os fracos seriam "como Davi", e a casa de Davi, "como o anjo do Senhor". Todo cristão via em seu irmão a semelhança divina de amor e benevolência. Um interesse prevaleceu. Um assunto de emulação engolia todos os outros. A única ambição dos crentes era revelar a semelhança do caráter de Cristo e trabalhar para a expansão de seu reino.” RH 30 de abril de 1908, par. 10 – Tradução Livre
"‘E todo o povo ficou maravilhado e correu até eles no lugar chamado Pórtico de Salomão.’ Aquele homem, aleijado por quarenta anos, regozijava-se com o pleno uso de seus membros e estava feliz por crer em Jesus.” TT 32.4 – Tradução Livre
"Pedro assegurou ao povo que a cura havia sido realizada por meio dos méritos de Jesus de Nazaré, a quem Deus havia ressuscitado dos mortos. 'E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.'". TT 33.1 Tradução Livre
“A designação dos sete para tomarem a direção de ramos especiais da obra mostrou-se uma grande bênção para a igreja. Estes oficiais tomaram em cuidadosa consideração as necessidades individuais, bem como os interesses financeiros gerais da igreja; e, pela sua gestão acautelada e seu piedoso exemplo, foram, para seus colegas, um auxílio importante em conjugar os vários interesses da igreja em um todo unido”. AA 50.2
“Que este passo estava no desígnio de Deus é-nos revelado nos imediatos resultados para o bem, que se viram. “Crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos acerdotes obedecia à fé” (At 6:7). Esta colheita de almas era tanto o resultado de maior liberdade assegurada aos apóstolos como o zelo e poder mostrados pelos sete diáconos. O fato de terem sido esses irmãos ordenados para a obra especial de olhar pelas necessidades dos pobres, não os excluía do dever de ensinar a fé. Ao contrário, foram amplamente qualificados para instruir a outros na verdade; e se empenharam na obra com grande fervor e sucesso.” AA 50.3
À luz do desafio de Satanás contra o governo de Deus, o que João revela? O que ele diz sobre a essência do cristianismo? João 13:35; 1Jo 4:21
"Esse amor é o testemunho de seu discipulado. 'Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos', disse Jesus, 'se vos amardes uns aos outros'. João 13:35. Quando os homens se ligam entre si, não pela força do interesse pessoal, mas pelo amor, mostram a operação de uma influência que é superior a toda influência humana. Onde existe esta unidade, é evidente que a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, que foi implantada nova vida. Mostra que há na natureza divina poder para deter os sobrenaturais agentes do mal, e que a graça de Deus subjuga o egoísmo inerente ao coração natural." DTN 480.3
“Esse amor manifestado na igreja, há de por certo incitar a ira de Satanás. Cristo não estabelece para Seus discípulos um caminho fácil. “Se o mundo vos aborrece”, diz Ele, “sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a Mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu Senhor. Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a Minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do Meu nome; porque não conhecem Aquele que Me enviou”. João 15:18-21. O evangelho deve ser levado avante por ativa luta, em meio de oposição, perigo, prejuízo e sofrimento. Mas os que fazem esta obra estão apenas seguindo os passos do Mestre.” DTN 481.1
“Estes irmãos carnais precisam reconciliar-se plenamente um com o outro antes de poderem remover a desonra que sua desunião tem ocasionado à causa de Deus. 'Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: qualquer que não pratica a justiça e não ama a seu irmão não é de Deus.' 'Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.' 1 João 3:10, 2:9. Aqueles que labutam para Deus devem ser vasos limpos, santificados para o uso do Mestre. 'Purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor.' Isaías 52:11. 'Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dEle temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.' 1 João 4:20, 21." T3 59.4
“Não podemos saber quanto devemos a Cristo pela paz e proteção de que gozamos. É o poder de Deus que impede que a humanidade passe completamente para o domínio de Satanás. Os desobedientes e ingratos têm grande motivo de gratidão pela misericórdia e longanimidade de Deus, que contém o cruel e pernicioso poder do maligno. Quando, porém, os homens passam os limites da clemência divina, a restrição é removida. Deus não fica em relação ao pecador como executor da sentença contra a transgressão; mas deixa entregues a si mesmos os que rejeitam Sua misericórdia, para colherem aquilo que semearam. Cada raio de luz rejeitado, cada advertência desprezada ou desatendida, cada paixão contemporizada, cada transgressão da lei de Deus, é uma semente lançada, a qual produz infalível colheita. O Espírito de Deus, persistentemente resistido, é afinal retirado do pecador, e então poder algum permanece para dominar as más paixões da alma, e nenhuma proteção contra a maldade e inimizade de Satanás. A destruição de Jerusalém constitui tremenda e solene advertência a todos os que estão tratando levianamente com os oferecimentos da graça divina e resistindo aos rogos da misericórdia de Deus. Jamais foi dado um testemunho mais decisivo do ódio ao pecado por parte de Deus, e do castigo certo que recairá sobre o culpado.” GC 36.1